Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (Vila
Rica, atual Ouro Preto MG 1730 - idem 1814). Escultor,
arquiteto, entalhador. É considerado o mais importante artista
brasileiro do período colonial. Filho natural do arquiteto e
mestre-de-obras português Manuel Francisco Lisboa e de uma de suas
escravas, recebe do pai as primeiras noções de desenho, arquitetura e
escultura.
Provavelmente tenha recebido ensinamentos do desenhista e
medalhista lisboeta João Gomes Batista (s.d. - 1788), que depois de
trabalhar no Rio de Janeiro muda-se para Vila Rica, atual Ouro Preto,
onde entre 1751 e 1784 exerce o posto de abridor de cunhos da
Intendência e Casa de Fundição. É possível que Aleijadinho também tenha
sido orientado por dois entalhadores: Francisco Xavier de Brito (s.d. -
1751), responsável pela execução da talha da Igreja de Nossa Senhora do
Pilar de Ouro Preto, que por estar enfermo indica o pai de Aleijadinho
para terminá-la; e José Coelho de Noronha, que no ano de 1758 trabalha
na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Bom Sucesso, em Caeté. Dois anos
depois, nessa cidade, Aleijadinho realiza uma escultura de Nossa Senhora
do Carmo e se responsabiliza pela execução dos altares laterais. Antes
dos 50 anos, ele é acometido por uma doença degenerativa, que deforma e
atrofia seu corpo, desencadeando a perda progressiva do movimento dos
dedos das mãos e dos pés.
Passa a trabalhar com os instrumentos atados
às mãos por seus escravos, que o carregam até os locais de trabalho. Há
muitas incertezas sobre sua vida. A primeira biografia do artista foi
escrita em 1858, 44 anos após sua morte, por Rodrigo José Ferreira
Bretas, baseada em documentos de arquivo e depoimentos. No conjunto de
sua obra destacam-se os projetos das igrejas de São Francisco de Assis,
em Ouro Preto e em São João del Rei, Minas Gerais; as 66 imagens de
cedro dos Passos da Paixão e os 12 profetas de pedra-sabão, para o Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas do Campo, Minas Gerais.
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