Entende-se como Reforma Protestante o movimento de caráter
religioso iniciado no século XVI que colocou em xeque a conduta e as
crenças da Igreja Católica. Embora tal movimento seja de caráter
religioso, não podemos deixar de ressaltar que determinados fatores econômicos e políticos foram essenciais para que o mesmo se tornasse algo bastante significativo.
Primeiramente, a Igreja Católica estava desagradando –
e muito – a burguesia, uma vez que condenava abertamente a retenção de
lucros e a cobrança de juros. Os reis também não estavam nada
satisfeitos, já que a Igreja interferira por diversas vezes em questões
essencialmente políticas. A insatisfação para com a Igreja não se
restringia ao rei e à burguesia; o próprio povo estava descontente com o
distanciamento da organização religiosa aos seus princípios
primordiais.
Vale ressaltar que a Igreja, embora condenasse a acumulação
de riquezas, praticava o mesmo por meio da venda das indulgências, isto
é, a venda do perdão. O novo pensamento renascentista fez com que
as críticas a todas essas questões fossem inevitáveis. Um dos primeiros a
contestar a Igreja foi o monge alemão Martinho Lutero, considerado o pai
do Movimento Protestante. Indignado com diversas práticas da
instituição religiosa, principalmente a venda das indulgências, Lutero
escreveu 95 teses contra os princípios católicos e as pendurou na porta
da igreja onde era pregador. Segundo ele, a salvação só podia ser obtida
única e exclusivamente pela fé em Deus e não por obras, ou muito menos,
por meio do dinheiro
As ideias de Lutero agradaram muito a burguesia, fato decisivo para o sucesso
do movimento. Entre outras características do protestantismo, podemos
citar a crença na Bíblia como única fonte de fé e a permissão de seu
livre exame, a condenação do culto a imagens, entre outras. A Reforma Protestante se espalhou por toda a Europa.
Na Inglaterra, por exemplo, o desentendimento entre o rei Henrique XVIII
e o papa resultou na criação da Igreja Anglicana. Como resposta ao
movimento protestante, a Igreja Católica organizou a chamada
Contrarreforma.
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