Há Alguns meses li na folha de são Paulo
um relato de um desembargador, que me chamou bastante a atenção. Nesse
relato o mesmo dizia que havia sido juiz da infância e juventude, na
cidade de Montes claros em Minas Gerais em 1993, ainda no mesmo relato,
ele declarou que nesse mesmo período, havia na cidade uma quadrilha
formada por três adolescentes, que já haviam praticado reiterados
assaltos na região. Segundo ele, a polícia prendia-os, e ele tinha que
solta-los por conta da atual legislação, mas depois da enésima
reincidência, e valendo-se de um precedente do superior tribunal de
justiça, determinou o recolhimento dos menores infratores a cadeia
pública, em celas separadas dos presos maiores.
Assim que a notícia foi propagada, logo o
mesmo foi procurado por uma comitiva de três defensores dos direitos
humanos, onde na oportunidade exigiam que o juiz liberasse os menores
infratores imediatamente, ou o mesmo iria ser denunciado à imprensa
nacional, á corregedoria de justiça e até a própria ONU. De imediato o
mesmo retrucou dizendo que não havia a necessidade de irem tão longe, e
que já possuía a solução, chamou o escrivão e ordenou a lavratura de
três termos de guarda, onde cada qual levaria um dos menores infratores
para sua própria casa, com toda responsabilidade delegada pelo juiz.
No entanto o que veio acontecer em
seguida, foi lastimável quando parte de pessoas que se dizem defensoras
dos menores, desistiram imediatamente de continuar a defesa dos mesmos, e
não aceitaram a responsabilidade da guarda, não denunciaram o juiz e
nunca mais, segundo o mesmo teve a honra da visita dessa comitiva.
Ainda no mesmo relato ele incita aos
defensores dos direitos humanos no Brasil, para que lancem junto com o
governo federal, o projeto social “adote um preso”, onde na oportunidade
e de livre espontânea escolha, cada cidadão de maior idade pode aderir a
um preso carente dos direitos humanos, pois com isso cada benfeitor
ficaria de bem com suas consciências, e ajudariam filantropicamente, a
sociedade a solucionar o problema carcerário no País. Sem desconto no
imposto de renda é claro afirma o juiz.
Esse Juiz hoje desembargador da cidade de
Belo Horizonte chama-se Rogério Medeiros Garcia de Lima, um verdadeiro
cidadão, que apesar das limitações impostas por tantas leis falhas e
medíocres, utiliza de bom senso e de grande inteligência na defesa do
povo, sem prejudicar o erário público, e saciando a ânsia de defesa
daqueles que representam os direitos humanos em nosso País. Um exemplo a
ser seguido por todos aqueles, que ocupam a mesma posição que esse
grande defensor da sociedade Brasileira.
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