quarta-feira, 28 de maio de 2014

Recife Capital Pernambucana



Recife - Pe
Recife é um município e capital do estado de Pernambuco, no Brasil. Pertence à Mesorregião Metropolitana do Recife e à Microrregião do Recife. Com cerca de 218,435 km², a cidade é constituída principalmente por uma planície aluvial. Segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2013 o município possuía uma população de 1 599 513 habitantes. A cidade é sede da Região Metropolitana do Recife, a mais populosa área metropolitana do Norte-Nordeste e quinta do Brasil, com 3,7 milhões de habitantes, além de terceira metrópole mais densamente habitada do país, superada apenas por São Paulo e Rio de Janeiro, e quarta maior rede urbana do Brasil em população, com área de influência que abrange outras capitais, como João Pessoa, Maceió e Natal.

Metrópole mais rica do Norte-Nordeste em PIB PPC, o Recife desempenha um forte papel centralizador em seu estado e região, abrigando grande número de sedes regionais e nacionais de instituições e empresas públicas e privadas, como o Comando Militar do Nordeste, a SUDENE, a Eletrobras Chesf, o TRF da 5ª Região, o Cindacta III, o II COMAR, a SRNE da Infraero, a SRNE do INSS, a TV Globo Nordeste, a Votorantim Cimentos N/NE, a Queiroz Galvão, entre outras, além de possuir o maior número de consulados estrangeiros fora do eixo Rio-São Paulo, sendo inclusive a única cidade, com exceção de São Paulo e do Rio de Janeiro, que tem Consulados-Gerais de países como Estados Unidos, França e Reino Unido. A metrópole pernambucana está atrás somente de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo na hierarquia da gestão federal.

A cidade do Recife foi eleita por pesquisa encomendada pela MasterCard Worldwide como uma das 65 cidades com economia mais desenvolvida dos mercados emergentes no mundo. Apenas cinco cidades brasileiras entraram na lista, tendo o Recife recebido a quarta posição, após São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília e à frente de Curitiba.Segundo a consultoria britânica PricewaterhouseCoopers, o Recife será uma das 100 cidades mais ricas do mundo em 2020, à frente de cidades como Munique, Nápoles, Shenyang e Amsterdã.O Recife destaca-se por possuir o maior parque tecnológico do Brasil, o Porto Digital o segundo maior polo médico do Brasil os maiores PIB per capita e rendimento per capita entre as capitais da Região Nordeste a melhor universidade do Norte-Nordeste, a Universidade Federal de Pernambuco o nono maior número de arranha-céus das Américas o melhor aeroporto do Brasil, o Aeroporto Internacional do Recife e sua região metropolitana, o Complexo Industrial e Portuário de Suape, que abriga o Porto de Suape (melhor porto do Brasil), o Estaleiro Atlântico Sul (maior estaleiro do Hemisfério Sul), entre outros empreendimentos. Destaca-se ainda por ser a capital nordestina com o melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), segundo dados da ONU de 2010, calculado como de 0.772, figurando como a capital mais alfabetizada, com a menor incidência de pobreza e a com a maior renda média domiciliar mensal do Nordeste do país.

Com um grande potencial turístico e forte vocação para o turismo de negócios, frequentemente a cidade é escolhida como sede de diversos eventos, como simpósios, jornadas e congressos: a Região Metropolitana do Recife foi o terceiro polo de eventos internacionais no Brasil em 2011, atrás somente de São Paulo e Rio de Janeiro, graças ao desempenho do Recife e de Porto de Galinhas.Uma das regiões mais antigas das Américas e principal centro financeiro do Brasil Colônia até meados do século XVIII, a metrópole pernambucana abriga importantes cidades históricas entre os seus 14 municípios, como a própria cidade do Recife, Igarassu, além de Olinda, cujo centro histórico é Patrimônio Cultura da Humanidade pela UNESCO

