A palavra “apartheid” significa “separação”, “identidade
separada”, e refere-se à política de discriminação racial adotada na
África do Sul na segunda metade do século XX. Todo esse quadro
se iniciou bem antes, durante os séculos XVII e XVIII, com a chegada
dos primeiros grupos de colonizadores europeus, formados principalmente
por holandeses e ingleses.
Os europeus dizimaram boa parte da população
nativa e de grupos tribais da África do Sul. Pouco a pouco, esses
colonizadores foram desenvolvendo
uma ideologia racista e “nacionalista”. Na visão dos afrikaners
(colonizadores), eles seriam a verdadeira nação; aqueles que não tinham
características étnicas semelhantes eram considerados inferiores e
passivos de dominação.
Este ilógico argumento permaneceu sustentado
por vários anos. No século XX, mais precisamente em 1948, tal ideologia
racista foi oficializada: o apartheid, regime que consistia em um
conjunto de medidas, entre elas a criação de leis discriminatórias.
Exemplos: passou a ser proibido o casamento
entre brancos e negros, os negros passaram a não poder usar instalações
públicas, foram criados bairros só para negros, entre outros absurdos.
Entretanto, a população negra começou a protestar contra o quadro de
segregação racial gerado pelo apartheid. Em 1961 foi criado o CNA
(Congresso Nacional Africano), partido que representava a maioria negra.
Entretanto, como a elite branca detinha as riquezas do país,
principalmente a extração de diamantes, era provida de recursos
financeiros suficientes para equipar suas forças militares contra
quaisquer tentativas de protesto.
Mesmo assim, estes se intensificaram. Na década de
80, milhares de empresas se retiraram da África do Sul com medo da
situação política do país que piorava cada vez mais. Vários líderes do
CNA haviam sido presos, entre eles Nelson Mandela. A situação só piorou,
até que se tornou insustentável.
No início da década de 90, o regime do
apartheid começou a perder força. Algumas regras rígidas de separação
racial passaram a se tornar mais flexíveis, outras foram extintas.
Muitos líderes negros foram soltos. Em 1993 foram feitas eleições
livres, nas quais Mandela foi eleito presidente da África do Sul,
terminando assim, um grande período de dominação da elite branca no
país.
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