Itaporanga, município no estado da Paraíba (Brasil), localizado na microrregião de Itaporanga. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano de 2010 sua população era estimada em 23.192 habitantes. Área territorial de 468 km².O município polariza a região do Vale do Piancó, composta por 18
municípios, além de sediar a 7ª Região de Ensino do Estado da Paraíba.
Uma das principais atrações turísticas do município é a sua tradicional
festa de São Pedro, no mês de julho, e um monumento ao Cristo Rei,
com 30 metros de altura, localizado na Serra do Cantinho, erguido pelo
falecido Monsenhor José Sinfrônio de Assis Filho, conhecido como Padre
Zé, com o auxílio financeiro dos fiéis católicos da região. Itaporanga
sedia o maior campeonato de futebol amador do Brasil, sendo seu início
no dia primeiro de maio. Ainda temos mais duas festas tradicionais, o
dia da cidade 09 de janeiro e o FICA
- Festival Itaporanguense de Cultura e Arte, idealizado pelo ativista
cultural e historiador, Paulo Rainério Brasilino, no mês de novembro.
Como a maioria das cidades nordestinas, Misericórdia nasceu à beira
de um rio, e em torno de uma capela. Antônio Vilela de Carvalho, um
desbravador português, chegou a região por volta de 1765, após comprar
aos D'Ávila, fidalgos da casa da Torre, representantes reais residentes
na praia do Forte, na Bahia uma grande faixa de terra, onde construiu
uma casa de morada e um curral para a criação de gado, à margem do Rio
Piancó. Ali, anos depois, começou uma pequena povoação que depois passou
a ser conhecido por Misericórdia Velha, já que os primeiros habitantes
do lugar atravessaram o Rio e foram fixar-se na outra margem, onde
construíram uma pequena Orada que consagraram a Nossa Senhora do
Rosário. Aliás, o nome de Misericórdia advém do fato de ter sido doada
pela Santa Casa de Misericórdia de Portugal a pequena Imagem da Virgem
que ainda hoje está na Igreja do Rosário, em Itaporanga.
A ocupação dos sertões da Paraíba foi confiada à família de
Antônio de Oliveira Lêdo que conquistou esse direito junto a Casa
da Torre, símbolo maior dos Garcias D’Avila, nobre portugueses donos de
uma vasta Sesmaria que ia da Bahia até o Maranhão. Na segunda metade do
século VXII, por volta de 1679, uma expedição, com 60 homens, partiu
de Massacará, na Bahia, para explorar o interior paraibano. Chefiada
por Antônio de Oliveira Ledo, a comitiva era integrada ainda por
Pascásio de Oliveira Ledo, Theodósio de Oliveira Ledo, Francisco Pereira
de Oliveira Ledo, Felipe Rodrigues (filho de Pascásio), e Antônio de
Oliveira Ledo Neto (filho de Francisco Pereira). Eles seguiram pelas
margens do Francisco até a altura de Antônio da Glória, onde alcançaram o
Rio Pajeu, e logo depois transpuseram a Serra da Verde, em Triunfo,
Pernambuco, conseguindo finalmente ingressar no sertão da Paraíba.
Os exploradores chegaram até a confluência dos Rios Piancó e
Piranhas, onde hoje se localiza o município de Pombal, mas logo
retornaram a Bahia, ficando por aqui apenas Theodósio e seus homens que,
por três anos, fizeram diversos incursões pela área. Por volta de 1682,
o capitão-mor dos Vales do Piancó e Piranhas, título que lhe foi
concedido pelas autoridades da Colônia, viaja para o Cariri paraibano.
Nesta ocasião acontece à revolta dos indígenas da região sertaneja,
movimento que ficou conhecido como Confederação dos Índios Cariris.
Theodósio regressa ao sertão, captura alguns índios da tribo Arius e
viaja para Salvador, Bahia, onde tem uma audiência com o
governador Soares de Albuquerque, e faz um relato da situação e mostra a
necessidade de repovoar o interior paraibano e iniciar a criação de
gado em toda a área, no que foi prontamente atendido, regressando então
para o Vale do Piancó à frente de uma grande expedição e com muito gado.
Em 1730, já bastante velho e cansado, Theodósio deixa definitivamente
os sertões de Piancó e Piranhas, indo fixar-se no cariri paraibano.
Suas terras e o seu comando passaram então para as mãos do comendador
Gaspar D'Avila Pereira, que foi incumbido de limpar a região e, para
tanto, teve que travar sangrentas batalhas com os índios Cariris,
principalmente os das tribos Pêgas, Panatis e Coremas, sendo que a esta
última comunidade pertencia o guerreiro Piancó (Terror na língua
nativa), cujo nome foi emprestado a região, graças a sua bravura e o
destemor com que enfrentava o inimigo.Foi de Pombal e com autorização de Gaspar D'Ávila que o sertanista
Vilela de Carvalho ocupou as terras das margens esquerda do Rio Piancó,
onde implantou o sitio Misericórdia, e construiu um curral, algumas
casas de taipa e uma pousada para os viajantes e tropeiros, situação que
perdurou por muitos anos. Este povoado foi por muito tempo chamada de
Misericórdia Velha.
