segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Governo Nilo Peçanha (1909-1910)


O carioca Nilo Procópio Peçanha assumiu a presidência do Brasil  em 1909, mediante o falecimento de Afonso Pena antes do término de seu mandato. Embora tenha governado por um curto período, podemos registrar fatos importantes ocorridos durante sua administração. A criação do Serviço de Proteção aos Índios (SPI) foi um deles, marcando uma inicial preocupação para com as comunidades indígenas, as quais, mediante a crescente ocupação de suas terras pelos “homens brancos”, corriam o risco de desaparecer. Outras ações de destaque foram a reinauguração do Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio, e a criação do ensino técnico-profissional no país. 

Durante o mandato de Nilo Peçanha vemos uma importante mudança na estrutura política do Brasil, pois, pela primeira vez, o arranjo político do “café-com-leite” foi rompido. De fato, São Paulo e Minas Gerais lançaram seus próprios candidatos, criando assim uma disputa eleitoral nunca antes vista. 

Apoiados pelos baianos, os paulistas lançaram o nome de Rui Barbosa à presidência, candidato que pregava a moralização do processo eleitoral e o antimilitarismo, conjunto de propostas ousadas que ficou conhecido como Campanha Civilista. Minas Gerais, apoiado pelo Estado do Rio Grande do Sul, lançou o marechal Hermes da Fonseca, um nome conservador que agradava às elites oligárquicas, o qual acabou vencendo a disputa. Embora Hermes da Fonseca tenha assumido a presidência em 1910, temos aqui os primeiros sinais de enfraquecimento da hegemonia política das oligarquias.

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