Há controvérsias sobre a origem do cigarro. Suas
formas mais antigas foram atestadas na América
Central por volta do século IX na forma de cachimbos
feitos de bambu.
Os maias e
posteriormente os astecas,
fumavam várias drogas psicoativas durante rituais religiosos que
eram frequentemente retratados em cerâmicas e gravuras em seus templos. No Caribe, México e nas
Américas Central e do Sul,
o cigarro e o charuto
eram o método mais comum para se fumar até tempos recentes.O cigarro produzido
na América do Sul e América Central usava várias plantas como embrulho. Quando
o fumo foi levado
para a Espanha
o mesmo passou a ser embrulhada com palhas de milho. O papel fino
para embalagem foi introduzido por volta do século
XVII. O produto resultante era chamado "papelate" e foi retratado
em várias pinturas de Francisco de Goya como La cometa,
La Merienda en el Manzanares e El juego de la pelota a pala,
obras do século XVIII.
Por volta de 1830, o cigarro foi inserido na França, lá
recebeu o nome cigarette e a partir de 1845 começou a ser produzido em
escala industrial sob monopólio estatal.Durante a Guerra
da Crimeia (1853–1856) o uso do cigarro foi popularizado entre as tropas
francesas e britânicas, estas imitavam os turcos que fumavam o tabaco em cachimbos. Em
1833, aparecem na Espanha os primeiros pacotes que são chamados
"cigarrillo" ou "cigarrito", termos que vem da palavra
"cigarro", assim chamados devido sua forma parecida com a de uma cigarra.
Introduzido por comerciantes do Brasil, continuou a sua expansão até Portugal e,
posteriormente, por toda a Europa.A partir de meados do século XX,
o uso do cigarro espalhou-se por todo o mundo de maneira enérgica. Essa
expansão deu-se, em grande parte, graças ao desenvolvimento da publicidade
e marketing.
A distribuição gratuita de tabaco para as tropas durante a Primeira Guerra Mundial ajudou a
popularizar ainda mais o consumo da droga. Em tempos de guerras e crises econômicas o
cigarro foi bastante valorizado. Durante a Segunda Guerra Mundial, por exemplo,
chegou-se a pagar 400 francos por um cigarro já que eles eram racionados para
os soldados.
No Brasil, o tabaco foi introduzido possivelmente através da
migração de tribos . Os portugueses tomaram conhecimento da droga quando mantiveram
contato com os índios. A produção do tabaco teve grande importância na economia
brasileira no período colonial e o desenho de sua folha foi estampado no brasão da República.Em Portugal, 27
por cento da população é fumante e dados mostram que 12 mil pessoas morrem
anualmente devido ao consumo do cigarro. A estimativa também indica o perfil do
fumante português, entre 35 e 44 anos e afirma que o número deste tem diminuído
nos últimos anos. Atualmente Portugal é o país da União Européia com o menor número de fumantes.
Embora seja possível, atualmente, comprar
cigarros em maços de 20, esse produto não foi criado dessa forma.
Posteriormente à utilização de rapé (tabaco em pó para se cheirar) com finalidades
terapêuticas, o cigarro passou a ser consumido apenas por prazer, enrolado
manualmente ou com a ajuda de máquinas de enrolar. Cada vez mais, o fumar
foi se assumindo como uma forma de afirmação na sociedade, status e até mesmo
sensualidade. Pode-se considerar que o ato de fumar está, muitas vezes, mais
ligado ao ritual
que envolve o ato de fumar do que à própria nicotina.
O tratamento do tabaco utilizado na produção de
cigarros introduz substâncias cancerígenas
que tornam-se ainda mais daninhas durante sua combustão,
podendo prejudicar o organismo de diversas formas.
Atualmente, devido ao maior conhecimento das
consequências maléficas da inalação do fumo e ao incômodo provocado pela
fumaça, foram criadas zonas de não fumantes em muitos locais
públicos em diversos países.Associadas a essas medidas de contenção do
consumo de cigarros, existem iniciativas de sensibilização do fumante, como as
vistas na Europa
e no Brasil, que
expõem avisos visíveis nos maços de cigarro e nos seus espaços publicitários com as
consequências maléficas de seu consumo.
As indústrias tabaqueiras começaram por serem
pequenas organizações familiares que geravam poucos impostos, fato
esse que obrigava os agentes cobrarem o imposto somente nas origens que eram as
plantações.Após
o surgimento do processo de industrialização do tabaco, o produto saído da boca
das máquinas era mais fácil de controlar e permitiu que os governos
assumissem o controle desta indústria e passassem a cobrar altas taxas dos
impostos sobre o fumo,
como forma de inibir o consumo.
Embora o Estado tenha arrecadação relativa ao
imposto sobre o cigarro, o custo social do cigarro é muito maior. Os planos de
saúde pública são obrigados a arcar com o ônus das doenças
provocadas pelo uso de cigarros, além dos próprios usuários, que além de
pagarem impostos
muito elevados para utilizarem a droga, ainda tem que arcar com tratamentos de
saúde resultantes do uso de cigarros, e que não são cobertos por planos de saúde. O ideal é
que, ao se comprovar que a doença foi provocada pelo cigarro, o Governo tivesse
que arcar com as despesas. Mas o que se observa é que muitos usuários entram em
demanda contra a fábrica do produto, que já é altamente por fabricar os
cigarros que são legalmente produzidos.O Butão foi o
primeiro país do mundo a proibir o consumo de cigarros.
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