Igreja do Rosário - Areia PB |
É também muito conhecida por suas riquezas culturais, particularmente o Museu de Pedro Américo,
com inúmeras réplicas dos quadros do mais célebre cidadão Areiense -
entre elas a famosa obra "O Grito do Ipiranga", encomendada a ele por Dom Pedro II, e o Museu da Rapadura, localizado dentro do Campus da UFPB na cidade, onde o turista pode observar as várias etapas da fabricação dessa iguaria e dos outros derivados da cana-de-açúcar, como a cachaça,
sendo a Areiense muito conhecida exteriormente por seu incomparável
sabor. Areia foi considerada por muito tempo como "Terra da Cultura"
tendo seu teatro - o "Theatro Minerva" - sido edificado 50 anos antes
que o da capital do Estado da Paraíba. Para aquela cidade hospitaleira,
de invernos rigorosos, convergiam estudantes de toda a região, sendo
expoentes deste tempo a Escola de Agronomia do Nordeste, o Colégio Santa
Rita (Irmãs Franciscanas, alemães) e o Colégio Estadual de Areia
(antigo Ginásio Coelho Lisboa). Seus filhos se destacavam em todos os
concursos de que participavam. Carminha Sousa e Laura Gouveia eram
reconhecidas pela capacidade de educar e formar pessoas na língua
portuguesa.
Em 1648, a expedição em busca de recursos minerais de Elias Herckmans, então governador holandês da Paraíba, percorreu a mando de João Maurício de Nassau a região onde hoje se assenta a cidade de Areia sem entretanto nada encontrar. Pouco mais tarde, em meados do século XVII,
desbravadores portugueses percorreram a região, tendo um deles, de nome
Pedro Bruxaxá, se fixado no local à margem do cruzamento de estradas
que eram caminho obrigatório de boiadeiros e comboieiros dos sertões com
destino à cidade de Mamanguape
e à Capital. Dada a amizade que fez com os nativos, ali construiu um
curral e uma hospedaria conhecida como “Pouso do Bruxaxá”. A região foi
por muitos anos denominados "Sertão de Bruxaxá".Com o tempo, entretanto, devido a um riacho que possuía bancos de
areia muito brancas, o povoado passou a ser chamado de Brejo d'Areia, já
que o lugarejo fica na Microrregião do Brejo Paraibano, região da Paraíba não muito longe do litoral, que recebe os úmidos ventos alísios vindos do Atlântico e possui uma cobertura vegetal de floresta atlântica, hoje em dia reduzida a manchas. Por isso, também chamada de Zona da Mata.
O povoado foi elevado à categoria de vila em 30 de agosto de 1818 e, em 18 de maio de 1846, tornou-se cidade.Com o desenvolvimento da lavoura canavieira na Região do Brejo, no século XIX, a cidade de Areia tornou-se o maior município da região, mas tal proeminência econômica começou desde o século anterior,
XVIII, com a precedente lavoura do algodão. A campanha abolicionista no
município teve a liderança de Manuel da Silva e Rodolfo Pires, e a
cidade libertou o último escravo pouco antes da Abolição da Escravatura em todo o país, no dia 3 de maio de 1888.Areia participou ativamente das Revoluções do século XIX, tais como a Revolução Pernambucana, em 1817, a Confederação do Equador, em 1824 e a revolta do Quebra-Quilos, em 1873.
Areia foi a principal civilização do Alto Brejo paraibano durante o século XIX, final do século XVIII e início do século XX
a tal ponto de ter tido o primeiro teatro do estado (o primeiro cinema
foi em Rio Tinto), a primeira faculdade, etc. Isso atesta um padrão
interessante na história da Paraíba, onde antes o desenvolvimento se
concentrava no interior e só depois atingiu a capital (que já era um
pólo importante nos séculos XVI e XVII - única cidade lusófona fundada
por espanhóis durante o reino dos Filipes). Não se sabe no entanto as
causas destas civilizações pioneiras e grandiosas no passado terem
ficado para trás no decorrer do século XX
por exemplo num processo de estagnação, mesmo com tantas belezas
naturais e clima bastante superior ao da baixada litorânea, por exemplo
(e muito mais propício a civilização portanto).
Aniversário | 18 de maio |
---|---|
Fundação | 18 de maio de 1846 (168 anos) |
Gentílico | Areiense |
Prefeito(a) | Paulo Gomes Pereira (PRB) (2013–2016) |
Nenhum comentário:
Postar um comentário