Esquadrão Mão Branca Década 80 |
Na década de
80, Campina Grande foi palco de vários crimes que ocorreram em
sequência, praticados por um grupo de extermínio que se intitulava com
“Mão Branca”. Trinta e quatro anos depois, as ações violentas e as
histórias do grupo serão foi contada na Universidade Estadual da Paraíba
(UEPB), pelo escritor e jornalista Ronaldo Leite, que discorreu em sua
palestra sobre a “Violência urbana: o crime organizado pelo grupo de
extermínio Mão Branca”, que acontece no dia 24 de abril, às 19h30, no
Auditório II do Centro de Integração Acadêmica, Câmpus de Bodocongó.
O jornalista Ronaldo Leite, que na época cobriu o caso na condição de repórter policial, contou que a matança começou no dia 13 de julho de 1980. Neste dia, uma carta foi encaminhada a redação do extinto Diário da Borborema e à Central de Polícia, com o nome dos 115 supostos marginais que seriam vítimas do “Mão Branca”. “De início, ninguém levou em consideração, acreditando se tratar de mais uma brincadeira de pessoas que buscam o anonimato para pregar peças e causar medo à população”. O jornalista relatou, ainda, que a denominação “Mão Branca” foi copiada de um grupo de extermínio que atuava no Rio de Janeiro que, inclusive, foi responsável pelo assassinato do marginal conhecido por “Paraibinha”. O crime ganhou ampla repercussão na Imprensa, em função da "luva branca" deixada sobre o corpo e que deu origem à denominação chegada posteriormente a Campina Grande. A matança na Rainha da Borborema e cidades vizinhas também ganhou amplo destaque na mídia, até mesmo fora do país, com notícias veiculadas nos jornais Clarin, da Argentina; Washington Post e New York Time, dos Estados Unidos.
Mão Branca ou vermelha de sangue?
No Diário da Borborema, edição do dia 13 de julho de 1980, saiu com exclusividade, o listão que o "Mão Branca" divulgou os 115 nomes daqueles que seriam suas vítimas, dentre elas, advogados, policiais, intrujões, estelionatários, assassinos, traficantes de drogas e assaltantes. Começava ali um epílogo de sangue que manchou a história de Campina Grande. A carta encaminhada ao DB e à Central de Polícia mais tarde teve a origem identificada: partiu das entranhas da própria polícia. Como citei antes, de início, ninguém levou em consideração, acreditando trata-se de mais uma brincadeira de pessoas que buscam o anonimato para pregar peças e causar medo à população.
O jornalista Ronaldo Leite, que na época cobriu o caso na condição de repórter policial, contou que a matança começou no dia 13 de julho de 1980. Neste dia, uma carta foi encaminhada a redação do extinto Diário da Borborema e à Central de Polícia, com o nome dos 115 supostos marginais que seriam vítimas do “Mão Branca”. “De início, ninguém levou em consideração, acreditando se tratar de mais uma brincadeira de pessoas que buscam o anonimato para pregar peças e causar medo à população”. O jornalista relatou, ainda, que a denominação “Mão Branca” foi copiada de um grupo de extermínio que atuava no Rio de Janeiro que, inclusive, foi responsável pelo assassinato do marginal conhecido por “Paraibinha”. O crime ganhou ampla repercussão na Imprensa, em função da "luva branca" deixada sobre o corpo e que deu origem à denominação chegada posteriormente a Campina Grande. A matança na Rainha da Borborema e cidades vizinhas também ganhou amplo destaque na mídia, até mesmo fora do país, com notícias veiculadas nos jornais Clarin, da Argentina; Washington Post e New York Time, dos Estados Unidos.
Mão Branca ou vermelha de sangue?
No Diário da Borborema, edição do dia 13 de julho de 1980, saiu com exclusividade, o listão que o "Mão Branca" divulgou os 115 nomes daqueles que seriam suas vítimas, dentre elas, advogados, policiais, intrujões, estelionatários, assassinos, traficantes de drogas e assaltantes. Começava ali um epílogo de sangue que manchou a história de Campina Grande. A carta encaminhada ao DB e à Central de Polícia mais tarde teve a origem identificada: partiu das entranhas da própria polícia. Como citei antes, de início, ninguém levou em consideração, acreditando trata-se de mais uma brincadeira de pessoas que buscam o anonimato para pregar peças e causar medo à população.
Mas o que foi
anunciado aconteceu. E a cidade passou a viver sob o signo do medo, com o
"MB" entrando em ação dias após tornar público a intenção de "fazer uma
limpeza", tomando como base o alto grau de criminalidade que a cidade
enfrentava.
