Ponte Estaiada |
São Paulo é um município brasileiro, capital do estado de São Paulo
e principal centro financeiro,
corporativo
e mercantil da
América do Sul. É a cidade mais
populosa do Brasil, do continente
americano e de todo o hemisfério
sul,e a cidade brasileira mais influente no cenário global, sendo
considerada a 14ª cidade mais globalizada
do planeta, recebendo a classificação de cidade
global alfa, por parte do Globalization and World Cities Study Group
& Network (GaWC). O lema da cidade, presente em seu brasão oficial, é "Non ducor, duco",
frase latina que significa "Não sou conduzido,
conduzo".
Fundada em 1554 por padres jesuítas,
a cidade é mundialmente conhecida e exerce significativa influência nacional e
internacional, seja do ponto de vista cultural, econômico ou político.
Conta com importantes monumentos, parques e museus, como o Memorial da América Latina, o Museu da Língua Portuguesa, o Museu
do Ipiranga, o MASP, o Parque
Ibirapuera, o Jardim Botânico de São Paulo e a avenida
Paulista, e eventos de grande repercussão, como a Bienal Internacional de Arte,
o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1,
São Paulo Fashion Week e a São Paulo Indy 300.
O município possui o 10º maior PIB do mundo,
representando, isoladamente, 11,5% de todo o PIB
brasileiro e 36% de toda a produção
de bens e serviços
do estado de São Paulo, sendo sede de 63% das multinacionais
estabelecidas no Brasil, além de ter sido responsável por 28% de toda a
produção científica nacional em 2005. A cidade também é a sede da Bolsa de Valores,
Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBovespa), a segunda maior bolsa
de valores do mundo em valor de mercado.São Paulo também concentra muitos
dos edifícios mais altos do Brasil,
como os edifícios Mirante do Vale, Itália, Altino Arantes, a Torre Norte, entre outros.
São Paulo é a sétima cidade mais
populosa do planeta e sua região metropolitana, com cerca
de 20 milhões de habitantes, é a oitava maior
aglomeração urbana do mundo.Regiões ao redor da Grande São Paulo também são
metrópoles,
como Campinas, Baixada Santista e Vale do Paraíba;
além de outras cidades próximas, que compreendem aglomerações urbanas em
processo de conurbação, como Sorocaba e Jundiaí. Esse complexo de metrópoles
— o chamado Complexo Metropolitano Expandido —
ultrapassa 30 milhões de habitantes (cerca de 75% da população do estado) e
forma a primeira megalópole do hemisfério
sul. A povoação de São Paulo de Piratininga surgiu em
25 de janeiro de 1554 com a construção de um colégio jesuíta por doze padres, entre eles Manuel da Nóbrega e José de Anchieta, no alto de uma colina escarpada,
entre os rios Anhangabaú e Tamanduateí.Tal
colégio, que funcionava num barracão feito de taipa
de pilão, tinha, por finalidade, a catequese dos
índios
que viviam na região do Planalto de Piratininga, separados do litoral pela Serra do Mar,
chamada pelos índios de "Serra de Paranapiacaba".O nome São Paulo foi escolhido porque o
dia da fundação do colégio foi 25 de janeiro, mesmo dia no qual a Igreja
Católica celebra a conversão do apóstolo Paulo
de Tarso, conforme disse o padre José de Anchieta em carta à Companhia de Jesus:
“A 25 de
Janeiro do Ano do Senhor de 1554 celebramos, em paupérrima e estreitíssima
casinha, a primeira missa, no dia da conversão do Apóstolo
São Paulo e, por isso, a ele dedicamos nossa casa!”
O povoamento da região
do Pátio do Colégio teve início em 1560, quando, na
visita de Mem de Sá, governador-geral
do Brasil, à
Capitania de São Vicente, este ordenou a transferência da população da Vila de Santo André da Borda do Campo, que
fora criada por Tomé de Sousa em 1553, para os arredores do colégio,
denominado "Colégio de São Paulo de Piratininga", local alto e mais
adequado (uma colina escarpada vizinha a uma grande várzea, a Várzea
do Carmo, por um lado e, pelo outro lado, por outra baixada, o Vale do Anhangabaú), para melhor se proteger dos
ataques dos índios. Desta forma, em 1560, a Vila de Santo André da Borda do
Campo foi transferida para a região do Pátio do Colégio de São Paulo e passou a
se denominar Vila de São Paulo, pertencente à Capitania de São Vicente.
