Princesa
imperial brasileira nascida no palácio de São
Cristóvão, no Rio de Janeiro, chamada de a Redentora por ter
abolido a escravidão no Brasil. Filha do imperador D. Pedro II e de Teresa
Cristina, terceira imperatriz do Brasil, tornou-se herdeira do trono imperial
após a morte dos irmãos Afonso (1847) e Pedro (1850).
Casou por
contrato com o príncipe Gastão de Orléans, conde d'Eu, filho de Luís de Orléans, duque de Nemours, e neto
do rei Luís Filipe, da França (1864), que foi agraciado com as honras de marechal
do Exército. O casal teve três filhos: Pedro de Alcântara, Luís e Antônio.
Assumiu por três vezes a regência do império durante as viagens do imperador
Pedro II ao exterior. Na sua primeira regência (1871-1873), sancionou a Lei do
Ventre Livre, pela qual libertou os filhos que nascessem de mãe escrava. Seu
segundo período na regência ocorreu quando da viagem de Pedro II aos Estados
Unidos (1876-1877).
Na sua terceira oportunidade como regente (1887-1889),
sancionou a lei que abolia a escravidão, a Lei Áurea, em 13 de maio (1888). A
decisão valeu à princesa imperial a condecoração Rosa de Ouro, concedida pelo
papa Leão XIII. Porém seu casamento com um príncipe estrangeiro, o conde d'Eu,
e por isso um nobre impopular entre os brasileiros,
tornou insustentável a manutenção da monarquia no Brasil.
Com a proclamação da república, exilou-se com os demais
membros da família
imperial (1905) no castelo d'Eu, na região francesa da Normandia. Nos últimos
anos, com dificuldade para se locomover, era empurrada numa grande cadeira de
rodas pelos corredores e salões do castelo d’Eu, e a 14 de novembro (1921),
fechava para sempre os olhos cheios de saudades do Brasil.
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