Um dia após a publicação da lista negra, o arrombador Paulo Roberto do Nascimento, conhecido por Beto Fuscão, foi encontrado com um tiro de espingarda "12" no peito ao lado do estádio Amigão, no bairro do Catolé. O então repórter do Diário da Borborema, Ronaldo Leite, recorda o telefonema que recebeu: "Tem um crioulo morto na torre do Amigão".
No dia 15, a manchete do jornal relatava a primeira de uma série de mais de 30 mortes: "Mão Branca inicia matança: um tiro de 12 matou Beto Fuscão". Um dia depois, o carrasco deu sequência ao prometido: tombaram sem vida Marcos Antônio da Silva, vulgo "Mocotó", Paulo Francisco de Oliveira, "Paraibinha", e Paulo José dos Santos Félix", conhecido por "Queimadas".
Com vários perfurações a tiros - os marginais foram mortos com requintes de crueldade - dois corpos foram encontrados no sítio Velame e um outro perto do hospital da FAP, exatamente onde, demonstrando muita ousadia, os matadores informaram em telefonemas à Central de Polícia e à Imprensa.
A partir daí, os sequestros seguidos de mortes continuaram, com as execuções de"Bermuda", "Negro Rei", "Pernambuco", "Barrão" etc. Com medo da morte, muitos criminosos que estavam no listão desapareceram de Campina Grande.
O medo imperava na cidade, pois os matadores também cometeram alguns crimes de pistolagens. A população ficou dividida. Uns apoiavam em função da "limpeza" que o grupo promovia, mas a forma cruel e impiedosa aos poucos começou a ser reprovada.
O então bispo diocesano Dom Manoel Pereira deu os primeiros gritos e pediu providências ao governador da época Tarcísio de Miranda Burity contra o massacre. Com ordens do Palácio da Redenção, foi criada uma comissão judicial, presidida pelo então promotor de Justiça Agnello Amorim, hoje procurador aposentado.
Como se não se intimidasse com as investigações, o grupo iniciou uma série de ameaças contra as autoridades, com cartas e telefonemas anônimos. "Diga ao Dr. Agnelo Amorim, que também saia da jogada, porque se não sair vai ser fechado", diz trecho de uma carta enviada ao advogado William Arruda, então representante do governo do estado na cidade.
Um dia após a publicação da lista negra, o arrombador Paulo Roberto do Nascimento, conhecido por Beto Fuscão, foi encontrado com um tiro de espingarda "12" no peito ao lado do estádio Amigão, no bairro do Catolé. O então repórter do Diário da Borborema, Ronaldo Leite, recorda o telefonema que recebeu: "Tem um crioulo morto na torre do Amigão".
No dia 15, a manchete do jornal relatava a primeira de uma série de mais de 30 mortes: "Mão Branca inicia matança: um tiro de 12 matou Beto Fuscão". Um dia depois, o carrasco deu sequência ao prometido: tombaram sem vida Marcos Antônio da Silva, vulgo "Mocotó", Paulo Francisco de Oliveira, "Paraibinha", e Paulo José dos Santos Félix", conhecido por "Queimadas".
Com vários perfurações a tiros - os marginais foram mortos com requintes de crueldade - dois corpos foram encontrados no sítio Velame e um outro perto do hospital da FAP, exatamente onde, demonstrando muita ousadia, os matadores informaram em telefonemas à Central de Polícia e à Imprensa.
A partir daí, os sequestros seguidos de mortes continuaram, com as execuções de"Bermuda", "Negro Rei", "Pernambuco", "Barrão" etc. Com medo da morte, muitos criminosos que estavam no listão desapareceram de Campina Grande.
O medo imperava na cidade, pois os matadores também cometeram alguns crimes de pistolagens. A população ficou dividida. Uns apoiavam em função da "limpeza" que o grupo promovia, mas a forma cruel e impiedosa aos poucos começou a ser reprovada.
O então bispo diocesano Dom Manoel Pereira deu os primeiros gritos e pediu providências ao governador da época Tarcísio de Miranda Burity contra o massacre. Com ordens do Palácio da Redenção, foi criada uma comissão judicial, presidida pelo então promotor de Justiça Agnello Amorim, hoje procurador aposentado.
Como se não se intimidasse com as investigações, o grupo iniciou uma série de ameaças contra as autoridades, com cartas e telefonemas anônimos. "Diga ao Dr. Agnelo Amorim, que também saia da jogada, porque se não sair vai ser fechado", diz trecho de uma carta enviada ao advogado William Arruda, então representante do governo do estado na cidade.
