Vale dos Dinossauros em Sousa - PB |
Sousa é um município brasileiro localizado no interior do estado da Paraíba. Pertencente à Mesorregião do Sertão Paraibano e à Microrregião de Sousa, localiza-se a oeste da capital do estado, distante desta cerca de 438 km. Ocupa uma área de 738,547 km², dos quais 3,0220 km² estão em perímetro urbano. Sua população, estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 2014, foi de 68 434 habitantes, sendo o sexto mais populoso do estado, o primeiro de sua microrregião e o segundo de sua mesorregião (ficando somente atrás de Patos).A cidade de Sousa polariza oito municípios da 10ª Região Geoadministrativa da Paraíba: Aparecida, Lastro, Marizópolis, Nazarezinho, Santa Cruz, São Francisco, São José da Lagoa Tapada e Vieirópolis.
É o principal polo do Noroeste estadual, tal como o principal polo de
lacticínios industrializados do oeste do estado e principal sítio
zooarqueológico. Seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,658, considerando como médio pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.
O desbravamento dos sertões nos séculos XVI e XVII foi gradativo,
exigindo dos exploradores sertanistas empreenderem um grande esforço
para dominar terras menos conhecidas e mais distantes do litoral. Um
deles, o sertanista Sargento Mor Antônio José da Cunha em 1691,
descobriu um riacho denominado "Peixe" habitado pela nação indígena Icó
Pequeno. Em 1708, José da Cunha pleiteou uma sesmaria sendo atendido
pelo então governador João da Maia da Gama para, posteriormente, outros
sertanistas ali se instalarem com suas fazendas. Coube ao franciscano
Frei João de Matos Serra, nos idos do ano de 1700, aldear os índios
sobreviventes dando os primeiros passos para a organização da futura
Vila.
Em 1723, chegaram os sacerdotes Francisco e Teodósio de Oliveira
Ledo, passaram o território para a Casa da Torre da Bahia, e se tornaram
senhores dos vales constituídos pelos rios do Peixe e Piranhas. O
processo de habitação aconteceu vagarosamente com os moradores das
ribeiras dos rios e dos paulistas que iam chegando para situarem suas
fazendas com rebanhos e agricultura. Já nessa época, o lugarejo contava
com uma população de 780 habitantes.
A fertilidade atraiu moradores interessados no cultivo das terras,
Nesta região Bento Freire de Sousa e José Gomes de Sá também situaram as
suas fazendas. Assim, o povoado desenvolvia-se e, em 1730, contava com
1.468 habitantes, segundo informações do Cabido de Olinda. Esse
crescimento chamou a atenção de Bento Freire que, residindo na Fazenda
Jardim, tomou a iniciativa de organizar um povoado. Bento Freire
pleiteou uma concessão, deslocando-se à Bahia a fim de obter da Casa da
Torre a doação da sesmaria cujas terras seriam patrimônio de Nossa
Senhora dos Remédios. Conquistado o pleito, coube a Bento Freire erguer a
primeira capela em louvor a Nossa Senhora dos Remédios - atual Igreja
do Rosário dos Pretos. Bento Freire tornara-se o primeiro administrador
do patrimônio da "Freguesia de Nossa Senhora dos Remédios do Jardim do
Rio do Peixe elevando-o a povoado.
As terras do antigo Jardim do Peixe pertenciam ao Coronel Francisco
Dias D'Ávila e sua mãe D. Inácia D'Araújo Pereira, família fidalga da
Casa da Torre da Bahia, que as doaram ao patrimônio de Nossa Senhora dos
Remédios em 1740 por solicitação de Bento Freire. Porém, o processo
estendeu-se até 1756 com muitas idas e vindas de Bento Freire à Bahia
quando, finalmente em 1760, obteve a sentença que legalizou, em
definitivo, a constituição do patrimônio de Nossa Senhora dos Remédios.
Bento Freire administrou o Patrimônio até 1765, coroando com sucesso um
esforço de quase meio século de lutara para erguer o que viria a ser o
município de Sousa.
