terça-feira, 13 de agosto de 2013

A Crise de 29


A Crise de 29, também denominada Grande Depressão, foi a maior crise econômica da história dos Estados Unidos. No início do século XX, os norte-americanos viviam um período de grande desenvolvimento econômico. Um dos principais aspectos que explicam tal situação foi a Primeira Guerra Mundial, a qual abalou as economias dos países europeus, obrigando-os a mergulhar na onda dos produtos americanos. 

A grande questão foi que no decorrer da década de 20, estes países já estavam recuperados economicamente. Desta forma, a compra dos produtos estadunidenses caiu drasticamente. Além disso, nos Estados Unidos, os salários dos trabalhadores eram baixos e insuficientes para acompanhar o enorme ritmo de produção. Tudo isso resultou em uma situação inevitável: havia muito produto para pouco mercado consumidor, ou seja, o que desencadeou a Crise de 29 foi a superprodução.Assim, muitas empresas tiveram que estocar ou dar outras soluções para seus excessos de produção, resultando em significativos prejuízos e na demissão de muitas pessoas. Como grande parte dessas corporações tinha papéis vendidos na Bolsa de Valores de Nova York, não deu outra: em 24 de outubro de 1929, os preços das ações caíram drasticamente.

O que se via eram muitos querendo vender suas ações e ninguém querendo comprar, levando a uma verdadeira quebra (crash) da Bolsa de Nova York. Com isso, muitos investidores excessivamente ricos se tornaram pobres da noite para o dia. Para se ter uma ideia, mais de 12 milhões de norte-americanos ficaram desempregados.
A crise americana afetou seriamente grande parte do mundo, principalmente os países europeus e o Canadá, afinal, os Estados Unidos eram os maiores compradores de vários tipos de produtos. No Brasil, por exemplo, o preço do café caiu significativamente, uma vez que os americanos eram os principais consumidores da mercadoria. Entretanto, tal fato acabou levando os cafeicultores brasileiros a investirem no setor industrial. 

Os efeitos da Crise de 29 foram amenizados gradativamente por meio da política econômica do presidente americano Franklin Delano Roosevelt, conhecida como New Deal. Segundo o mesmo, o governo deveria intervir na economia, contrariando o princípio de que o mercado fosse capaz de se autorregular. Assim, além de criar uma série de benefícios sociais, Roosevelt realizou a construção de grandes obras, como pontes, prédios públicos, hospitais, escolas, etc., as quais foram responsáveis pela diminuição significativa do desemprego nos Estados Unidos. Os efeitos da crise finalmente foram superados no início da década de 1940.

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