quarta-feira, 17 de julho de 2013

República da Espada

 
Marechal Deodoro da Fonseca (1827-1892)
O período entre os anos de 1889 e 1894 ficou conhecido como República da Espada. Tal nome foi empregado devido ao fato de o Brasil ter sido governado por uma junta militar, formada pelos militares Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto. Para alguns, esta foi a primeira ditadura militar da história da nação brasileira. 

Após a Proclamação da República em 1889, a primeira mudança ocorrida no Brasil foi a expulsão da família  real. Logo no dia seguinte, D. Pedro II e seus familiares retornaram a Portugal. Além disso, antigas estruturas políticas foram desfeitas, como as Assembleias Provinciais e Câmaras Municipais, sem contar a designação de novos governadores em cada província. 

O marechal Deodoro da Fonseca foi eleito de forma indireta e acabou se transformando no primeiro presidente do Brasil. Deodoro instaurou a separação entre Estado e Igreja e convocou uma Assembleia Constituinte em junho de 1890, a qual resultou na elaboração da Constituição de 1891. Foi no governo do marechal que foi criada a política econômica conhecida como encilhamento, o que, de fato, resultou em uma profunda crise financeira. Tal situação, aliada ao autoritarismo e à falta de diplomacia de Deodoro agravou a situação política no Brasil, resultando na renúncia do presidente.

Seu vice, o também marechal Floriano Peixoto, assumiu a presidência e acabou governando até 1894. Embora Floriano também tenha usado de violência para acabar com conflitos (ficou conhecido como o “Marechal de Ferro”), como a Revolta da Armada e a Revolta Federalista, seu governo foi bem avaliado na opinião popular, uma vez que o mesmo adotou políticas que favoreciam as classes mais baixas. 

Floriano Peixoto abaixou os preços dos imóveis, estatizou a moeda e estimulou o crescimento da indústria. Em outras palavras, Peixoto consolidou a República. Como os grandes fazendeiros paulistas e mineiros, detentores do poder político na época, estavam ao seu lado, Floriano Peixoto acabou organizando o processo eleitoral que daria vitória a Prudente de Morais, cafeicultor paulista.

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