sábado, 24 de agosto de 2013

Período Joanino

Período Joaniano (1808-1821)
Após a desobediência de Portugal ao Bloqueio Continental, decreto feito por Napoleão Bonaparte que proibia toda nação de ter relações comerciais com a Inglaterra, os próprios ingleses sugeriram a transferência da corte portuguesa para o Brasil. Para fugir de uma possível invasão francesa, os portugueses fugiram para a colônia do outro lado do Atlântico, sob a escolta dos navios ingleses. 

No meio do caminho, em virtude de condições climáticas ruins, o grupo acabou sendo separado. Parte dos navios chegou a Salvador, enquanto a outra desembarcou no Rio de Janeiro. Finalmente, em março de 1808, a corte portuguesa foi instalada nas terras fluminenses. 

Entretanto, a ajuda da Inglaterra tinha um preço, logicamente. Como os ingleses escoltaram os membros da corte na fuga para o Brasil e, além disso, se comprometeram a lutar pelo território de Portugal contra as tropas de Napoleão, requisitaram a Dom João a adoção de algumas medidas de cunho econômico. 

A primeira grande medida imposta pela Inglaterra foi a abertura dos portos brasileiros às nações amigas de Portugal, política que passou a valer logo em 1808. Além disso, os ingleses queriam taxas alfandegárias especiais para seus produtos. Enquanto um produto estrangeiro pagava uma taxa de 24%, uma mercadoria inglesa pagava algo em torno de 15%. 

Tais propostas resultaram em uma verdadeira invasão de produtos ingleses no mercado brasileiro, o que trouxe grandes lucros à Inglaterra. Embora as cidades portuárias brasileiras tenham se desenvolvido significativamente com isso, tal fato atrapalhou a criação de indústrias no Brasil. O governo de Dom João VI também foi marcado por importantes obras de infraestrutura, como a construção de estradas e portos, e por inúmeras obras públicas. Foi no Período Joanino que foram fundados o Banco do Brasil, a Biblioteca Real, o Jardim Botânico, a Casa da Moeda e a Academia Real Militar. 

Após o Brasil ter sido elevado à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves, em 1815, surgiu em Portugal uma forte insatisfação popular. Os portugueses queriam que a corte fosse transferida novamente para Lisboa e exigiam a volta de Dom João VI, uma vez que, com a derrota definitiva de Napoleão, não havia mais o porquê de sua permanência na colônia. 

Com receio de perder o poder, Dom João VI se viu obrigado a retornar a Portugal, em 1821, deixando seu filho, D. Pedro, como príncipe regente do Brasil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário