quarta-feira, 26 de julho de 2017

Os Cinco Maiores Erros Gramaticais que Podemos Cometer Facilmente

Quem nunca sofreu com a ortografia da língua portuguesa? Escrever nem sempre é uma tarefa fácil e pode ser ainda pior para quem não tem lá tanta intimidade com a língua na modalidade escrita. Falar é fácil, difícil mesmo é escrever! Isso acontece porque nem sempre escrevemos da maneira como falamos, o que pode provocar algumas falhas na hora de passar as ideias para o papel. Nada que não possa ser resolvido por meio da leitura e do estudo da língua.

Para ajudá-lo(a) a livrar-se de uma vez por todas dos cinco erros gramaticais que ninguém deveria cometer, preparamos algumas dicas de português que podem salvar seus textos! Vamos conferir? Boa leitura e bons estudos!

Cinco erros gramaticais que ninguém deveria cometer!
Dica 1: Mas e mais

Ele queria dormir, mas precisava acordar cedo.
Ele queria dormir, mais precisava acordar cedo. 

A palavra mas, quando for uma conjunção, deverá ser empregada para conferir o sentido de oposição, podendo ser substituída por outras conjunções, entre elas, porém, contudo, todavia, entretanto etc. A palavra mais é empregada, principalmente, para conferir ideia de quantidade ou de intensidade, sempre em oposição à palavra menos. Exemplos: Aquele é o vinho mais caro do mercado; Dez mais dez é igual a vinte.

Dica 2: Porquês
Por que / Porque

Não fui trabalhar ontem porque estava indisposto.
Não fui trabalhar ontem por que estava indisposto.

Porque, junto e sem acento, é uma conjunção cuja função é ligar duas ideias, duas orações. Ela deve ser empregada quando a segunda parte apresentar uma explicação ou causa em relação à primeira. Já a forma por que, separada e sem acento, é um advérbio interrogativo de causa que deve ser utilizado quando pedimos por uma causa ou motivo, e não apenas em uma frase que termine com ponto de interrogação. Exemplo: Não sei por que ele não veio mais nos visitar.

Porquê / Por quê

O funcionário pediu demissão, não sei por quê.
O funcionário pediu demissão ontem, não sei o porquê.
O funcionário pediu demissão, não sei porquê.

Porquê, quando escrito junto e com acento, pode substituir as palavras razão, causa ou motivo. É classificado como um substantivo, podendo ser flexionado no plural e vir acompanhado por artigos, pronomes e adjetivos. Por quê, separado e com acento, será utilizado no fim da frase, seja ela uma pergunta ou não. Exemplo: Não quiseram mais viajar e não explicaram por quê.

Dica 3: Agente / A gente

A gente marcou de se encontrar na entrada do shopping.
Agente marcou de se encontrar na entrada do shopping.

A gente é uma locução pronominal semanticamente equivalente ao pronome nós e deve ser conjugada na terceira pessoa do singular. Agente, conforme definição do dicionário Michaelis, é aquele “Que age, que exerce alguma ação; que produz algum efeito. O que agencia ou trata de negócios alheios. 2 Pessoa encarregada da direção duma agência.” Portanto, a palavra agente pode ser empregada apenas como substantivo comum e não deve ser confundida com a locução pronominal a gente. Exemplos: James Bond é o agente secreto mais famoso do mundo.

Dica 4: Para mim / Para eu

Tem muito trabalho para eu fazer.
Tem muito trabalho para mim fazer.

A expressão para eu deve ser empregada quando o pronome do caso reto “eu” assumir a função de sujeito na oração. Outra dica importante é observar a presença de um verbo: se o sujeito estiver seguido de um verbo no infinitivo que indique uma ação, não tenha dúvidas de que a maneira correta é para eu. Para mim é uma expressão que deve ser empregada quando “mim” exercer a função de objeto direto, já que “mim” é um pronome oblíquo que não pode exercer a função de sujeito quando esse apresentar um verbo posposto que indique ação. Assim sendo, “mim” não faz nada, quem faz sou eu, nós, vós, eles... Exemplos: Meu namorado trouxe uma caixa de chocolates para mim.

Dica 5: Meia / Meio

Ela ficou meio triste depois da conversa de ontem.
Ela ficou meia triste depois da conversa de ontem.

Meio pode ser advérbio de intensidade e numeral fracionário. Como advérbio, apresenta sentido de “um pouco”, sempre vinculado a um adjetivo. Lembre-se de que ele não varia, ou seja, não é flexionado, portanto, não existe meia triste, meia cansada, meia maluca etc. Contudo, se meio for numeral, virá acompanhado de um substantivo, dessa forma, concordará com o gênero: meia xícara, meio litro, meia hora etc.


 
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