Imagem : Brasil Escola |
O uso e definição do termo têm-se alterado ao longo do tempo. Originalmente, o neoliberalismo foi uma ideologia económica que emergiu entre académicos liberais europeus na década de 1930 e que tentava definir uma denominada "terceira via" entre as filosofias em conflito do liberalismo clássico e da economia planificada coletivista.
Este desenvolvimento deveu-se ao desejo em evitar a repetição das
falhas econômicas do início da década de 1930, cuja causa era atribuída
principalmente à política económica do liberalismo clássico. Nas décadas posteriores, a teoria neoliberal tendeu a divergir da doutrina mais laissez-faire do liberalismo clássico, promovendo em vez disso uma economia de mercado sob a orientação e regras de um estado forte, um modelo que viria a ser denominado economia social de mercado.
Na década de 1960, o uso do termo "neoliberal" entrou em acentuado
declínio. O termo foi novamente reintroduzido na década de 1980,
associado às "reformas econômicas neoliberais" de Augusto Pinochet no Chile,
o seu significado tinha-se alterado. Não só se tinha tornado num termo
com conotações negativas e usado principalmente pelos críticos da
reforma dos mercados, mas tinha também mudado de significado, de uma
forma moderada de liberalismo para um conjunto de ideias de capitalismo
mais radical e laissez-faire. Os académicos contemporâneos tendem agora a associar o termo às teorias dos economistas Friedrich Hayek e Milton Friedman.
Uma vez estabelecido o uso do novo significado entre académicos de
língua espanhola, o termo difundiu-se entre os estudo de política
económica em língua inglesa, descrevendo o conjunto de ideias associadas com as políticas económicas introduzidas por Margaret Thatcher no Reino Unido e Ronald Reagan nos Estados Unidos.
Hoje em dia o termo "neoliberalismo" é usado principalmente de forma pejorativa enquanto crítica às políticas de liberalização económica, como as privatizações, mercado aberto e desregulamentação.
A transição de um modelo de consenso social para as políticas
neoliberais, e a aceitação das teorias neoliberais na década de 1970, é
vista por alguns académicos como a origem da financialização que levou à crise financeira de 2008.
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