O jornalista
Assis Costa, que também era repórter policial do DB na época,
relembrando o caso, conta que os repórteres ficavam até meia noite
esperando o telefone tocar para correr até o local onde o próximo corpo
estaria jogado. "O que chamava a atenção da sociedade e revoltou a
igreja era a forma cruel como o Mão Branca executava as suas vítimas",
lembra Assis, acrescentando que quase todos os cadáveres tinham os
órgãos arrancados, como braços, pernas e até a língua.
Com o passar do tempo, toda Campina Grande já sabia de onde partiam as execuções; no entanto, a população permanecia calada temendo represálias. Mas a comissão apurou e apontou os sanguinários integrantes do esquadrão da morte. Eram cinco investigadores de polícia que patrocinavam a matança: José Basílio Ferreira, o Zezé Basílio; Cícero Tomé da Silva, Antônio Gonçalves da Costa "Temporal", José Carlos de Queiroz, "Zé Cacau", e Francisco Alves da Silva, este último, o único vivo.
Levados a júri, apenas Basílio foi condenado, pois era apontado como o mais carrasco de todos e um dos principais executores. Ficou preso por muitos anos no presídio regional do Serrotão e acabou morrendo do coração. Absolvidos, outros três integrantes do grupo desapareceram de Campina Grande e depois morreram. Chico Alves vive em João Pessoa, mas evita falar sobre o caso, mas, a exemplo dos outros, sempre negou participação nas mortes, se dizendo inocente.
O cenário:
Conforme o jornalista Ronaldo Leite, que foi ameaçado em sua época pela organização, tudo começou com uma ‘brincadeira’ de um agente conhecido como Lidinaldo Motta, que ao ser transferido para Campina Grande, sugeriu uma lista de 115 nomes de supostos marginais que deveriam morrer. Alguém teria levado a brincadeira a sério e a tal lista chegou às mãos do supervisor da Polícia Civil, Cícero Tomé, o cabeça da organização. Isso por que a conjuntura da elevação do crime e violência em Campina Grande, década de 80, com 200 mil habitantes, 23 policiais civis e mais de 300 bandidos praticando todo tipo de crimes na cidade, deixando a população em estado de constante medo como se ver nos dias de hoje em nossa cidade como em quase todo o estado. Na Central de Polícia, que ficava perto do 2º BPM, uma equipe de repórteres se reversavam cobrindo os acontecimentos últimos que tinham como protagonista um grupo de extermínio que passou a ser denominado de “Mão Branca”.
Bandidos ou mocinhos?
São muitas as respostas que povoam o imaginário de quem viveu aqueles anos e acompanhou de perto o desenrolar de toda a história, muitas pessoas até hoje, normalmente carrega fortes emoções próprias de quem não apenas viveu aquele tumultuado período da história policial de Campina Grande, mas conviveu de perto com todos os implicados na grande questão da segurança pública no Compartimento da Borborema, como os jornalistas Ronaldo Leite e Assis Costa . “O bandido bom é o bandido morto”, assevera. “Bandido não tem respeito pelo cidadão. Desconhece quaisquer sentimentos em relação à pessoa que se torna sua vítima. Seu coração é na boca do revolver!” Era o lema do Mão Branca.
O porquê da denominação “Mão Branca” reside no fato de serem cinco os exterminadores, talvez a cor branca em referencia a “mão” diga respeito ao “senso” de justiça, fundo motivacional que levou Cícero Tomé, que é representado no mundo animal como o “Tigre de Bengala” em alusão a uma das feras mais temidas do mundo, era assim o “Terror dos Bandidos”; Zezé Basílio, o “Urso Negro”, considerado o animal sanguíneo, um dos mais cruéis e violentos desse inconfundível tempo;Temporal, o “Leopardo”, desossador de vítimas. Cacau, o “Onça Pintada” caçador noturno; e o Chico Alves, o “Onça Pintada”, um caçador voraz e rápido.
A atuação do grupo se deu praticamente apenas em Campina Grande, apesar de ter assassinado “Bermuda”, que era um foragido da Serra da Borborema, que fugira para a capital com medo de morrer. Quem ousasse tripudiar da organização, não escapava da ira do Mão Branca, a exemplo de “Mocotó”, um marginal que ousou zombar do grupo de extermínio: morreu crivado de balas, num terreno abandonado. Assim, Campina Grande novamente voltaria às manchetes nacionais, após o episódio “Borboletas Azuis”, alvo de um tópico aqui nesse blog.
