A União Soviética foi um dos países mais importantes para a vitória
dos Aliados na Segunda Guerra Mundial. Entretanto, também foi um dos
países mais abalados economicamente. Mesmo assim, o governo de Joseph
Stálin foi capaz de realizar um eficiente planejamento, colocar a URSS
nos trilhos do desenvolvimento e transformá-la em uma das grandes
potências mundiais, ao lado dos Estados Unidos.
Após ter governado a URSS por 29 anos, Stálin morreu
em 1953, sendo sucedido por Nikita Krushev. O governo de Stálin, embora
tenha transformado a União Soviética em uma potência, foi marcado pelo
autoritarismo, ditadura, falta de liberdade e corrupção. Krushev, quando
assumiu o poder, decidiu acabar gradativamente com a política
autoritária do governo anterior e procurou adotar uma política de paz
com os países capitalistas.
No entanto, em 1964, Krushev foi deposto, sob a
acusação de abuso de poder. Em seu lugar assumiu Leonid Brejnev, o qual
governou até 1982. Foi justamente nessa época (por volta de década de
70) que os problemas econômicos e sociais se acentuaram. Em razão da
URSS se manter isolada economicamente da maior parte do mundo, sua
indústria se tornou atrasada. Se há alguns anos o país fora um grande
exportador de alimentos, passou a ser importador. Com o declínio da
atividade industrial e agrícola, surgiram inúmeros problemas sociais,
principalmente o aumento do desemprego.
Após a morte de Brejnev, em 1982, Andropov e Constantin Tchernenko
assumiram o governo. No entanto, foi em 1985, com a entrada de Mikhail
Gorbatchev, que a União Soviética passou por bruscas mudanças políticas,
econômicas e sociais. Ciente dos problemas que o país passava,
Gorbatchev propôs dois planos: a perestroika (reestruturação) e a
glasnost (transparência).
A perestroika nada mais era do que um conjunto de
medidas que propunha modernizar e dinamizar a economia do país. Assim, o
plano autorizava a existência de empresas privadas, a entrada gradual
de multinacionais e estimulava a concorrência entre as empresas. Já a
glasnost previa a diminuição da atuação do Estado na vida do cidadão, ou
seja, nas questões civis. Por meio da glasnost, foi dada liberdade de
expressão, os presos políticos foram soltos, entre outras medidas.
Com estas profundas mudanças, tornou-se claro que a
União Soviética estava com seus dias contados. Temendo o quadro político
que estava instalado na Rússia, as outras repúblicas começaram a exigir
autonomia. Em 1991, quase todos os países já eram independentes. O fim
definitivo da URSS foi oficializado em 21 de dezembro de 1991, com a
criação da Comunidade dos Estados Independentes (CEI), organização
supranacional formada por Rússia, Ucrânia, Bielo-Rússia, Cazaquistão e
Uzbequistão.
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