São Paulo permaneceu, durante os dois séculos
seguintes, como uma vila pobre e isolada do centro de gravidade da colônia, o
litoral e se mantinha por meio de lavouras de subsistência. São Paulo foi, por
muito tempo, a única vila no interior do Brasil. Esse isolamento de São Paulo
se dava principalmente porque era dificílimo subir a Serra do
Mar a pé da Vila de Santos ou da Vila de São Vicente para o Planalto de
Piratininga. Subida esta que era feita pelo Caminho do Padre José de Anchieta.
Mem de Sá, quando de sua visita à Capitania de São Vicente, proibira o uso do
"Caminho do Piraiquê" (hoje Piaçaguera),
por serem, nele, frequentes os ataques dos índios.
Em 22 de março de 1681, o Marquês de Cascais, donatário da Capitania de
São Vicente, transferiu a capital da Capitania de São Vicente para a Vila de
São Paulo, que passou a ser a "Cabeça da Capitania". A nova capital
foi instalada, em 23 de abril de 1683, com grandes festejos públicos.Por ser a região mais pobre da colônia portuguesa
na América, em São Paulo teve início a atividade dos bandeirantes, que se dispersaram pelo
interior do país à caça de índios porque, sendo extremamente pobres, os
paulistas não podiam comprar escravos africanos. Saíam, também, em busca de
ouro e de diamantes. A descoberta do ouro na região de Minas
Gerais, na década de 1690, fez com que as atenções do reino se voltassem
para São Paulo. Foi criada, então, em 3 de novembro de 1709, a nova Capitania
Real de São Paulo e Minas do Ouro, quando foram compradas, pela coroa
portuguesa, a Capitania de São Paulo e a Capitania de Santo Amaro de seus antigos
donatários. Em 11 de julho de 1711, a Vila de São Paulo foi elevada à categoria
de cidade. Logo em seguida, por volta de 1720, foi encontrado ouro, pelos
bandeirantes, nas regiões onde se encontram hoje a cidade de Cuiabá e a Cidade
de Goiás, fato que levou à expansão do território brasileiro para além da Linha de Tordesilhas.
Quando o ouro esgotou, no final do século XVIII,
teve início o ciclo econômico paulista da cana-de-açúcar, que se
espalhou pelo interior da Capitania de São Paulo. Pela
cidade de São Paulo, era escoada a produção açucareira para o Porto
de Santos. Nessa época, foi construída a primeira estrada moderna entre São
Paulo e o litoral: a Calçada do Lorena.Após a Independência do Brasil, ocorrida onde hoje
fica o Monumento do Ipiranga, São Paulo recebeu o
título de Imperial Cidade, conferido por Dom Pedro
I do Brasil em 1823. Em 1827, houve a criação de cursos jurídicos no Convento de São Francisco
(que daria origem à futura Faculdade de Direito do
Largo de São Francisco), e isso deu um novo impulso de crescimento à
cidade, com o fluxo de estudantes e professores, graças ao qual, a cidade passa
a ser denominada Imperial Cidade e Burgo dos Estudantes de São Paulo de
Piratininga.
Outro fator do crescimento de São Paulo foi a
expansão da produção do café, inicialmente na região do Vale do Paraíba paulista, e
depois nas regiões de Campinas, Rio Claro, São Carlos e Ribeirão
Preto. De 1869 em diante, São Paulo passa a beneficiar-se de uma ferrovia que
liga o interior da província de São Paulo ao porto de Santos, a Estrada de Ferro Santos-Jundiaí,
chamada de A Inglesa.Surgem, no final do século XIX, várias outras
ferrovias que ligam o interior do estado à capital, São Paulo. São
Paulo tornou-se, então, o ponto de convergência de todas as ferrovias vindas do
interior do estado. A produção e exportação de café permite à cidade e à
província de São Paulo, depois chamada de Estado de
São Paulo, um grande crescimento econômico e populacional.