Com o passar do tempo, toda Campina Grande já sabia de onde partiam as execuções; no entanto, a população permanecia calada temendo represálias. Mas a comissão apurou e apontou os sanguinários integrantes do esquadrão da morte. Eram cinco investigadores de polícia que patrocinavam a matança: José Basílio Ferreira, o Zezé Basílio; Cícero Tomé da Silva, Antônio Gonçalves da Costa "Temporal", José Carlos de Queiroz, "Zé Cacau", e Francisco Alves da Silva, este último, o único vivo.
Levados a júri, apenas Basílio foi condenado, pois era apontado como o mais carrasco de todos e um dos principais executores. Ficou preso por muitos anos no presídio regional do Serrotão e acabou morrendo do coração. Absolvidos, outros três integrantes do grupo desapareceram de Campina Grande e depois morreram. Chico Alves vive em João Pessoa, mas evita falar sobre o caso, mas, a exemplo dos outros, sempre negou participação nas mortes, se dizendo inocente.
O cenário:
Conforme o jornalista Ronaldo Leite, que foi ameaçado em sua época pela organização, tudo começou com uma ‘brincadeira’ de um agente conhecido como Lidinaldo Motta, que ao ser transferido para Campina Grande, sugeriu uma lista de 115 nomes de supostos marginais que deveriam morrer. Alguém teria levado a brincadeira a sério e a tal lista chegou às mãos do supervisor da Polícia Civil, Cícero Tomé, o cabeça da organização. Isso por que a conjuntura da elevação do crime e violência em Campina Grande, década de 80, com 200 mil habitantes, 23 policiais civis e mais de 300 bandidos praticando todo tipo de crimes na cidade, deixando a população em estado de constante medo como se ver nos dias de hoje em nossa cidade como em quase todo o estado. Na Central de Polícia, que ficava perto do 2º BPM, uma equipe de repórteres se reversavam cobrindo os acontecimentos últimos que tinham como protagonista um grupo de extermínio que passou a ser denominado de “Mão Branca”.
Bandidos ou mocinhos?
São muitas as respostas que povoam o imaginário de quem viveu aqueles anos e acompanhou de perto o desenrolar de toda a história, muitas pessoas até hoje, normalmente carrega fortes emoções próprias de quem não apenas viveu aquele tumultuado período da história policial de Campina Grande, mas conviveu de perto com todos os implicados na grande questão da segurança pública no Compartimento da Borborema, como os jornalistas Ronaldo Leite e Assis Costa . “O bandido bom é o bandido morto”, assevera. “Bandido não tem respeito pelo cidadão. Desconhece quaisquer sentimentos em relação à pessoa que se torna sua vítima. Seu coração é na boca do revolver!” Era o lema do Mão Branca.
O porquê da denominação “Mão Branca” reside no fato de serem cinco os exterminadores, talvez a cor branca em referencia a “mão” diga respeito ao “senso” de justiça, fundo motivacional que levou Cícero Tomé, que é representado no mundo animal como o “Tigre de Bengala” em alusão a uma das feras mais temidas do mundo, era assim o “Terror dos Bandidos”; Zezé Basílio, o “Urso Negro”, considerado o animal sanguíneo, um dos mais cruéis e violentos desse inconfundível tempo;Temporal, o “Leopardo”, desossador de vítimas. Cacau, o “Onça Pintada” caçador noturno; e o Chico Alves, o “Onça Pintada”, um caçador voraz e rápido.
A atuação do grupo se deu praticamente apenas em Campina Grande, apesar de ter assassinado “Bermuda”, que era um foragido da Serra da Borborema, que fugira para a capital com medo de morrer. Quem ousasse tripudiar da organização, não escapava da ira do Mão Branca, a exemplo de “Mocotó”, um marginal que ousou zombar do grupo de extermínio: morreu crivado de balas, num terreno abandonado. Assim, Campina Grande novamente voltaria às manchetes nacionais, após o episódio “Borboletas Azuis”, alvo de um tópico aqui nesse blog.
O
“Esquadrão da Morte Paraibano”, não se limitou apenas a matar e ameaçar
marginais. Políticos, advogados entre outros, também sofreram ameaças
da organização. Foi o que aconteceu com o ex-prefeito de Campina Grande,
William Arruda, que era tio de Ataliba Arruda, acusado de diversos
homicídios. William na época era representante do Governo Estadual em
Campina Grande.
O método:
Integrantes do
grupo, trabalhando nos plantões da Central de Polícia procediam a
soltura de presos marcados para morrer, geralmente nos domingos pela
manhã. À noite, executores saiam para fazer diligências exatamente nos
locais de convivência das vítimas. O veículo utilizado era uma Brasília
amarela ou uma Kombi.
