Ao contrário do que vemos muitas vezes em
ilustrações de livros didáticos, o homem da Pré-história aparava sua
barba desde o período do Neolítico. Historiadores dizem que o mesmo
utilizava conchas polidas como ferramentas de corte; há também uma
história de que usavam até dentes de tubarão para se barbear. O difícil é imaginar como ficava o rosto depois...
De qualquer forma, os barbeadores são mais antigos do que se imagina. Depois da Idade
dos Metais, quando o homem passou a produzir ferramentas de bronze e
cobre, surgiu a navalha, objeto que representou por séculos a principal
forma de se barbear. Indícios mostram que egípcios, mesopotâmios,
chineses e romanos tiravam a barba. Para fazer a navalha deslizar de uma
forma mais fácil, era utilizado de tudo: óleo de baleia, azeite, banha
ou qualquer outra coisa gordurosa.
Pode-se dizer que o primeiro aparelho
de barbear da história foi desenvolvido pelo francês Jean Jacques
Perret, em 1770. Entretanto, o mesmo possuía uma navalha dobrável e
afiadíssima, algo bem diferente dos nossos barbeadores. Mais tarde, em
1888, os irmãos americanos Kampfe desenvolveram a famosa navalha em “T”,
a qual possuía um novo mecanismo capaz de proteger a pele ao longo da borda da navalha.
Em 1895, ocorreu uma
verdadeira revolução no mundo dos barbudos: o caixeiro viajante
americano King Camp Gillette criou o barbeador descartável. Gillette
teve a ideia de desenvolver um aparelho de barbear
de longa durabilidade que utilizasse lâminas descartáveis, pois todos
da época viviam tendo a entediante obrigação de levar suas lâminas ao
afiador periodicamente. O sucesso foi estrondoso: já em 1904, 90 mil
aparelhos e cerca de 12 milhões de lâminas já haviam sido vendidas. Até
hoje as lâminas descartáveis de Gillette são as principais formas de se
barbear.
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