Dentre as muitas alcunhas atribuídas ao Recife, "Veneza Brasileira" é a mais conhecida. O romancista francês Albert Camus, Prêmio Nobel de Literatura de 1957, esteve no Recife em 1949, e comparou a capital pernambucana a outra cidade italiana ao descrevê-la, em seu livro Diário de Viagem, como a "Florença dos Trópicos".O nome "Recife" provém da palavra "arrecife", grande barreira rochosa de arenito (recifes) que se estende por toda a sua costa, formando piscinas naturais. O termo "arrecife" vem de "al-raçif", que em árabe significa "calçada", ou seja, a calçada do mar.Geralmente, o nome do município dentro de frases é antecedido de artigo masculino, como acontece com os municípios do Rio de Janeiro, do Crato, do Cabo de Santo Agostinho e outros. A esse respeito, muitos intelectuais recifenses e pernambucanos já se pronunciaram, entre eles Gilberto Freyre, em seu livro "O Recife, sim! Recife, não!", em 1960. Sobre o tema, se pronunciou o historiador pernambucano José Antônio Gonçalves de Melo: "Porque se originou de um acidente geográfico - o recife ou o arrecife - a designação do Recife não prescinde do artigo definido masculino: o Recife e nunca Recife." Por outro lado, o gramático Napoleão Mendes de Almeida afirma, em longo arrazoado, que não se deve usar o artigo definido para fazer referência à cidade, mas apenas ao bairro homônimo: "o bairro do Recife na cidade de Recife".

Por volta do ano 1000, os índios tapuias que ocupavam a região da atual cidade do Recife foram expulsos para o interior do continente por povos tupis procedentes da Amazônia. Quando os portugueses chegaram à região, no século XVI, a mesma era ocupada pelo povo tupi dos caetés . O atual município do Recife tem sua origem intimamente ligada ao município de Olinda. No foral (carta de direitos feudais) de Olinda, concedido por Duarte Coelho em 1537, há uma referência a "Arrecife dos navios", um lugarejo habitado por mareantes e pescadores.O Recife permaneceu português até a independência do Brasil, com a exceção de um período de ocupação holandesa entre 1630 e 1654.Durante os anos anteriores à invasão da Companhia das Índias Ocidentais, o povoado do Recife existiu apenas em função do porto e à sombra da sede Olinda, local que a aristocracia escolheu para residir devido à sua localização elevada, que facilitava a defesa. Ergueram-se fortificações e paliçadas em defesa do povoado e do porto do Recife, todas elas voltadas para o mar. Os temores voltavam-se para o oceano por conta dos constantes ataques ao litoral da América Portuguesa pela navegação de corso e pirataria. Ainda no final do século XVI, o "povo dos arrecifes" foi atacado e saqueado pelo pirata inglês James Lancaster que, com três navios, derrotou a pequena guarnição responsável pela defesa do porto. Entre os anos de 1620 e 1626, o então governador Matias de Albuquerque procurou estabelecer posições fortificadas no porto do Recife a fim de que se pudesse evitar outro ataque como aquele, bem como dissuadir a Companhia das Índias Ocidentais da ideia empreendida na Bahia em 1624

Em 1630, a Companhia das Índias Ocidentais invade a Capitania de Pernambuco, então a mais rica capitania do Brasil Colônia e maior produtora de açúcar do mundo.No Recife holandês, foi iniciada a construção de Mauritsstad (Cidade Maurícia, ou Mauriceia). O Recife foi a capital do Brasil Holandês durante 24 anos, tendo sido governada de 1637 a 1644 pelo conde alemão (a serviço da Companhia das Índias Ocidentais - West Indische Compagnie) Maurício de Nassau. O império holandês nas Américas era composto na época por uma cadeia de fortalezas que iam do Ceará à embocadura do rio São Francisco, ao sul de Alagoas. Os holandeses também possuíam uma série de feitorias na Guiné e Angola, situadas no outro lado do Atlântico, o que lhes dava controle sobre o açúcar e o tráfico negreiro, administradas pela Companhia das Índias Ocidentais.Vista da Cidade Maurícia (1645). Gravura em água forte de Pieter Schenck baseada em desenho de Frans Post para o livro Rerum in Brasilia et alibi gestarum, de Caspar Barlaeus.
 
O conde desembarcou na Nieuw Holland, a Nova Holanda, em 1637, acompanhado por uma equipe de arquitetos e engenheiros. Nesse ponto começa a construção de Mauritsstad, que foi dotada de pontes, diques e canais para vencer as condições geográficas locais. O arquiteto Pieter Post foi o responsável pelo traçado da nova cidade e de edifícios como o Palácio de Freeburg, sede do poder de Nassau na Nova Holanda, e do primeiro observatório astronômico do Continente Americano.Recife foi a mais cosmopolita cidade das Américas durante o governo do conde alemão (a serviço da coroa holandesa) Maurício de Nassau. O Marco Zero, cartão postal da cidade.Maurício de Nassau realizou uma política de tolerância religiosa frente aos católicos e calvinistas. Além disso, permitiu a migração de judeus ao Recife e a criação de uma sinagoga, a Kahal Zur Israel, inaugurada em 1642 e considerada o primeiro templo judaico das Américas.