O local para onde eram levadas as vítimas variava, mas o terreno ermo nas proximidades do Estádio Amigão era predileto pela escuridão intensa e distância de residências. Havia quem dissesse que Campina podia dormir de portas abertas graça a essas ações de "desifecção social".
O local para onde eram levadas as vítimas variava, mas o terreno ermo nas proximidades do Estádio Amigão era predileto pela escuridão intensa e distância de residências. Havia quem dissesse que Campina podia dormir de portas abertas graça a essas ações de "desifecção social".
Primeira vítima:
Ele não era o primeiro da lista, mas "deu azar"de ser encontrando numa das diligências. Tratava-se de um ladrão, morador da Rua Conde de Monte Cristo, no Bairro do Jeremias. "Negão! Entra no carro!" Bradou um dos integrantes do grupo Mão Branca ao parar a Brasilia em frente a Sab da Palmeira, numa noite de festa. Chegando ao Estádio Amigão para o desfecho disseram: "Nós não temos nada pessoal contra você, mas você deu azar e agora não podemos voltar atrás, vai morrer".
Vivi este tempo e lembro que muitos casos de que desapareceram e depois era encontrado os seus corpos se proliferou por toda Campina e por outras cidade no compasso da Borborema. Não só no Amigão era cadáver, mas também no antigo 'Glésso', que era um tipo matagal, entre o Bairro Santo Antonio Viva Castelo Branco com Alto Branco. Nunca entrei neste assunto, mas como vou falar do que vi e aconteceu de fato, quero dizer que conto com a testemunha viva, a minhão mãe, dona Floripa Martins da Silva. Então, vamos aos fatos.
A casa que até hoje fica do lado direito no inicio da Vigário Vigínio com a Rua Ministro José Américo na divisa dos bairros José Pinheiro e Santo Antônio, foi neste local, que homens com uma brasília amarela, encostaram na parede e mataram um rapaz conhecido como 'Carrin' nos anos 80. Um individuo que cometia delitos na Feira Central e zona leste de Campina Grande, que há época disse ter saindo da cadeia.
Lembro quando vinha da Serraria Ferreira, perto da antiga feira de Madeira onde hoje é o supermercado Rede Compras III, sempre pegava lenha para fazer o fogo-de-lenha na nossa cozinha. Saímos com um feixe de lenha e um balde de tinta com tripa de galinha para matar nossa forme que pegava na antiga Granja Santa Luzia, eu estava sentado no banco de cimento nas margens do canal, nas calçadas, com minha mãe, quando de repente passava o elemento Carrin com seu amigo, ele estava drogado ao ponto de não nos conhecer, e com uma faca em punho, disse para minha mãe: "É um assalto! Passa o dinheiro a (of...), ou a vida" isso ao tentar assaltar-la, lembro de tudo, pois fiquei olhando para a cara deles com uma pedra na mão para jogar na cabeça dos mesmo.
Ele não era o primeiro da lista, mas "deu azar"de ser encontrando numa das diligências. Tratava-se de um ladrão, morador da Rua Conde de Monte Cristo, no Bairro do Jeremias. "Negão! Entra no carro!" Bradou um dos integrantes do grupo Mão Branca ao parar a Brasilia em frente a Sab da Palmeira, numa noite de festa. Chegando ao Estádio Amigão para o desfecho disseram: "Nós não temos nada pessoal contra você, mas você deu azar e agora não podemos voltar atrás, vai morrer".
Vivi este tempo e lembro que muitos casos de que desapareceram e depois era encontrado os seus corpos se proliferou por toda Campina e por outras cidade no compasso da Borborema. Não só no Amigão era cadáver, mas também no antigo 'Glésso', que era um tipo matagal, entre o Bairro Santo Antonio Viva Castelo Branco com Alto Branco. Nunca entrei neste assunto, mas como vou falar do que vi e aconteceu de fato, quero dizer que conto com a testemunha viva, a minhão mãe, dona Floripa Martins da Silva. Então, vamos aos fatos.
A casa que até hoje fica do lado direito no inicio da Vigário Vigínio com a Rua Ministro José Américo na divisa dos bairros José Pinheiro e Santo Antônio, foi neste local, que homens com uma brasília amarela, encostaram na parede e mataram um rapaz conhecido como 'Carrin' nos anos 80. Um individuo que cometia delitos na Feira Central e zona leste de Campina Grande, que há época disse ter saindo da cadeia.
