O helicóptero
AH-64 Apache da Boeing IDS é
o helicóptero principal do Exército dos Estados Unidos, sucessor
do AH-1 Cobra. Este é considerado o
melhor helicóptero de ataque do mundo, sendo empregado em diversos ambientes
hostis e com elevadas taxas de sucesso em suas missões.
O
Exército americano emitiu um pedido de propostas (RFP) em 1972 para um
helicóptero avançado de ataque (Advanced Attack Helicopter,
abreviadamente AAH). De uma lista inicial de 5 fabricantes, apenas a divisão de
aeronáutica Toolco Aircraft Division
da Hughes Aircraft (mais tarde Hughes Helicopters) e a Bell foram
seleccionadas como finalistas. O modelo 97/YAH-64 da Hughes foi preferido em
detrimento do modelo 409/YAH-63 da Bell, em 1976. O primeiro vôo
pelo protótipo ocorreu em 1977 embora só em 1982 tenha sido assinado o contrato. Em 1983 o primeiro
helicóptero de produção foi construído nos hangares da Hughes em Mesa,
Arizona. Em 1984 a Hughes
Helicopters foi adquirida pela McDonnell
Douglas por US$500.000.000. Esta tornou-se da Boeing Helicopters após a
fusão da McDonnel Douglas e a Boeing em 1996.
Dois
modelos do AH-64 destacam-se no Exército dos Estados Unidos: o AH-64A e o
AH-64D. As variantes B e C chegaram a ser produzidas mas nunca entraram ao
serviço. Várias variantes foram concebidas a partir dos modelos A e D para
exportação. O Westland WAH-64 britânico é
baseado no AH-64D, inserindo bastantes melhorias.
Construído
para enfrentar o ambiente hostil das linhas da frente, pode operar durante o
dia ou noite em condições atmosféricas adversas, mediante a utilização do
sistema de capacete
integrado e ecrã. O Apache está também equipado com tecnologia de ponta na aviónica e
electrónica,
como o Target
Acquisition Designation Sight, Pilot Night Vision System (TADS/PNVS,
que em português se traduz para Designação de Registo
Visual e Aquisição de Alvo,Sistema de Visão Noturna), contra-medidas passivas de infravermelhos Buraco Negro (Black Hole)
e outras, como GPS.
O
custo original para o AH-64A ronda os 14,5 milhões de dólares. Em Setembro de
2003, a Grécia
encomendou 12 AH-64D num total de US$675 milhões (presumivelmente incluindo
suporte e armamento), indicante um preço bruto para o AH-64D de $56,25 milhões.
Singapura
adquiriu um total de 20 AH-64D Longbow Apache em duas fases entre 1999 e 2001.
Além dos EUA, Grécia e Singapura também usam o Apache o Japão, Holanda,
Reino
Unido, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrain, Israel e Jordânia.
O modelo avançado, o AH-64D Apache
Longbow, está equipado com uma suite de sensores e armamento melhorados. A
melhoria de destaque deste modelo sobre a variante A é o Longbow Fire Control
Radar, instalado sobre o rotor principal. A posição elevada da redoma permite a detecção
e ataque por míssil a alvos localizados atrás de obstáculos (como terreno,
árvores ou edifícios). Para além disso, um modem integrado com a
suite de sensores permite a esta variante D a partilha dos dados com outros
AH-64D e AH-64A que não dispõe de linha-de-vista para o alvo.
Desta forma, um grupo de Apaches pode atacar múltiplos alvos apenas exibindo a
redoma de um Apache modelo D.
Os
Apache AH-64 e AH-64D desempenharam um papel fundamental nas guerras do Médio
Oriente, incluindo a Guerra do Golfo, Afeganistão, e a Invasão do Iraque em 2003. Os Apache
mostraram a sua excelência na caça a tanques
destruindo centenas de veículos blindados (na maioria do Exército do Iraque).
Relatórios
recentes indicam que este helicóptero possui vulnerabilidades: das unidades
utilizadas no Afeganistão em 2001/2002, 80% foram danificados severamente por
fogo terrestre. Estes números podem dever-se ao fato de que o Apache é
tipicamente colocado ao serviço o mais próximo possível da ameaça. O Apache
está cotado, contudo, como o mais sobrevivente de todos os helicópteros
militares. A vasta maioria de helicópteros que foram severamente atingidos
puderam continuar as suas missões e retornar às suas bases.
A Força Aérea Israelita (FAI) utiliza Apaches
como plataformas de alta tecnologia para realizar ataques de precisão
com mísseis guiados contra alvos
terroristas. O AH-64A atacou e destruiu dezenas de postos avançados do Hezbollah no Líbano durante
a década de 1990, atacando em várias condições
atmosféricas, quer de dia quer de noite. Durante a Intifada, a FAI
utilizou Apaches para atacar terroristas Palestinos (na
maioria Hamas)
como Ahmed
Yassin e Adnan al-Ghoul com mísseis
guiados.
Helicóptero AH-1 COBRA antecessor do Apache |
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