A Kahal Zur Israel, no Recife, foi a primeira sinagoga das Américas.
Nassau era também um entusiasta da ciência e das belas artes. Ao embarcar para o Brasil, trouxe uma plêiade de naturalistas e pintores para retratar e estudar a novo continente. Entre estes destacam-se os pintores Frans Post e Albert Eckhout, que retrataram as paisagens e os exóticos habitantes locais, o médico Willem Piso e o naturalista alemão Georg Marggraf, que estudaram a fauna e a flora, a farmacopeia local e as doenças tropicais.Nassau retornou à Holanda em 1644, demitido devido a desentendimentos com as autoridades da Companhia, que não se contentaram com o nível de lucros das possessões brasileiras. Os novos governantes holandeses entraram em conflito com a população, desencadeando a partir de 1643 uma insurreição - a chamada Insurreição Pernambucana - que terminaria com a expulsão definitiva dos holandeses em 1654. A economia açucareira local passou a enfrentar a competição das Antilhas Holandesas, para onde os holandeses levaram a tecnologia da produção de açúcar.
 
Com a colônia holandesa tomada pelos portugueses, os judeus receberam um prazo de três meses para partir ou se converter ao catolicismo. Com medo da fogueira da Inquisição, quase todos venderam o que tinham e deixaram o Recife em 16 navios. Parte da comunidade judaica expulsa de Pernambuco fugiu para Amsterdã, e outra parte se estabeleceu em Nova York. Através deste último grupo a Ilha de Manhattan, atual centro financeiro dos Estados Unidos, conheceu grande desenvolvimento econômico; e descendentes de judeus egressos do Recife tiveram participação ativa na história estadunidense: Gershom Mendes Seixas, aliado de George Washington na Guerra de Independência dos Estados Unidos; seu filho Benjamin. Mendes Seixas, fundador da Bolsa de Valores de Nova York; Benjamin Cardozo, juiz da Suprema Corte dos Estados Unidos ligado a Franklin Roosevelt; entre outros.Em 15 de maio de 1645, reunidos no Engenho de São João, 18 líderes insurretos pernambucanos assinaram compromisso para lutar contra o domínio holandês na capitania.Com o acordo assinado, começa o contra-ataque à invasão holandesa.A primeira vitória importante dos insurretos se deu no Monte das Tabocas, (hoje localizada no município de Vitória de Santo Antão) onde 1200 insurretos mazombos armados de armas de fogo, foices, paus e flechas derrotaram numa emboscada 1900 holandeses bem armados e bem treinados.O sucesso deu ao líder Antônio Dias Cardoso o apelido de Mestre das Emboscadas. Os holandeses que sobreviveram seguiram para Casa Forte, sendo novamente derrotado pela aliança dos mazombos, índios nativos e escravos negros. Recuaram novamente para as casas-forte em Cabo de Santo Agostinho, Pontal de Nazaré, Sirinhaém, Rio Formoso, Porto Calvo e Forte Maurício, sendo sucessivamente derrotados pelos insurretos.

O lugar onde foi erguido o Palácio da Justiça de Pernambuco (foto) pertenceu ao impontente Palácio de Friburgo, local de residência e de despachos de Maurício de Nassau demolido no século XVIII.Por fim, Olinda foi recuperada pelos rebeldes. Cercados e isolados pelos rebeldes numa faixa que ficou conhecida como Nova Holanda, indo do Recife a Itamaracá, os invasores começaram a sofrer com a falta de alimentos, o que os levou a atacar plantações de mandioca nas vilas de São Lourenço, Catuma e Tejucupapo. Em 24 de abril de 1646, ocorreu a famosa Batalha de Tejucupapo, onde mulheres camponesas armadas de utensílios agrícolas e armas leves expulsaram os invasores holandeses, humilhando-os definitivamente. Esse fato histórico consolidou-se como a primeira importante participação militar da mulher na defesa do território brasileiro. Devido à Primeira Guerra Anglo-Neerlandesa, a República Holandesa não pôde auxiliar os holandeses no Brasil. Com o fim da guerra contra os ingleses, a Holanda exige a devolução da colônia em maio de 1654. Sob ameaça de uma nova invasão do Nordeste brasileiro, Portugal cede à exigência dos holandeses que Portugal pague 4 milhões de cruzados entre um período de 16 anos. Porém, em 6 de agosto de 1661, a Holanda cede formalmente o Nordeste brasileiro a Portugal através da Paz de Haia.
 
