Durante os séculos XV e XVI, o mundo vivia uma espécie de
transição do modelo de organização feudal para o que viria a ser,
futuramente, o capitalismo. O renascimento comercial
provocado pelas Cruzadas, a ascensão de uma burguesia forte e a criação
dos Estados Nacionais foram fatores decisivos para a expansão
marítimo-comercial europeia.
De fato, o comércio
dos artigos de luxo despertava o interesse dos burgueses. Além disso, a
escassez de ouro e outros metais preciosos chamou a atenção dos reis.
Como os turcos-otomanos assumiram o controle do porto de Constantinopla,
em 1453, também era necessário encontrar um novo caminho para o
Oriente.
Assim, os Estados europeus se aventuraram na realização
de grandes expedições marítimas, principalmente Portugal e Espanha. Os
portugueses foram os primeiros a se lançarem às grandes navegações, uma
vez que Portugal fora o primeiro Estado moderno europeu. A Espanha
entrou na corrida da expansão marítima após a chamada Guerra de
Reconquista, abrindo uma grande rivalidade com seus vizinhos
portugueses.
As grandes navegações resultaram em
significativas mudanças econômicas, políticas e até mesmo ideológicas.
De fato, as atividades comerciais
se aprofundaram grandemente e os países banhados pelo Atlântico
passaram a desfrutar de uma posição estratégica. Logicamente, a expansão
marítima resultou na descoberta de inúmeros novos territórios, como o
continente americano, por exemplo. Além disso, pode-se dizer que o
pensamento do homem da época se tornou, de certa forma, mais racional.
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