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O paulista Francisco de Paula Rodrigues Alves foi eleito presidente
do Brasil em 1902, graças à aliança política entre as oligarquias
paulista e mineira. De fato, sua administração foi marcada por uma
relativa estabilidade econômica e pela adoção de medidas que tinham o
fim de modernizar os grandes centros urbanos do país.
Contando com um grande volume de recursos,
graças aos empréstimos firmados pelo governo anterior juntamente à
Inglaterra e à riqueza gerada pela borracha da Amazônia, Rodrigues Alves
idealizou grandes projetos
de modernização urbana, especialmente na capital federal, a cidade do
Rio de Janeiro. Com o apoio do prefeito Pereira Passos, diversas obras
de embelezamento, como o alargamento de avenidas e a construção de
praças, foram realizadas. Entretanto, os moradores das regiões afetadas
simplesmente eram desapropriados sem nenhum tipo de respaldo, se vendo
obrigados a se estabelecerem nas regiões periféricas, em morros, dando
assim início ao processo de favelização da cidade.
Outro foco do presidente era o combate às doenças epidêmicas. Com o apoio do sanitarista Osvaldo Cruz, o governo aprovou
uma medida que obrigava toda a população a se vacinar contra tais
enfermidades, aspecto que gerou a revolta da população e deu início ao
movimento popular conhecido como Revolta da Vacina.
Durante seu mandato, Rodrigues Alves resolveu uma importante
questão diplomática, que foi a anexação do Acre, região que
originariamente pertencia à Bolívia, mas que era habitada por muitos
brasileiros, atraídos pela extração da borracha. A solução encontrada
foi pagar
a indenização de dois milhões de libras esterlinas e construir a
estrada de ferro Madeira-Mamoré, a qual permitiria o escoamento das
mercadorias bolivianas pelo Atlântico.
No âmbito econômico, podemos citar a celebração do Convênio de Taubaté, acordo costurado pelos cafeicultores para tentar solucionar
o problema da queda de preço do café. Isso se daria, em tese, pela
compra de todo o excedente produzido pelo governo. Embora Rodrigues
Alves não tivesse concordado com a proposta inicialmente, visto que a
mesma prejudicaria as finanças públicas do país, acabou cedendo aos
anseios das elites agrárias que, inclusive, eram a sustentação política
de seu mandato.
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