domingo, 9 de junho de 2013

Convênio de Taubaté





O Convênio de Taubaté foi uma tentativa de salvar o café brasileiro da crise mundial .

Desde o fim do século XIX, o café já havia se tornado o principal produto brasileiro comercializado no mercado internacional. Nos primeiros anos da República, a riqueza gerada pela mercadoria enchia os cofres públicos e fortalecia os grandes proprietários de terras, os quais utilizavam de sua força política em prol de seus interesses e do fortalecimento de seus negócios. Podemos ver um claro exemplo da influência política das oligarquias cafeicultoras no que chamamos de Convênio de Taubaté. 

Após a explosão do cultivo do café no Brasil e o grande aumento da oferta do produto, o mercado começou a dar indícios de que não havia demanda suficiente, ou seja, havia uma superprodução do gênero. Logicamente, seu preço cairia substancialmente. 

Para solucionar o problema e não sentir os prejuízos causados pelos baixos preços, em 1906 os governadores dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais se reuniram e acabaram idealizando uma espécie de acordo.

Para solucionar o problema e não sentir os prejuízos causados pelos baixos preços, em 1906 os governadores dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais se reuniram e acabaram idealizando uma espécie de acordo.

O Convênio de Taubaté era simples: para que o preço do café não abaixasse tanto conforme o equilíbrio natural do mercado, o Governo passaria a comprar e a estocar todo o excedente, mantendo de forma artificial os altos preços. Embora discordasse da proposta, o presidente Rodrigues Alves acabou vendo a mesma ser concretizada por meio de seu sucessor, Afonso Pena, já que seu mandato estava prestes a terminar. 

Além de arruinar a economia brasileira, uma vez que o Estado teve que contrair empréstimos no exterior para bancar a compra do café excedente, o Convênio de Taubaté não foi capaz de segurar o preço do produto. Em 1929, com a quebra da Bolsa de Nova York e a Grande Depressão nos Estados Unidos, um dos maiores compradores do café brasileiro, a situação ficou insustentável, finalizando assim, o ciclo da supremacia dos cafeicultores no Brasil.

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