quarta-feira, 3 de abril de 2013

Grandes Navegações



Durante os séculos XV e XVI, o mundo vivia uma espécie de transição do modelo de organização feudal para o que viria a ser, futuramente, o capitalismo. O renascimento comercial provocado pelas Cruzadas, a ascensão de uma burguesia forte e a criação dos Estados Nacionais foram fatores decisivos para a expansão marítimo-comercial europeia. 

De fato, o comércio dos artigos de luxo despertava o interesse dos burgueses. Além disso, a escassez de ouro e outros metais preciosos chamou a atenção dos reis. Como os turcos-otomanos assumiram o controle do porto de Constantinopla, em 1453, também era necessário encontrar um novo caminho para o Oriente.

Assim, os Estados europeus se aventuraram na realização de grandes expedições marítimas, principalmente Portugal e Espanha. Os portugueses foram os primeiros a se lançarem às grandes navegações, uma vez que Portugal fora o primeiro Estado moderno europeu. A Espanha entrou na corrida da expansão marítima após a chamada Guerra de Reconquista, abrindo uma grande rivalidade com seus vizinhos portugueses.
As grandes navegações resultaram em significativas mudanças econômicas, políticas e até mesmo ideológicas. De fato, as atividades comerciais se aprofundaram grandemente e os países banhados pelo Atlântico passaram a desfrutar de uma posição estratégica. Logicamente, a expansão marítima resultou na descoberta de inúmeros novos territórios, como o continente americano, por exemplo. Além disso, pode-se dizer que o pensamento do homem da época se tornou, de certa forma, mais racional.

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