A Capitania de Pernambuco lutava por reconstruir suas duas principais cidades - Recife e Olinda - destruídas com as lutas contra os invasores holandeses.Os senhores de engenho, radicados em Olinda e com reservas quanto ao porto do Recife, acreditavam merecer maiores reconhecimentos da Coroa Portuguesa, pelo contributo na expulsão dos neerlandeses.Portugal, entretanto, mandou para governar a Capitania Jerônimo de Mendonça Furtado, um estranho, contrariando assim os interesses de muitos pernambucanos, que se julgavam merecedores de ocupar a função, e não um estrangeiro.Mendonça Furtado era apelidado pejorativamente de Xumberga (ou, nalgumas outras versões, Xumbregas) - referência ao general alemão Von Schomberg, mercenário que lutara na Guerra da Restauração, por ter um bigode semelhante ao dele. O estopim do movimento, que culminou com a prisão e deposição do governador, foi a estada, no porto do Recife, de uma esquadra francesa, que por ordem da Corte, foram bem tratados. Os insurgentes fizeram divulgar a notícia de que o governador estaria a serviço dos estrangeiros, que preparavam um ataque à província, e seu consequente saque. 

Guerra dos Mascates (1710-1711)

Após a invasão holandesa, muitos comerciantes vindos de Portugal - chamados pejorativamente de "mascates" - estabelecem-se no Recife, trazendo prosperidade à vila. O desenvolvimento do Recife foi visto com desconfiança pelos olindenses, em grande parte formada por senhores de engenho em dificuldades econômicas. O conflito de interesses políticos e econômicos entre a nobreza açucareira pernambucana e os novos burgueses deu origem à Guerra dos Mascates, durante a qual o Recife foi palco de combates e cercos.A Guerra dos Mascates é considerada como um movimento nativista, precursor da Independência do Brasil, pela historiografia em História do Brasil

Revolução Pernambucana (1817)

 

 

A chamada Revolução Pernambucana, também conhecida como "Revolução dos Padres", eclodiu em 6 de março de 1817 na então Província de Pernambuco. Dentre as suas causas destacam-se a crise econômica regional, o absolutismo monárquico português e a influência das ideias Iluministas, propagadas pelas sociedades maçônicas.O movimento iniciou com ocupação do Recife, em 6 de março de 1817. No regimento de artilharia, o capitão José de Barros Lima, conhecido como Leão Coroado, reagiu à voz de prisão e matou a golpes de espada o comandante Barbosa de Castro. Depois, na companhia de outros militares rebelados, tomou o quartel e ergueu trincheiras nas ruas vizinhas para impedir o avanço das tropas monarquistas. O governador Caetano Pinto de Miranda Montenegro refugiou-se no Forte do Brum, mas, cercado, acabou se rendendo.O movimento foi liderado por Domingos José Martins, com o apoio de Antônio Carlos de Andrada e Silva e de Frei Caneca. Tendo conseguido dominar o Governo Provincial, se apossaram do tesouro da província, instalaram um governo provisório e proclamaram a República.A repercussão da Revolução Pernambucana contribuiu para facilitar o processo de emancipação de Alagoas, que logrou obter autonomia pelo Decreto de 16 de setembro de 1817. O desmembramento da Comarca de Alagoas da jurisdição de Pernambuco foi sancionado por D. João VI

Confederação do Equador (1824)

 

 

A Confederação do Equador foi um movimento revolucionário, de caráter emancipacionista (ou autonomista) e republicano ocorrido em Pernambuco. Representou a principal reação contra a tendência absolutista e a política centralizadora do governo de D. Pedro I (1822-1831), esboçada na Carta Outorgada de 1824, a primeira Constituição do país. O conflito possui raízes em movimentos anteriores na região: a Guerra dos Mascates e a Revolução Pernambucana, esta última de caráter republicano. O centro irradiador e a liderança da revolta couberam à província de Pernambuco, que já se rebelara em 1817 e enfrentava dificuldades econômicas. Além da crise, a província se ressentia ao pagar elevadas taxas para o Império, que as justificava como necessárias para levar adiante as guerras provinciais pós-independência (algumas províncias resistiam à separação de Portugal).Pernambuco esperava que a primeira Constituição do Império seria do tipo federalista, e daria autonomia para as províncias resolverem suas questões.Como punição a Pernambuco, D. Pedro I determinou, através de decreto de 07/07/1825, o desligamento do extenso território da Comarca do Rio São Francisco (atual Oeste Baiano), passando-o, inicialmente, para Minas Gerais e, depois, para a Bahia.

