Navegador
português nascido em Belmonte, filho de família nobre e conhecido por ter
descoberto o Brasil, tornado-o território de Portugal. Estudou humanidades,
tendo ingressado na corte, como moço-fidalgo (1478). Nessa época era conhecido
pelo sobrenome materno Gouveia, pouco se sabendo de sua vida.
Após o regresso de Vasco da Gama do Oriente, D.
Manuel I entregou a Cabral o comando de uma outra armada com destino à Índia e ele partiu do Tejo (8/3/1500),
com 13 naus e 1.500 homens, a maior frota até então enviada ao Oriente, com
navegadores experientes como Bartolomeu Dias e Nicolau Coelho.
A frota rumou para oeste, depois das ilhas de Cabo
Verde, avistando a costa do Brasil a 22 de abril. No dia seguinte desembarcaram
os portugueses no local que foi denominado Porto Seguro, hoje baía Cabrália,
travando os primeiros contatos com os indígenas, a quem dispensaram tratamento
humanitário.
A 2 de maio, deixou as terras do Brasil. Chegou a
Calecute a 15 de setembro. Recebido pelo rei, pressentiu uma traição e atacou
os mouros, de quem queimou dez naus ancoradas no porto, depois de matar cerca de
600 inimigos. Seguiu depois, em 24 de dezembro, para Cochim e Cananor, onde
carregou as naus com pimenta e especiarias. Retornou a Portugal,
aportando em Lisboa (21/7/1501).
Nomeado para o comando de uma nova expedição,
durante os preparativos foi substituído por Vasco da Gama. Ainda foi nomeado
cavaleiro do conselho régio (1518) e sem oportunidade para novas viagens, retirou-se para sua pequena propriedade
perto de Santarém, onde morreu e foi sepultado na igreja da Graça.
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