Luís Carlos Prestes. |
No início do século XX, o Brasil
era dominado pela hegemonia política das lideranças rurais. Apoiado por estas
oligarquias, Arthur Bernardes governou o país a partir de 1922 em constante
estado de sítio. Contudo, tal sistema acabava excluindo outras camadas da
sociedade, especialmente a classe média urbana (militares, funcionários
públicos e pequenos comerciantes), um grupo social em plena ascensão.
Tal realidade levou partes
desfavorecidas da sociedade a reivindicar uma maior participação no processo
político do país, resultando na eclosão de diversas revoltas de pequeno porte
no Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Pará, Amazonas e Sergipe. No entanto, em
1925, o militar gaúcho Luís Carlos Prestes iniciou uma agitação que futuramente
iria desestabilizar o sistema oligárquico vigente.
A Coluna Prestes foi um movimento
político-militar organizado por duas frentes, uma do Rio Grande do Sul e outra
de São Paulo. Cerca de 1500 revoltosos iniciaram uma verdadeira marcha por
cerca de 25.000 quilômetros chamando a atenção da população e denunciando a
situação política e social que o Brasil vivia por meio de comícios e
manifestações. Após ter percorrido 11 Estados, o movimento se desfez em 1927,
na Bolívia, local em que muitos dos combatentes acabaram se exilando.
Embora a falta de um projeto
político tenha feito com que os dissidentes não tivessem sucesso em derrubar o
sistema político vigente, a Coluna Prestes foi importante para enfraquecer o
poder das oligarquias rurais, abrindo caminho para a posterior Revolução de 30.
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