Estilo artístico desenvolvido
na Europa Ocidental, a arte gótica está diretamente ligada ao contexto
histórico da época de sua criação. No fim da Idade Média, o velho
continente se deparou com o renascimento comercial, a decadência do
feudalismo, o êxodo rural e, juntamente com tudo isso, uma série de
mudanças de caráter ideológico, filosófico e religioso.
Durante tais mudanças ocorridas entre
os séculos XI e XII, surgiu a necessidade da criação de uma arte mais
adequada à nova realidade. O termo “gótico” foi dado mais tarde pelos
italianos renascentistas, os quais criam que a Idade Média fora um
período de trevas e pura escuridão. De fato, a arte gótica substituiu a
arte romântica, até então predominante.
Com o crescimento das cidades
registrado na Baixa Idade Média, as catedrais passaram a ter grande
importância na época, uma vez que passaram a servir como grandes locais
públicos de ensinamento das leis divinas. A arte gótica talvez tenha
surgido como uma própria consequência do crescimento urbano, revelando
características peculiares na arquitetura, como a verticalização (uma
alusão ao céu, ao divino), a grandiosidade, a precisão dos traços, além
do emprego de rosácea e da abóbada cruzada. Entre as principais
catedrais góticas, podemos citar a Catedral de Notre Dame de Paris e a
Catedral de Notre Dame de Chartres.
Na escultura, o gótico ficou
caracterizado novamente pela verticalização, grande naturalismo presente
nas obras e o baixo-relevo. Já as pinturas quase sempre tratavam de
assuntos religiosos (santos, anjos, etc). Na maioria das vezes eram
usadas cores claras, revelando uma estreita ligação entre a pintura
gótica e a iconografia cristã. Os principais pintores deste período
foram Giotto di Bondone (1267 - 1337), Simone Martini (1283 - 1344) e
Jan van Eyck (1390 – 1441).
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