Lembro quando vinha da Serraria Ferreira, perto da antiga feira de Madeira onde hoje é o supermercado Rede Compras III, sempre pegava lenha para fazer o fogo-de-lenha na nossa cozinha. Saímos com um feixe de lenha e um balde de tinta com tripa de galinha para matar nossa forme que pegava na antiga Granja Santa Luzia, eu estava sentado no banco de cimento nas margens do canal, nas calçadas, com minha mãe, quando de repente passava o elemento Carrin com seu amigo, ele estava drogado ao ponto de não nos conhecer, e com uma faca em punho, disse para minha mãe: "É um assalto! Passa o dinheiro a (of...), ou a vida" isso ao tentar assaltar-la, lembro de tudo, pois fiquei olhando para a cara deles com uma pedra na mão para jogar na cabeça dos mesmo.
Ficamos
com medo deles e minha mão disse que não tinha dinheiro , só uns
trocados e fumo (cachimbo). Ela ficou conversando com ele que logo
lembrou da gente por que conhecia minha irmã Maria José da Silva, então
pediu "vó me der um trocado para nós tomar uma (cachaça)!" Carrin usava
uma camisa do Flamengo, de cor preta e vermelha, depois de nos conhecer,
ficou conversando conosco, se despediu se dirigiu com o amigo com
destino a rua ao lado esquerda da antiga Feira de Troca, com olha para
José Pinheiro, no canal das piabas para o em direção ao antigo 'Campo
Municipal'. Quando de repente uma Brasília (carro) de cora amarelo
entrou na mesma rua atrás deles, ao
ver o carro que ia seguindo os mesmo, corri para ver o que iria
acontecer e vi quando o carro parou, saiu dele homens amardos com rostos
cobertos, entre eles estava um com um chapéu-de-palha, todos armados, e
encostaram os dois homens na parede, mandaram o amigo dele ir embora,
então peguntaram se o rapaz que ficou era mesmo o "Carrin" ele reponde
que sim e foi executado na parede de uma casa que fica na esquina da rua
que sobe para a Igreja Evangélica Avivamento Bíblico.
Sei
que era os Mãos Branca por que eu já conhecia de quem era a Brasília,
pois foi à mesma que certa feita conduziu um homem conhecido como
"Barrão", que morava na antiga Favela da Cachoeira. Eu estava jogando
bola de gode em determinado fim de tarde, foi neste dia que ele teve a
visitas dos homens que andavam nessa dita brasília amarela, que parou na
ponte da favela, os homnes desceram, um com um chapéu-de-palha, e
foram buscar Barrão em casa, onde ele dormia pois estava doente. Todos
os moradores que moravam entre a pote e favela, viram eles levando
Barrão a força que depois foi encontrado morto.
Mataram o velho Barrão, só que que o que lembro dele é que, ele era um alcoólatra que cometeu pequenos crimes quando jovem segundo falava minha mãe, mas já estava recuperado e era amigos de todos, um homem trabalhador, não vivia mais sobre pequeno crime e sim sobre efeito da esmolação e trabalho, tomando suas cachaças na Mercaria de dona Maria Gorda na entrada da favela e as vezes na Feira Central para desfaçar sua enfermidade. Barrão era querido por todos os que o conhecia, pagava para minha pessoa e colegas, cocada, balas e "dindin" na mercearia acima citada, e mesmo assim, foi morto pelo Mão Branca, digo isso por que eu vi com meus olhos ele sendo levado pelos Mãos Brancas em um fim de tarde, no mesmo carro que era conduzido pelos os homens que mataram o finado Carrin perto do canal da feira.
Confesso que e vi os homens da brasília amarela mantando o finado Carrin, muito conhecido no cabaré da feira Central e vi eles levando Barrão para ser executado. Quando tudo aconteceu, era criança, não lembro a data, só lembro que no outro dia passou a reportagem na ‘Patrulha da Cidade’ na Radio Borborema e escutei na casa do violeiro, o fiando Cerrador. Eu era pequeno e vi e lembro tudo.
Depois da morte de Carrin, fiquei com medo de passar no local e quando me tornei adolescente fui verificar a parede da casa e ainda tinha as marcas de balas, se brincar ainda tem vestígios pois a casa não teve reboco, só fizeram pintar, então deve ter marcas de tiros que não atingiram o corpo de Carrin e sim a parede.
Os homens da brasília marela mataram Carrin e Barrão, mas o finado Barrão não era bandido, era um coitado que foi vitima dos bandidos do estado,que arrancaram ele da favela e voltou em um caixão.
Sei que o finado Carrin era sim um ladrão pois na pratica tentou assaltar minha mãe, era um marginal perigoso, no dia da sua morte ele mesmo disse para eu e minha mãe que tinha saído da prisão, pediu dinheiro a ela que lhe deu uns trocando para tomar cachaça, saiu, sendo abatido a mais de 200 metros de onde estávamos. Mas deveria ser punido pelo Estado e não por bandidos da policia que querem ser 'deus' ou acima das leis e do Estado.
