segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Capitanias Hereditárias


Após o descobrimento do Brasil, em 1500, Portugal estava ciente dos inúmeros recursos valiosos presentes nas terras brasileiras. Por isso, também sabia que precisava criar uma forma de proteger as novas terras das invasões de piratas ingleses, franceses e holandeses. Baseado nessa necessidade, em 1534, D. João III decidiu dividir o Brasil em capitanias hereditárias. 

Uma capitania hereditária era uma grande faixa de terra que ia desde a parte litorânea até o limite do Tratado de Tordesilhas. Para governar essas grandes porções de terra, foram nomeados donatários, membros da nobreza portuguesa e pessoas de confiança  do rei. As capitanias hereditárias foram São Vicente, Santana, Santo Amaro e Itamaracá, Paraíba do Sul, Espírito Santo, Porto Seguro, Ilhéus, Bahia, Pernambuco e Ceará.

O governo de cada capitania era passado de pai para filho, o que explica o uso da palavra “hereditária”. Os objetivos de Portugal eram o de colonizar e garantir o controle sobre o Brasil bem como o de lucrar com tudo isso. Aos donatários, era dada uma enorme autonomia e, em troca, os mesmos deveriam entregar uma parte de seus lucros à coroa portuguesa. A principal atividade econômica desenvolvida nas capitanias hereditárias foi o cultivo da cana-de-açúcar. 

O sistema das capitanias hereditárias não funcionou, com exceção em duas capitanias: São Vicente e Pernambuco. Entre os fatores que explicam o fracasso do sistema, podemos citar a distância de Portugal, a falta de apoio financeiro e os ataques indígenas. De fato, as capitanias foram extintas em 1821, momento em que o governo português decidiu colocar o controle de toda a colônia nas mãos de uma só pessoa, o Governador-Geral.


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