De meados desse século até o seu final, foi o
período que a província começou a receber uma grande quantidade de imigrantes,
em boa parte italianos, dos quais muitos se fixaram
na capital, e as primeiras indústrias começaram a se instalar.Com o fim do Segundo
Reinado e início da República
a cidade de São Paulo, assim como o estado de São Paulo, tem grande crescimento
econômico e populacional, também auxiliado pela política do café com leite e pela grande
imigração europeia e asiática para São Paulo. Sobre o grande número de
imigrantes na capital paulista, Cornélio
Pires recolheu, em seu livro "Sambas e Cateretês", uma modinha, de 1911,
de Dino Cipriano, que descreve a impressão que o homem do interior tinha da
capital paulista:
“ !Só úa coisa
aquí in S. Pólo que eu já ponhei in reparo: que só se vê é estrangero!
Brasilêro é muito raro!” - Dino Cipriano
Durante a República
Velha (1889-1930), São Paulo passou de centro regional a metrópole
nacional, se industrializando e chegando a seu primeiro milhão de habitantes em
1928. Seu maior crescimento, neste período, relativo se deu, na década de 1890,
quando dobrou sua população. O auge do período do café é
representado pela construção da segunda Estação da Luz (o atual edifício) no fim do século
XIX e pela avenida Paulista em 1900, onde se construíram
muitas mansões.O vale do rio Anhangabaú é ajardinado e a região
situada à sua margem esquerda passa a ser conhecida como Centro Novo. A
sede do governo paulista é transferida, no início do século XX,
do Pátio do Colégio para os Campos Elísios. São Paulo
abrigou, em 1922, a Semana de arte moderna que foi um marco na história da arte no Brasil. Em 1929, São Paulo ganha
seu primeiro arranha-céu, o edifício Martinelli.
As modificações realizadas na cidade por Antônio da Silva Prado, o Barão
de Duprat e Washington Luís, que governaram de 1899 a 1919, contribuíram para
o clima de desenvolvimento da cidade; alguns estudiosos consideram que a cidade
inteira foi demolida e reconstruída naquele período.Com o crescimento industrial da cidade, no século
XX, para a qual contribuiu também as dificuldades de acesso às importações
durante a Primeira Guerra Mundial, a área urbanizada
da cidade passou a aumentar, sendo que alguns bairros residenciais foram
construídos em lugares de chácaras. A partir da década de 1920 com a
retificação do curso de rio Pinheiros e reversão de suas águas para alimentar
a Usina Hidrelétrica Henry Borden,
terminaram os alagamentos nas proximidades daquele rio, permitindo que surgisse
na zona oeste de São Paulo, loteamentos de alto padrão conhecidos hoje como a
"Região
dos Jardins".
Em 1932, São Paulo se mobiliza no seu maior
movimento cívico: a revolução constitucionalista,
quando toda a população se engaja na guerra contra o "Governo
Provisório" de Getúlio Vargas. Em 1934, com a reunião de algumas
faculdades criadas no século XIX e a criação de outras, é fundada a Universidade de São Paulo (USP), hoje a
maior do Brasil. Outro grande surto industrial deu-se, durante a Segunda Guerra Mundial, devido à crise na cafeicultura
na década de 1930 e às restrições ao comércio internacional durante a guerra, o
que fez a cidade ter uma taxa de crescimento econômico muito elevada que se
manteve elevada no pós-guerra.
Em 1947, São Paulo ganha sua primeira rodovia
asfaltada: a Via Anchieta (construída sobre o antigo traçado do Caminho
do Padre José de Anchieta), liga a capital ao litoral paulista. Na década de 1950, São Paulo
era conhecida como A cidade que não pode parar e como A cidade que
mais cresce no mundo.
São Paulo realizou uma grande comemoração, em
1954, do "Quarto Centenário" de fundação da cidade. É inaugurado o Parque do Ibirapuera, lançados muitos livros
históricos e descoberta a nascente do rio Tietê
em Salesópolis.
Com a transferência, a partir da década de 1950, de parte do centro
financeiro da cidade que fica localizado no centro histórico (na região
chamada de "Triângulo Histórico"), para a Avenida
Paulista, as suas mansões foram, na sua maioria, substituídas por grandes
edifícios.
