quinta-feira, 27 de junho de 2013

Governo Rodrigues Alves (1902-1906)


Imagem ; www.brasilescola.com
O paulista Francisco de Paula Rodrigues Alves foi eleito presidente do Brasil em 1902, graças à aliança política entre as oligarquias paulista e mineira. De fato, sua administração foi marcada por uma relativa estabilidade econômica e pela adoção de medidas que tinham o fim de modernizar os grandes centros urbanos do país. 

Contando com um grande volume de recursos, graças aos empréstimos firmados pelo governo anterior juntamente à Inglaterra e à riqueza gerada pela borracha da Amazônia, Rodrigues Alves idealizou grandes projetos de modernização urbana, especialmente na capital federal, a cidade do Rio de Janeiro. Com o apoio do prefeito Pereira Passos, diversas obras de embelezamento, como o alargamento de avenidas e a construção de praças, foram realizadas. Entretanto, os moradores das regiões afetadas simplesmente eram desapropriados sem nenhum tipo de respaldo, se vendo obrigados a se estabelecerem nas regiões periféricas, em morros, dando assim início ao processo de favelização da cidade. 

Outro foco do presidente era o combate às doenças epidêmicas. Com o apoio do sanitarista Osvaldo Cruz, o governo aprovou uma medida que obrigava toda a população a se vacinar contra tais enfermidades, aspecto que gerou a revolta da população e deu início ao movimento popular conhecido como Revolta da Vacina. 

Durante seu mandato, Rodrigues Alves resolveu uma importante questão diplomática, que foi a anexação do Acre, região que originariamente pertencia à Bolívia, mas que era habitada por muitos brasileiros, atraídos pela extração da borracha. A solução encontrada foi pagar a indenização de dois milhões de libras esterlinas e construir a estrada de ferro Madeira-Mamoré, a qual permitiria o escoamento das mercadorias bolivianas pelo Atlântico. 

No âmbito econômico, podemos citar a celebração do Convênio de Taubaté, acordo costurado pelos cafeicultores para tentar solucionar o problema da queda de preço do café. Isso se daria, em tese, pela compra de todo o excedente produzido pelo governo. Embora Rodrigues Alves não tivesse concordado com a proposta inicialmente, visto que a mesma prejudicaria as finanças públicas do país, acabou cedendo aos anseios das elites agrárias que, inclusive, eram a sustentação política de seu mandato.

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