Vinicius de Moraes (1913 - 1980) |
Foi para Paris (1952) para assumir o cargo de segundo-secretário da embaixada. Sua peça teatral Orfeu da Conceição foi premiada no IV Centenário da Cidade de S. Paulo (1954) e serviu de base a um filme vencedor do primeiro prêmio no Festival de Cannes (1959). Por essa época sua carreira de poeta e sua projeção de compositor já estava ligada diretamente ao novo ritmo popular brasileiro, a Bossa Nova, que ganhou prestígio mundial e é sucesso até os dias de hoje. Compôs com vários parceiros famosos como Tom Jobim, Baden Powell, Carlos Lyra, Ary Barroso e Chico Buarque. Foi punido pelo Ato Institucional n.º 5 com aposentadoria compulsória do Itamaraty (1968), depois de 26 anos de serviços prestados. Passando a se dedicar integralmente ao seu lado intelectual e artístico, neste mesmo ano participou de show em Lisboa, Portugal, ao lado de Chico Buarque e Nara Leão, e em Buenos Aires, Argentina, com Dorival Caymmi, Baden Powell, Quarteto em Cy e Oscar Castro-Neves.
No ano seguinte, apresentou-se com Caymmi e Maria Creusa em Punta del Este, Uruguai. Com o violonista, o seu inseparável amigo Toquinho, iniciou uma parceria (1968) que duraria para o resto de sua vida, cantando sua poesia em várias cidades e países, o que o tornou um dos poetas mais populares e queridos do país. Músico de muitos parceiros e homem de muitos casamentos, morreu no Rio de Janeiro. Os sonetos são considerados a parte mais importante de sua obra. Com toques de erotismo e competência, ele revigorou essa forma de composição, ignorada pelos modernistas da primeira fase, e produziu alguns dos mais belos sonetos de nossa língua.
Suas principais publicações foram: O caminho para a distância (poesia, 1933); Forma e exegese (poesia, 1935); Ariana, a mulher (poema, 1936); Novos poemas I (1938); Cinco elegias (poema, 1943); Poemas, sonetos e baladas (1946); Pátria minha (poema, 1949); Antologia poética (coletânea, 1954); Orfeu da Conceição (tragédia em versos, 1954); Livro de sonetos (1957); Novos poemas II (sonetos, 1959); O Amor dos Homens (crônicas, 1960); Procura-se uma rosa (peça de teatro em colaboração com Pedro Bloch e Gláudio Gil (1961); Pobre menina rica, (teatro, 1962); Para viver um grande amor (crônicas e poesia, 1965); Cordélia e o Peregrino (teatro, 1965); Para uma menina com uma flor (crônicas, 1966); O mergulhador (sonetos, 1968); Poesia completa e prosa (1968); Arca de Noé (literatura infantil em versos, 1970) e A mulher e os signos (poemas, 1980). Sua primeira composição gravada foi Por toda minha vida - música de Jobim e poesia sua.(1959). Entre os vários LPs gravados citam-se Vinícius em Portugal (1969), Fiesta, IG 79.034, Rio e Antologia Poética (1977), Philips, 6641 708, Série de Luxo com 2 Long-Plays e participação de Tom Jobim, Edu Lobo, Toquinho, Luis Roberto, Jorginho, Roberto Menescal e Francis Hime.
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