No período da década de 1930 até a década de
1960, os grandes empreendedores do desenvolvimento de São Paulo foram o
prefeito Francisco Prestes Maia e o governador do
estado de São Paulo Ademar de Barros, o qual também foi prefeito de
São Paulo entre 1957 e 1961. Prestes Maia projetou e implantou, na década de
1930, o "Plano de Avenidas de São Paulo",
que revolucionou o trânsito de São Paulo.Estes dois governantes são os responsáveis,
também, pelas duas maiores intervenções urbanas, depois do Plano de Avenidas, e
que mudaram São Paulo: a retificação do rio Tietê
com a construção de suas marginais e o Metrô de São Paulo: em 13 de fevereiro de 1963,
o governador Ademar de Barros e o prefeito Prestes Maia criaram as comissões
(estadual e municipal) de estudos para a elaboração do projeto básico do Metrô
de São Paulo, e destinaram ao Metrô suas primeiras verbas. Naquele ano, São
Paulo somava quatro milhões de habitantes. Iniciado a sua construção em 1968,
na gestão do prefeito José Vicente de Faria Lima, o metrô
paulistano começou a operar comercialmente em 14 de setembro de 1974.
Atualmente, o crescimento tem-se desacelerado,
devido ao crescimento industrial de outras regiões do Brasil. As últimas décadas
atestaram uma nítida transformação em seu perfil econômico, que vem adquirindo,
cada vez mais, matizes de um grande polo nacional de serviços e negócios,
sendo considerada, hoje, um dos mais importantes centros de comércio global da América
Latina.
São Paulo é a capital do estado mais populoso do
Brasil, São
Paulo, situando-se próximo ao paralelo
23º32'52'' sul e do meridiano 46º38'09'' oeste. A área total do
município é de 1 522,986 km², de acordo com o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), sendo o nono maior em extensão
territorial. De toda a área do município, 968,3248 km² são de áreas urbanas, sendo a maior
área urbana do país.São Paulo está localizada junto à bacia do rio Tietê,
tendo as sub-bacias do rio Pinheiros e do rio
Tamanduateí papéis importantes em sua configuração. São Paulo tem a
altitude média de 760 metros.
O ponto culminante do município é o Pico
do Jaraguá, com 1 135 metros, localizado Parque Estadual do Jaraguá, na serra da Cantareira, onde se encontra também a
segunda maior floresta urbana do mundo, no Parque da Cantareira. O intenso processo de conurbação
atualmente em curso na Grande São Paulo tem tornado
inefetivas as fronteiras políticas entre os municípios
da região, criando uma metrópole cujo centro está em São Paulo e atinge
municípios, como por exemplo, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema (a
chamada Região do Grande ABC), Osasco e Guarulhos,
entre várias outros. A Região Metropolitana de São Paulo
(RMSP) foi criada no ano de 1973 e atualmente é constituída por 39 municípios,
sendo a maior aglomeração urbana do Brasil e a terceira
maior das Américas,
com 20 820 093 habitantes. Seu Produto Interno Bruto (PIB) somava em
2009 cerca de 613 bilhões de reais.
O clima de São Paulo é
considerado subtropical úmido (tipo Cfa/Cwa segundo Köppen), com diminuição de
chuvas no inverno e
temperatura média anual de 19,3 °C, tendo invernos brandos e verões com temperaturas
moderadamente altas,aumentadas pelo efeito da poluição
e da altíssima concentração de edifícios.
O mês mais quente, fevereiro, tem temperatura média de 22,4 °C e
o mês mais frio, julho, de 15,8 °C. A precipitação anual média é de
1 454,8 mm, concentrados principalmente no verão. As estações do ano são relativamente bem definidas: o
inverno é ameno e
subseco, e o verão, moderadamente quente e chuvoso.Outono e primavera são
estações de transição. Geadas ocorrem esporadicamente em regiões mais afastadas do
centro, e em invernos rigorosos, em boa parte do município.
Apesar da maritimidade que evita maiores variações
de temperatura,
a altitude
de São Paulo faz com que nos meses mais quentes sejam poucas as noites e madrugadas
quentes na cidade,
sendo que as temperaturas mínimas raramente são superiores a 23 °C num
período de 24 horas.