O povoado do Jardim do Rio do Peixe, nome primeiro do habitat, foi
elevado à categoria de Vila por decisão do Reino, expressa por força de
autoridade da Carta-Régia de 22 de Julho de 1766. Mesmo ostentando a
condição de distrito, permaneceu o povoado com o seu nome primitivo. Em
1784, a Matriz de Nossa Senhora dos Remédios foi desmembrada da Nossa
Senhora do Bom Sucesso de Pombal.No dia 4 de junho de 1800, o Ouvidor Geral José da Silva Coutinho,
instala oficialmente, a Vila Nova de Sousa através da Resolução do então
Governador de Pernambuco, data de 26 de março de 1800 após pleito da
comunidade através de requerimento encabeçado por Patrício José de
Almeida, Matias de Figueiredo Rocha e Pe. Manoel Vieira da Silva. Um dia
antes, o Capitão Alexandre Pereira de Sousa fez uma doação de terras
para o patrimônio do crescente povoado.Foi através da Lei Provincial de nº 28, de 10 de Julho de 1854 que a
Vila de Sousa foi elevada à categoria de cidade passando, na
oportunidade, a denominar-se SOUSA, conhecida hoje por "Cidade Sorriso".
Sousa está localizado na microrregião homônima e mesorregião do Sertão Paraibano, no oeste do estado da Paraíba, distante 438 km de João Pessoa, capital estadual, e 1 806 km de Brasília, capital federal. Ocupa uma área de 738,547 km², e se limita com os municípios de Vieirópolis, Lastro e Santa Cruz a norte, Nazarezinho e São José da Lagoa Tapada a sul, São Francisco e Aparecida a leste, Marizópolis e São João do Rio do Peixe a oeste.
O relevo do município está incluído na chamada Depressão Sertaneja-São Francisco, constituída de elevações alongadas e alinhadas residuais, com pediplanos arrasados. O tipo de solo predominante é o podzolítico vermelho amarelo equivalente eutrófico, cujas características são o alto nível de fertilidade; textura média, formada ou não por cascalho; drenagem acentuada e relevo suave. Há também o vertissolo, o neossolo ou solo litólico eutrófico e o luvissolo, também chamado de "bruno não cálcico vértico".O município encontra-se com toda sua área territorial inserida na
sub-bacia do Rio do Peixe, pertencente à bacia hidrográfica do Rio Piranhas-Açu, cujos rios principais cortam a zona urbana do município. O principal açude é o São Gonçalo, situada no distrito homônimo, com capacidade para 44,6 milhões de metros cúbicos de água. Também se destacam os açudes Juá, dos Patos e Velho, além das lagoas da Estrada, de Forno e da Vereda.
A cobertura vegetal de Sousa é constituída pela caatinga hiperxerófila, um tipo de vegetação com a abundância de cactáceas e plantas de pequeno porte adaptadas à seca. Há também a floresta caducifólia, cujas plantas possuem folhas de pequeno tamanho e caducas, que caem durante a estação seca.O clima de Sousa é tropical semiárido (do tipo Bsh na classificação climática de Köppen-Geiger), cujas principais características são a baixa nebulosidade, a forte insolação e as elevadas temperaturas, o que ocasiona em elevados índice de evaporação e grande déficit hídrico. As chuvas se encontram em um curto período de tempo (janeiro a maio), de maneira bastante irregular. Durante esse período podem ocorrer alagamentos em algumas áreas da zona urbana.A temperatura média anual é de 26,7 ºC, sendo novembro o mês mais quente (28,4 ºC) e junho o mais frio (25,1 ºC). A precipitação média é de 872 milímetros (mm) anuais, tendo março como mês mais chuvoso (227 mm) e setembro como o mais seco (4 mm). É em Sousa, mais exatamente no distrito de São Gonçalo, que o Sol mais brilha no Brasil, com aproximadamente 3 200 horas anuais de insolação.
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