
A descoberta foi feita em um sitio arqueológico na cidade costeira de
Asdode, ao sul da capital Tel Aviv. No centro das fortificações há uma parede
de tijolos de barro medindo mais de 3 metros e meio de largura, chegando a 4,5
metros de altura em alguns pontos. A parede está coberta por camadas de lama e
areia.Quando foram construídas no século 8 a. C, as fortificações em forma de
meia-lua defendiam uma área interior com cerca de sete hectares. Segundo os relatos históricos, rei assírio Sargom II governou toda a parte
sudeste da bacia do Mediterrâneo, incluindo o Egito e o Oriente Médio.
Inscrições falam sobre um rei filisteu em Asdode, chamado Yamani, que tentou organizar
uma revolta contra o Império Assírio. Os assírios responderam com força,
assumiram o controle de Asdode, no ano 711 a. C e destruiu a cidade. Depois
disso, o centro de poder foi estabelecido na área vizinha de Asdode-Yam, o
local que está sendo escavado atualmente.
Baseado em escavações anteriores, o finado arqueólogo israelense Jacob
Kaplan concluiu que os rebeldes construíram as fortificações em preparação ao
ataque. Contudo, Fantalkin disse que a construção é grande demais para ter sido
feito sob tais circunstâncias. O ataque de Sargom II contra Asdode é mencionado em Isaías 20, como um aviso
para aqueles que apoiaram a rebelião. “Naquele dia o povo que vive deste lado
do mar dirá: ‘Vejam o que aconteceu com aqueles em quem confiávamos, a quem recorremos
para nos ajudar e livrar do rei da Assíria!” Ezequias, rei de Judá, ficou fora da luta, provavelmente a pedido do profeta
Isaías, que nessa época andava nu e sem sandálias como uma forma de chamar
atenção do povo para suas profecias.
Fantalkin e sua equipe dizem que os edifícios e paredes encontrados
aparentemente são a reconstrução das fortificações anteriores, que
provavelmente foram destruídas por um terremoto na segunda metade do século 2
a.C. Moedas antigas, vasos e outros artefatos dessa época foram encontrados
entre as ruínas. Durante a época bizantina, o local era conhecido como Azoto Paralus. Uma
cidadela chamada Kal’at Al Mina foi construída no local durante o período de
dominação islâmica, em algum período entre os séculos 8 e 11. Em 1033, essa
fortaleza foi seriamente danificada por um terremoto. É surpreendente que a
parede com as inscrições achada agora tenha permanecido de pé depois de tanto
tempo, tendo “sobrevivido” a tantos acontecimentos.
A última descoberta do tipo ocorreu em 1843, quando Paul Emile Botta escavou
as ruinas do Palácio de Sargom II, o mesmo que é mencionado na parede
encontrada agora. Durante muitos séculos grande parte dos relatos do Livro de
Isaias foram considerados “não-históricos” por causa da falta de comprovações
arqueológicas. Com informações NBC News.
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