No inverno, porém,
o ingresso de fortes massas de ar polar acompanhadas de excessiva nebulosidade
às vezes fazem com que as temperaturas permaneçam muito baixas, mesmo durante a
tarde. Tardes com
temperaturas máximas que variam entre 14 °C e 16 °C são comuns até
mesmo durante o outono e o início da primavera. Durante o inverno, já houve
vários registros de tardes em que a temperatura sequer ultrapassou a marca dos
10 °C, como em 15 de agosto de 1999.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia
(INMET), de 1961 a 2013, a maior temperatura já registrada em São Paulo, no Mirante de Santana, atingiu a marca de
37 °C em 20 de janeiro de 1999, e a menor de apenas 0,8 °C em 10 de
julho de 1994, mas o recorde mínimo foi de -2,1 °C, registrada em 2 de
agosto de 1955. Os maiores acumulados de chuva em 24 horas, observados a partir
de 1943, foram de 151,8 milímetros em 21 de dezembro de 1988, 140,4 milímetros
em 25 de maio de 2005, 127,4 milímetros em 12 de janeiro de 1949, 121,8
milímetros em 02 de fevereiro de 1983, 114,3 milímetros em 15 de dezembro de
2012, 109,5 milímetros em 28 de fevereiro de 2011, 106,4 milímetros em 16 de
janeiro de 1991, 106,2 milímetros em 11 de março de 1994, 103,5 milímetros em
19 de janeiro de 1977 e 103,3 milímetros em 8 de fevereiro de 2007. Já a maior
acumulado mensal (a partir de 1961) foi de 607,9 milímetros em março de 2006.
A poluição do ar no município é intensa, devido
principalmente à enorme quantidade de automóveis
que circulam diariamente em suas ruas, avenidas e rodovias. A Organização Mundial da Saúde (OMS)
estabelece um limite de 20 microgramas de material particulado por metro
cúbico de ar como uma média anual segura. Em uma avaliação realizada pela
OMS entre mais mil cidades ao redor do mundo em 2011, a cidade de São Paulo foi
classificada na 268ª posição entre as mais poluídas, com uma taxa média de 38
microgramas por metro cúbico, índice bastante superior ao limite imposto pela
organização, mas inferior ao de outras cidades brasileiras, como o Rio de Janeiro (64 microgramas por metro
cúbico). Um estudo de 2013 apontou que a poluição atmosférica na cidade causa
mais mortes do que os acidentes de trânsito.Além da poluição atmosférica, o município tem
sérios problemas devido à poluição hídrica, concentrada principalmente em
seus dois principais rios, o rio Tietê
e o rio
Pinheiros, que estão altamente degradados e são alguns dos rios mais
poluídos do país.Atualmente o rio Tietê passa por um programa de despoluição
que dura alguns anos.
O problema do abastecimento equilibrado de água para a cidade
- e para a metrópole, de uma forma geral - também se configura como questão
preocupante: São Paulo possui poucas fontes de água em seu próprio perímetro,
tendo de buscá-la em bacias hidrográficas distantes. O problema da
poluição da água também é agravado pela ocupação irregular das áreas de
mananciais, ocasionada pela expansão urbana, impulsionada pela dificuldade de
acesso à terra e à moradia em áreas centrais por parte da população de baixa
renda e associada à especulação imobiliária e precariedade nos
novos loteamentos. Com isto, também ocorre uma sobrevalorização do transporte
individual sobre o transporte coletivo - levando à atual taxa de mais de um
veículo para cada dois habitantes e agravando o problema da poluição ambiental.
Com 21% da área do município coberta por área
verde (incluindo reservas ecológicas), São Paulo possui quarenta
parques municipais e estaduais, como o Parque Estadual Turístico da Cantareira, que
abriga uma das maiores florestas urbanas do planeta com 7 900 hectares, o Parque Estadual das Fontes do
Ipiranga, o Parque Ibirapuera, o Parque Ecológico do Tietê, o Parque Estadual do Jaraguá, tombado como
Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1994, a Área de Proteção Ambiental Capivari-Monos, o Parque Estadual da Serra do Mar, o Parque
Anhanguera, o Parque Villa-Lobos, o Parque do Povo, entre outros. Apesar
disso, a cidade de São Paulo possui apenas entre cinco e seis metros quadrados
de área verde por habitante, abaixo dos 12 m² por habitante recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).São Paulo é o município mais
populoso do estado e do Brasil.
Sua população estimada pelo IBGE em 2013 foi de 11 821 876
habitantes, com uma densidade demográfica de 7 762,3 habitantes por
quilômetro quadrado. Em 2010, a população do município foi contada pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) em 11 244 369 habitantes, apresentando
uma densidade populacional de 7 383,11 habitantes por km². Segundo o censo
de 2010, 5 323 385 habitantes eram homens e 5 920 984
habitantes eram mulheres. Ainda segundo o mesmo censo, 99,1% da população era
urbana (11 125 243 habitantes viviam na zona urbana e 19 126 na
zona rural).Segundo o censo de 2010 do IBGE, a população
paulistana é formada por: brancos (60,64%), pardos (30,51%), negros
(6,54%), amarelos (2,19%) e indígenas (0,12%).
