Foto: physicsforme.wordpress.com |
Professor, físico e matemático alemão
naturalizado norte-americano, nascido em Ulm, um dos mais célebres cientistas
da história humana. Com infância em Munique, onde realizou seus primeiros
estudos, conta-se que inicialmente chegou a ser considerado deficiente mental
porque até os 4 anos não falava fluentemente e, durante o secundário, era um
aluno dispersivo, mas fora da escola mostrava desde jovem interesse pela
matemática e aparentemente já começara a trabalhar sua fantástica e
revolucionária teoria da relatividade (1895). Graduou-se em física na Escola
Politécnica de Zurique, na Suíça (1900), onde se mantinha dando aulas
particulares. Naturalizou-se suíço (1900) e, não tendo conseguido colocação na
universidade, trabalhou como examinador do Departamento de Patentes de Berna
(1902).
Casou-se e continuou a estudar física e
matemática e obteve o título de PhD na Universidade de Zurique com Uma nova
determinação das dimensões moleculares (1905). Também nesse ano (1905) publicou
nos Anais de Física o texto Sobre a eletrodinâmica dos corpos em movimento, que
foi realmente seu primeiro trabalho sobre a célebre teoria da relatividade,
onde afirmou através de postulados que: dois acontecimentos considerados
simultâneos em um sistema de referências podem não o ser em outro, formulando
os fundamentos da teoria da relatividade restrita, a lei da equivalência entre
massa e energia, a célebre equação E = mc2, pela qual a energia E de uma
quantidade de matéria, com massa m, é igual ao produto da massa pelo quadrado
da velocidade da luz, representada por c, e mais três trabalhos, um sobre a
teoria do movimento browniano, outro sobre a teoria do efeito fotoelétrico e um
terceiro com a dedução matemática em continuação ao seu trabalho sobre teoria
da relatividade.
Com estes trabalhos e cada vez mais respeitado no
meio acadêmico, conseguiu um cargo acadêmico em Berna (1909) e de professor
universitário de física em Zurique (1909) e, depois, em Praga (1910-1913). Com
Langevin demonstrou a inércia da energia (1911). Foi contratado para trabalhar
como pesquisador no recém-fundado Instituto Kaiser Guilherme, em Berlim (1914),
onde publicou seus estudos finais sobre a teoria geral da relatividade (1916),
comprovados pela Sociedade Real de Londres (1919), por Sir Arthur Stanley
Eddington, tornando-o conhecido em todo o mundo. Estava em Xangai (1921),
quando ganhou o Prêmio Nobel de Física, pelos seus serviços prestados à Física
Teórica e por seu trabalhos sobre efeitos fotoelétricos, e também foi indicado
para integrar a Organização de Cooperação Intelectual da Liga das Nações.
Também neste ano publicou Über die spezielle und allgemeine Relativitätstheorie
gemeinverständlich.
Na Academia Prussiana de Ciências em Contribuição
para uma teoria do campo unificado (1929) anunciou suas conclusões sobre a
teoria do campo unificado, onde pretendia englobar num só conceito teórico os
fenômenos gravitacionais e eletromagnéticos, idéia de grande notoriedade nos
meios científicos e que ele próprio trabalhou por mais de vinte anos.
Pressionado pelo nazismo por ser judeu, após
visitar universidades e instituições de pesquisas americanas, emigrou para os
Estados Unidos (1933), passando a ensinar no Instituto de Estudos Avançados da
Universidade de Princeton, do qual se tornaria diretor. Naturalizou-se
norte-americano (1940) e fixou residência em território americano pelo resto de
sua vida. Pacifista, passou a defender o controle internacional de armas
nucleares, combater o racismo, ao mesmo tempo que ensinava matemática avançada
na Universidade de Princeton, cidade onde veio a falecer aos 76 anos, em
Princeton, New Jersey, USA.
Durante esse período, o desenvolvimento de armas
nucleares e as manifestações cada vez mais freqüentes de racismo no mundo
constituíram as suas principais preocupações. Os físicos alemães Otto Hahn e
Lise Meitner tinham descoberto como provocar artificialmente a fissão do
urânio. Na Itália, as pesquisas de Enrico Fermi indicavam ser possível provocar
uma reação em cadeia, com a liberação de um número cada vez maior de átomos de
urânio e, em conseqüência, de enorme quantidade de energia. Fermi, que acabara
de chegar aos Estados Unidos, e os físicos húngaros Leo Szilard e Eugene Wigner
pediram-lhe então que entrasse em contato com a Casa Branca. Ele escreveu então
uma carta ao presidente Franklin Roosevelt em que alertava para o risco que
significaria para a humanidade a utilização pelos nazistas da tecnologia
nuclear na fabricação de armas de grande poder destrutivo.
Logo após receber a mensagem, o chefe de estado
americano deu início ao projeto Manhattan, que tornou os Estados Unidos
pioneiros no aproveitamento da energia atômica em todo o mundo e resultou na
fabricação da primeira bomba atômica, embora não tivesse participado do projeto
e sequer soubesse que uma bomba atômica tinha sido construída até que Hiroxima
fosse arrasada (1945). Renunciou ao cargo de diretor do Instituto de Estudos
Avançados da Universidade de Princeton (1945), mas continuou a trabalhar
naquela instituição. Em um último trabalho científico de expressão (1950),
expandiu a teoria da relatividade na teoria geral do campo. Outros livros
interessantes seus foram Warum Krieg? (1933), em colaboração com Sigmund Freud,
Mein Weltbild (1949) e Out of My Later Years (1950).
Nenhum comentário:
Postar um comentário