Revolta Praieira (1848-1850)

 

 

A Revolta Praieira, também denominada como "Insurreição Praieira", "Revolução Praieira" ou simplesmente "Praieira", foi um movimento de caráter liberal e separatista que eclodiu, durante o Segundo Reinado, na província de Pernambuco, entre 1848 e 1850.A Última das revoltas provinciais está ligada às lutas político-partidárias que marcaram o Período Regencial e o início do Segundo Reinado. Sua derrota representou uma demonstração de força do governo de D. Pedro II (1840-1889).O Recife é a capital do sétimo estado mais populoso do Brasil, Pernambuco, situando-se próximo ao paralelo 8º04'03'' sul e do meridiano 34º55'00'' oeste. Ocupa uma área de 218,435 quilômetros quadrados, e se limita com os municípios de Jaboatão dos Guararapes, São Lourenço da Mata, Camaragibe, Paulista e Olinda. É sede da Região Metropolitana do Recife (RMR), a sexta maior aglomeração urbana do Brasil (2010),e sua área de influência direta abrange grande parte dos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas.

A cidade do Recife está situada sobre uma planície aluvional (fluviomarinha), constituída por ilhas, penínsulas, alagados e manguezais envolvidos por 5 rios: Beberibe, Capibaribe, Tejipió e braços do Jaboatão e do Pirapama, conferindo-lhe características peculiares. Essa planície é circundada por colinas em arco que se estendem do norte ao sul, de Olinda até Prazeres (Jaboatão).O Recife é conhecido como "Veneza Brasileira" graças à semelhança fluvial com a cidade europeia de Veneza. Cercado por rios e cortado por pontes, é cheio de ilhas e mangues. Ali acontece o encontro dos rios Beberibe e Capibaribe que deságuam no Oceano Atlântico. O município conta com dezenas de pontes, entre elas a mais antiga da América Latina, a Ponte Maurício de Nassau. A altitude média em relação ao nível do mar é de 4 metros, porém há algumas áreas do município que se localizam 2 metros abaixo do nível do mar, segundo o estudioso Fernando Bruce. O município se localiza na latitude de 8º 04' 03''S e longitude de 34º 55' 00''O. O Recife tem um clima tropical úmido de monções (tipo Am na classificação climática de Köppen-Geiger), com alta umidade relativa do ar. Apresenta temperaturas equilibradas ao longo do ano devido à proximidade com o mar, com médias em torno dos 26 ºC. Janeiro possui as temperaturas mais altas, sendo a máxima de 30 °C e a mínima de 22 °C, com muito sol. Julho possui as temperaturas mais baixas, sendo a máxima de 27 °C e a mínima de 20 °C, com muita precipitação. Nos dias mais quentes do verão a temperatura pode chegar a 35°C em alguns bairros, e a mínima ser de 28 °C. Nos dias mais frios, a temperatura máxima pode ser de 23 °C, e a mínima ser de 16 °C. A característica distintiva desta área é o regime de precipitações, que apresenta totais pluviométricos elevados, em torno de 1 500 milímetros, com chuvas concentradas nos meses de outono e inverno. Embora não exista estação verdadeiramente seca, as grandes chuvas ocorrem entre abril e julho. Chuvas torrenciais acompanhadas de trovoadas podem ocorrer, principalmente no inverno. Chegadas de frentes frias, apesar de muito raras, também podem acontecer. A maior enchente registrada no Recife foi em julho de 1975. Ventanias também são comuns, como a que ocorreu em 18 de fevereiro de 2010, quando uma rajada de vento de 86 km/h destelhou casas. Nevoeiros são comuns na cidade nos meses mais chuvosos. O nevoeiro mais forte que o Recife já registrou foi no dia 30 de outubro de 1998, onde a cidade amanheceu cinzenta devido a uma inversão térmica.

Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), entre 1961 e 2013, a menor já registrada na capital pernambucana (estação meteorológica de Curado) foi de 15 °C nos dias 2 de setembro de 1965 e 4 de agosto de 1988, e a maior atingiu 35,1 °C em 21 de março de 1988. Os dez maiores acumulados de chuva registrados em 24 horas foram de 335,8 milímetros em 11 de agosto de 1970, 235 milímetros em 24 de maio de 1986, 185,9 milímetros em 1º de agosto de 2000, 176,4 milímetros nos dias 29 de julho de 1990 e 12 de junho de 1965, 165,3 milímetros em 22 de abril de 1973, 162,8 milímetros em 29 de junho de 1990, 162 milímetros em 21 de julho de 1973, 159,7 milímetros em 10 de junho de 1980 e 154,2 milímetros em 8 de abril de 1986. O maior volume de chuva registrado em um mês foi de 770,4 milímetros em abril de 1973.





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