Pelo fato de ser bandido não quer dizer que grupo de criminosos armados tenham o direito de matar, quem pode fazer isso é o Estado e não grupo de criminosos que matavam todos que entravam em sua lista ou quem bem desejava.
O clamor por segurança e justiça:
Quero dizer que sou a favor a Pena de Morte para crimes hediondos, mas não defendo essa onda de 'Esquadrão da Morte', são elementos que matam bandidos sendo bandidos que tiram até a vida de inocente. Esses grupos se acham acima do Estado e das leis ao ponto de matar quem são contra eles e que bem desejar. Logo vejo que o Brasil era para ter Pena de Morte, onde bandidos de milicias de grupo de extermínio, grandes traficantes, psicopatas, políticos corruptos teriam que passar por esse presente do Estado, para deixar de sustentar criminosos irrecuperáveis nas cadeias, que matam, faz o que bem querem e depois vão gozar da nossa cara com direito a celular, sexo a vontade, armas no centro de uso de droga que é hotel e motel do governo, que são os presídios do Brasil.
Em tempos de aumento do índice de violência no Estado da Paraíba e, em específico, em Campina Grande, o grupo de extermínio “Mão Branca” começa a ser lembrado pelas ruas da Cidade como solução equívoca para o problema, onde muitos dos que viveram ha época dizem: "Que tempos bons o do Mão Branca"" Isso por que até os anos 80 bandido tinha medo do Estado e da Policia, mas hoje se ver moleques de 12 anos com arma de fogo assaltando e mantando trabalhador e fica tudo por isso mesmo por a policia prende e no outro dia estão nas ruas cometendo crimes novamente.
Muitos cidadão de Campina como os que conhecem a historia dos Mão Branca, alegam que: Já que hoje a coisa está muito mais grave do que naquela época, quando o governo e o Congresso Nacional banalizaram a criminalidade e desmoralizaram o estado de direito com leis protecionistas amordaçando a Justiça, o Mão Branca deveria voltar a existir hoje, em âmbito nacional para garantir a integridade física, patrimonial e moral de todo povo brasileiro, mas discordo desse pensamento, o melhor é modificar as leis, em especial o Estatuto da Criança e Adolescente, como criar a Pena de Morte para determinados crimes horrendos.
O Mão Branca só tinha um alvo, matar apenas bandido pobre, os bandidos ricos escapavam da lista negra da morte.
A existência de Mão Branca só não recebeu o apoio daqueles "inocentes" que nunca tiveram o infortúnio de se deparar frente-a-frente com bandidos sanguinários, frios e cruéis, ou então nunca perderam um ente querido sob o jugo desses marginais. Eu fui contemporâneo da época Mão Branca e posso afirmar categoricamente que aquele foi o período mais tranquilo que o povo campinense vivenciou,mas também de tristeza de mães, pais, ou melhor, família que perderam seus entes queridos sem ser bandidos, vitimados pelo esquadrão da morte que tomou o lugar do Estado, isso em um Regime Milita, imagina hoje em uma democracia que defende os "Direitos dos Manos" e vira as costa para o povo honestos e trabalhador.
Deve ser por isso que muitas pessoas ainda sentem saudades do tempo de Mão Branca, por que o Estado é omisso e contribuem para o surgimento de milicia e esquadrão da morte, como o famoso Mão Branca da Paraíba.
Blog Martins da Cachoeira
Mataram o velho Barrão, só que que o que lembro dele é que, ele era um alcoólatra que cometeu pequenos crimes quando jovem segundo falava minha mãe, mas já estava recuperado e era amigos de todos, um homem trabalhador, não vivia mais sobre pequeno crime e sim sobre efeito da esmolação e trabalho, tomando suas cachaças na Mercaria de dona Maria Gorda na entrada da favela e as vezes na Feira Central para desfaçar sua enfermidade. Barrão era querido por todos os que o conhecia, pagava para minha pessoa e colegas, cocada, balas e "dindin" na mercearia acima citada, e mesmo assim, foi morto pelo Mão Branca, digo isso por que eu vi com meus olhos ele sendo levado pelos Mãos Brancas em um fim de tarde, no mesmo carro que era conduzido pelos os homens que mataram o finado Carrin perto do canal da feira.
