Marechal Deodoro da Fonseca (1827-1892) |
O período entre os anos de 1889 e 1894 ficou conhecido como República da Espada. Tal nome foi empregado devido ao fato de o Brasil
ter sido governado por uma junta militar, formada pelos militares
Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto. Para alguns, esta foi a primeira
ditadura militar da história da nação brasileira.
Após a Proclamação da República em 1889, a primeira mudança ocorrida no Brasil foi a expulsão da família real. Logo no dia seguinte, D. Pedro II e seus familiares retornaram a Portugal. Além disso, antigas estruturas políticas
foram desfeitas, como as Assembleias Provinciais e Câmaras Municipais,
sem contar a designação de novos governadores em cada província.
O marechal Deodoro da Fonseca foi eleito de
forma indireta e acabou se transformando no primeiro presidente do
Brasil. Deodoro instaurou a separação entre Estado e Igreja e convocou
uma Assembleia Constituinte em junho de 1890, a qual resultou na
elaboração da Constituição de 1891. Foi no governo do marechal que foi
criada a política econômica
conhecida como encilhamento, o que, de fato, resultou em uma profunda
crise financeira. Tal situação, aliada ao autoritarismo e à falta de
diplomacia de Deodoro agravou a situação política no Brasil, resultando
na renúncia do presidente.
Seu vice, o também marechal Floriano Peixoto, assumiu a presidência e
acabou governando até 1894. Embora Floriano também tenha usado de
violência para acabar com conflitos (ficou conhecido como o “Marechal de
Ferro”), como a Revolta da Armada e a Revolta Federalista, seu governo
foi bem avaliado na opinião popular, uma vez que o mesmo adotou
políticas que favoreciam as classes mais baixas.
Floriano Peixoto abaixou os preços dos imóveis, estatizou a moeda e estimulou o crescimento da indústria.
Em outras palavras, Peixoto consolidou a República. Como os grandes
fazendeiros paulistas e mineiros, detentores do poder político na época,
estavam ao seu lado, Floriano Peixoto acabou organizando o processo
eleitoral que daria vitória a Prudente de Morais, cafeicultor paulista.
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