
Caminhava pelas ruas de Atenas pregando a lógica, em um constante convite às pessoas a pensarem por si próprias. Sem nunca escrever tornou-se um dos homens da história de quem mais se escreveu até os dias de hoje. Foi venerado pelos jovens e progressistas de sua época, o que o tornava para os tradicionalistas um perigoso símbolo revolucionário, acusando-o de não acreditar nos seus deuses e de corromper sua juventude. Em virtude destas desconfianças acusaram-no injustamente de trair Atenas na guerra contra Esparta, condenando-o a morte.
Em vez de fugir ele aceitou a condenação, pois para ele o império da lei era inquestionável. Na sua última noite na prisão, sempre discutindo filosofia rodeado de seus jovens discípulos, entre eles Platão, a discussão girou em torno de sua angustiante dúvida: haveria outra vida após a morte? Morreu após tomar serenamente uma taça de cicuta, por ele mesmo solicitada a um dos criados, diante do sofrimento de seus amigos vendo-o beber o líquido fatal. Escreveu Platão, encerrando a descrição da cena de morte do seu mestre: Tal foi o fim do nosso amigo, o melhor, o mais justo e o mais sábio de todos os homens que nos foi dado a conhecer.
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