Anos depois Fonseca, também conhecido por Joaquim Carnaúba, João
Madeiro, Alexandre Gomes da Silva e Padre Lourenço, moradores do sitio
Misericórdia atravessaram o rio e na outra margem construíram algumas
casas. Trataram também de ocupar as terras em torno do pequeno lugarejo.
Carnaúba ficou com as terras que compreende a Várzea do Saco e outras
porções, Madeiro com o Cantinho, os Gomes com a Misericórdia Velha e
padre Lourenço tratou de negociar entre eles a demarcação de uma área
para a construção de uma capela dedicada a Virgem do× Rosário. O local é
o mesmo onde hoje se encontra a Igreja e foi escolhido por Madeiro, que
era muito religioso e desejava, segundo se conta, ver a Capela todo
dia, logo cedinho, da janela da casa que construiu e onde morava, no
alto onde foi construído dezenas de anos depois o Colégio Diocesano "Dom
João da Mata".
Escolhido o local para a Capela, de imediato foi erguida uma Cruz de
Madeira, sentada em uma base de pedra, simbolizando o poder divino. A
pequena igreja logo foi construída, um pouco atrás, e à medida que os
meses passavam novas famílias chegavam ao pequeno povoado, agrupando-se
nas ruas periféricas a Capela do Rosário, tornando o lugarejo, em poucos
anos, em vila bastante desenvolvida.
Já com um bom comércio e muitas moradias, Misericórdia prosperou e a
sua excelente localização a transformou num centro comercial que atendia
aos habitantes de uma larga faixa de terras, e servia de pouso e
passagem obrigatória dos tropeiros que com suas mulas abasteciam os
sertões de mercadorias que a terra não produzia, como tecidos, miudezas,
calçados, sendo que muitos deles gostaram tanto do lugar que aqui se
fixaram, constituíram família e ficaram para sempre.
A vila ganhou a sua emancipação política, desligando-se de Piancó, no
dia 03 de dezembro de 1863, através da Lei Provincial 104. Porém a
instalação oficial do município só aconteceu no dia 09 de janeiro de
1865, havendo em seguida a designação dos seus primeiros dirigentes. A
cidade permaneceu por sessenta e três anos com o seu nome de origem, mas
em 1938 passou a chamar-se Itaporanga, que em tupi-guarani significa
"Pedra Bonita", graças ao Decreto-Lei Estadual número 1164, de 15 de
novembro, por interveniência do Interventor Municipal Praxedes da Silva
Pitanga.
Em 1943, contudo, por conta do decreto-lei Estadual número 520, o
município voltou a chamar-se Misericórdia, denominação que permaneceu
até o dia 07 de janeiro de 1949, quando, pelo Decreto Estadual 318,
voltou definitivamente a ser Itaporanga, também por decisão de Praxedes
Pitanga. Dez anos anos depois, por conta de lei votada pela Assembléia
Legislativa e sancionada pelo então governador Pedro Moreno Gondim,
Itaporanga perdeu grande parte do seu território, que era um dos maiores
do Estado, com a criação dos municípios de Pedra Branca (Distrito de
Pedra do Fumo), Curral Velho, Boa Ventura (Distrito de São Boa Ventura),
Diamante (Distrito de São Paulo), Serra Grande (Distrito de Timbaúba) e
São José do Caiana.
O acesso rodoviário com revestimento asfáltico, liga Itaporanga a
Patos num sentido (PB 361), e num outro a Conceição. De Patos, através
da BR-230, chega-se a Campina Grande, João Pessoa e demais regiões do
país. A partir de Conceição alcançam-se os Estados do norte, através do
Ceará e, novamente o sul do país, via Petrolina, em Pernambuco e
Juazeiro na Bahia. A empresa Guanabara, com ônibus novos e confortáveis,
inclusive com ar-condicionado, faz a ligação de Itaporanga com a
capital do Estado e quatro outras. Planalto, a Guanabara, a Itapemirim e
Gontijo, levam os itaporanguense para Brasília, Rio de janeiro e São
Paulo.Alem das linhas regulares de ônibus, temos varias Vans que
diariamente fazem a ligação de Itaporanga a Patos e a Campina Grande; o
transporte alternativo mantem linhas Pessoa vários dias na semana, bem
como de nossa cidade a capital bandeirantes e a capital Federal.O acesso as cidades vizinhas é feito em vias asfaltadas, não faltando trasporte para a população.
INFORNATUS
Nenhum comentário:
Postar um comentário