Confesso que e vi os homens da brasília amarela mantando o finado Carrin, muito conhecido no cabaré da feira Central e vi eles levando Barrão para ser executado. Quando tudo aconteceu, era criança, não lembro a data, só lembro que no outro dia passou a reportagem na ‘Patrulha da Cidade’ na Radio Borborema e escutei na casa do violeiro, o fiando Cerrador. Eu era pequeno e vi e lembro tudo.
Depois da morte de Carrin, fiquei com medo de passar no local e quando me tornei adolescente fui verificar a parede da casa e ainda tinha as marcas de balas, se brincar ainda tem vestígios pois a casa não teve reboco, só fizeram pintar, então deve ter marcas de tiros que não atingiram o corpo de Carrin e sim a parede.
Os homens da brasília marela mataram Carrin e Barrão, mas o finado Barrão não era bandido, era um coitado que foi vitima dos bandidos do estado,que arrancaram ele da favela e voltou em um caixão.
Sei que o finado Carrin era sim um ladrão pois na pratica tentou assaltar minha mãe, era um marginal perigoso, no dia da sua morte ele mesmo disse para eu e minha mãe que tinha saído da prisão, pediu dinheiro a ela que lhe deu uns trocando para tomar cachaça, saiu, sendo abatido a mais de 200 metros de onde estávamos. Mas deveria ser punido pelo Estado e não por bandidos da policia que querem ser 'deus' ou acima das leis e do Estado.
Pelo fato de ser bandido não quer dizer que grupo de criminosos armados tenham o direito de matar, quem pode fazer isso é o Estado e não grupo de criminosos que matavam todos que entravam em sua lista ou quem bem desejava.
O clamor por segurança e justiça:
Quero dizer que sou a favor a Pena de Morte para crimes hediondos, mas não defendo essa onda de 'Esquadrão da Morte', são elementos que matam bandidos sendo bandidos que tiram até a vida de inocente. Esses grupos se acham acima do Estado e das leis ao ponto de matar quem são contra eles e que bem desejar. Logo vejo que o Brasil era para ter Pena de Morte, onde bandidos de milicias de grupo de extermínio, grandes traficantes, psicopatas, políticos corruptos teriam que passar por esse presente do Estado, para deixar de sustentar criminosos irrecuperáveis nas cadeias, que matam, faz o que bem querem e depois vão gozar da nossa cara com direito a celular, sexo a vontade, armas no centro de uso de droga que é hotel e motel do governo, que são os presídios do Brasil.
Em tempos de aumento do índice de violência no Estado da Paraíba e, em específico, em Campina Grande, o grupo de extermínio “Mão Branca” começa a ser lembrado pelas ruas da Cidade como solução equívoca para o problema, onde muitos dos que viveram ha época dizem: "Que tempos bons o do Mão Branca"" Isso por que até os anos 80 bandido tinha medo do Estado e da Policia, mas hoje se ver moleques de 12 anos com arma de fogo assaltando e mantando trabalhador e fica tudo por isso mesmo por a policia prende e no outro dia estão nas ruas cometendo crimes novamente.
Muitos cidadão de Campina como os que conhecem a historia dos Mão Branca, alegam que: Já que hoje a coisa está muito mais grave do que naquela época, quando o governo e o Congresso Nacional banalizaram a criminalidade e desmoralizaram o estado de direito com leis protecionistas amordaçando a Justiça, o Mão Branca deveria voltar a existir hoje, em âmbito nacional para garantir a integridade física, patrimonial e moral de todo povo brasileiro, mas discordo desse pensamento, o melhor é modificar as leis, em especial o Estatuto da Criança e Adolescente, como criar a Pena de Morte para determinados crimes horrendos.
O Mão Branca só tinha um alvo, matar apenas bandido pobre, os bandidos ricos escapavam da lista negra da morte.
A existência de Mão Branca só não recebeu o apoio daqueles "inocentes" que nunca tiveram o infortúnio de se deparar frente-a-frente com bandidos sanguinários, frios e cruéis, ou então nunca perderam um ente querido sob o jugo desses marginais. Eu fui contemporâneo da época Mão Branca e posso afirmar categoricamente que aquele foi o período mais tranquilo que o povo campinense vivenciou,mas também de tristeza de mães, pais, ou melhor, família que perderam seus entes queridos sem ser bandidos, vitimados pelo esquadrão da morte que tomou o lugar do Estado, isso em um Regime Milita, imagina hoje em uma democracia que defende os "Direitos dos Manos" e vira as costa para o povo honestos e trabalhador.
Deve ser por isso que muitas pessoas ainda sentem saudades do tempo de Mão Branca, por que o Estado é omisso e contribuem para o surgimento de milicia e esquadrão da morte, como o famoso Mão Branca da Paraíba.
Blog Martins da Cachoeira
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