Após o descobrimento do Brasil,
em 1500, Portugal estava ciente dos inúmeros recursos valiosos
presentes nas terras brasileiras. Por isso, também sabia que precisava
criar uma forma de proteger
as novas terras das invasões de piratas ingleses, franceses e
holandeses. Baseado nessa necessidade, em 1534, D. João III decidiu
dividir o Brasil em capitanias hereditárias.
Uma capitania hereditária
era uma grande faixa de terra que ia desde a parte litorânea até o
limite do Tratado de Tordesilhas. Para governar essas grandes porções de
terra, foram nomeados donatários, membros da nobreza portuguesa e
pessoas de confiança do rei. As capitanias hereditárias foram São Vicente, Santana, Santo Amaro e Itamaracá, Paraíba do Sul, Espírito Santo, Porto Seguro, Ilhéus, Bahia, Pernambuco e Ceará.
O governo de cada capitania era passado de pai
para filho, o que explica o uso da palavra “hereditária”. Os objetivos
de Portugal eram o de colonizar e garantir o controle sobre o Brasil bem
como o de lucrar com tudo isso. Aos donatários, era dada uma enorme
autonomia e, em troca, os mesmos deveriam entregar uma parte de seus
lucros à coroa portuguesa. A principal atividade econômica desenvolvida
nas capitanias hereditárias foi o cultivo da cana-de-açúcar.
O sistema das capitanias hereditárias
não funcionou, com exceção em duas capitanias: São Vicente e
Pernambuco. Entre os fatores que explicam o fracasso do sistema, podemos
citar a distância de Portugal, a falta de apoio financeiro e os ataques
indígenas. De fato, as capitanias foram extintas em 1821, momento em
que o governo português decidiu colocar o controle de toda a colônia nas
mãos de uma só pessoa, o Governador-Geral.
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