Acelerador Linear |
A compensação será realizada por meio da prática do offset,
que alia a aquisição do produto à geração de benefícios industriais,
tecnológicos ou comerciais. A iniciativa pioneira na área civil e
liderada pelo Ministério da Saúde foi adotada por ser capaz de criar
alternativas comerciais que possibilitem maior inserção internacional e
também como forma de buscar o fortalecimento tecnológico e o
desenvolvimento industrial. Além da fábrica para produção de
aceleradores lineares, estão previstas outras ações de desenvolvimento e
qualificação de fornecedores locais, desenvolvimento de softwares e a
criação de um centro de treinamento e capacitação no Brasil.
"A expansão da radioterapia é um processo fundamental e
estruturante, tanto para as pessoas que tem câncer quanto para o
complexo industrial da saúde. Trata-se de um conjunto de iniciativas que
vão transformar o Brasil em uma plataforma de negócios para toda a
América Latina. Se antes o tempo entre a decisão de se comprar
equipamentos e o início de seu funcionamento\ demorava cerca de dez
anos, agora a expansão levará cinco anos”, garantiu o ministro da Saúde,
Arthur Chioro.
Autonomia frente ao mercado externo
Atualmente, tanto os aparelhos, aceleradores lineares, como
suas peças e softwares utilizados na programação das sessões de
radioterapia e organização da assistência são importados, de forma que
seus custos e preços sofrem constantemente com flutuações cambiais e
tornam o Brasil totalmente dependente do mercado externo. O acordo dará
ao Brasil maior autonomia nesta área estratégica para a saúde em relação
ao mercado internacional.
“Este é um projeto absolutamente inovador. Na área civil, é a primeira vez que o modelo offset é
usado e o que queremos é que esta seja a porta de entrada para projetos
deste tipo no governo brasileiro”, disse o secretário de Ciência,
Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE), Jarbas Barbosa.
Capacitação de fornecedores e profissionais
“Com a fábrica e o centro de educação instalados no Brasil,
vamos capacitar todos os profissionais da América Latina. Serão mais de
50 treinamentos por ano e mais de 1.000 profissionais capacitados”,
informou o presidente da Varian no Brasil, Humberto Izidoro.
O processo de produção nacional pela empresa Varian e
qualificação de fornecedores brasileiros deverá ocorrer em um prazo de
cinco anos a contar da assinatura do contrato comercial de aquisição das
soluções de radioterapia, assinado em dezembro de 2013. No acordo está
previsto que a Varian capacite fornecedores para a linha de produção e
profissionais brasileiros para garantir que o produto final tenha ao
menos 40% de partes, peças, acessórios e softwares produzidos no Brasil.
A fábrica ocupará uma área 17.500 m² e garantirá a criação de
empregos. A escolha por uma cidade do interior de São Paulo, Jundiaí,
deve-se à infraestrutura local, com acesso a aeroportos internacionais e
de carga, rodovias e porto, bem como a proximidade de centros de ensino
e de centros de tratamento de câncer.
Este acordo de compensação tecnológica é um dos desdobramentos
do Plano de Expansão da Radioterapia no Sistema Único de Saúde (SUS) em
que o Ministério da Saúde realizou a maior compra pública mundial de
aceleradores lineares. Foram adquiridos um total de 80 equipamentos para
ampliação da rede pública de atendimento radioterápico. A iniciativa
conta com um investimento previsto de cerca de R$ 500 milhões para a
compra dos aceleradores, as obras de ampliação e a criação de serviços
em estados e regiões que não disponibilizam desses equipamentos. O valor
da compra dos equipamentos, elaboração de projetos e acompanhamento de
obras, licitados em R$ 119,9 milhões, foram 60% menor que o inicialmente
estimado, gerando uma economia de R$ 176 milhões aos cofres públicos
até o momento.
brasil.gov.br/saúde
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