O Índice de Desenvolvimento Humano
Municipal (IDH-M) de São Paulo (ano 2010), considerado muito alto pelo Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), é de 0,805, sendo o 14° maior de todo estado
de São Paulo. Considerando apenas a Educação, o índice é de 0,725 (alto),
enquanto o do Brasil é 0,637; o índice da longevidade é de 0,855 (o brasileiro
é 0,816); e o de renda é de 0,843 (o do país é 0,739).
A renda per capita é de 32 493,96 reais.O coeficiente de Gini do município, que mede a desigualdade social, é de 0,45 (2003), sendo
que 1,00 é o pior número e 0,00 é o melhor. A incidência da pobreza, medida
pelo IBGE, é de 28,09%, o limite inferior da incidência de pobreza é de 26,16%,
o superior é de 30,02% e a incidência da pobreza subjetiva é de 10,60%.
São Paulo possui um Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH) muito alto (0,805), o décimo quarto maior do
estado e o 28º do Brasil. Porém a distribuição do desenvolvimento humano na
cidade não é homogênea. Os distritos mais centrais em geral apresentam IDH
superior a 0,9, gradualmente diminuindo à medida que se afasta do centro, até
chegar a valores de cerca de 0,7 nos limites do município. Isto se deve a
questões históricas, uma vez que a área central, sobretudo a localizada entre
os rios Pinheiros, Tietê e Tamanduateí, foi o local onde mais se concentraram
os investimentos e o planejamento urbano por parte do poder público , bem como
onde se instalou, historicamente, quase a totalidade da elite econômica da
cidade. As populações de mais baixa renda, por não terem como arcar com o custo
de vida dessas áreas, acabam assim ocupando as áreas nas bordas do município,
mais desprovidas de infraestrutura.
O IDH estabelece três critérios para avaliação: o
índice de educação, longevidade
e renda. O fator
"educação" do IDH no município atingiu em 2010 a marca de 0,725 –
patamar considerado alto, em conformidade aos padrões do Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) – ao passo que a taxa de analfabetismo indicada pelo último censo demográfico do IBGE foi de 4,9%,
superior apenas à porcentagem verificada nas cidades de Curitiba, Porto
Alegre, Florianópolis, Rio de Janeiro, Vitória e Belo
Horizonte. Os melhores distritos classificados pelo IDH em educação são Moema, Jardim Paulista e Pinheiros, os piores são Marsilac, Jardim
Ângela e Grajaú.
Tomando-se por base o relatório do Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) de 2007, São Paulo obteve a nona
colocação entre as capitais brasileiras. Na classificação
geral do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM)
de 2007, três escolas
da cidade
figuraram entre as 20 melhores no exame, sendo os colégios Vértice, Bandeirantes e Móbile os respectivos terceiro,
décimo quarto e vigésimo colocados.100
Contudo – e em consonância aos grandes contrastes verificados na metrópole
–, em algumas regiões periféricas e empobrecidas, o aparato
educacional público de nível médio e fundamental é ainda deficitário, dada a escassez
relativa de escolas ou recursos. Nesses locais, a violência costuma impor certas barreiras ao
aproveitamento escolar, constituindo-se em uma das causas preponderantes à
evasão ou ao aprendizado carencial. Pelo Índice
de Gini, que mede a desigualdade social, os distritos de Vila
Andrade, Vila Sônia e Tremembé possuem a maior
disparidade econômica. Todos os índices são publicados no Atlas do Trabalho e
Desenvolvimento de São Paulo, uma ferramenta eletrônica que abriga mais de 200
indicadores socioeconômicos da capital.
Um ranking mundial de qualidade de vida,
elaborado pela consultoria internacional em recursos humanos Mercer, aponta a
capital paulista na 117ª posição entre 221 cidades e a terceira posição entre
as quatro cidades brasileiras do ranking, atrás somente de Curitiba, Florianópolis
e Porto
Alegre, e à frente de Brasília. O status ecológico em um ranking paralelo aponta a
cidade na 148ª posição.
INFORNATUS
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