quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Celular e Sala de Aula


Por: Alan Carvalho
Os celulares na sala de aula tem infernizado a vida de professores, coordenadores e diretores nas escolas. Um verdadeiro vício nos fones de ouvido e na facilidade de andar com uma câmera, uma músicoteca, um gravador, um computador e muito mais (em 10 centímetros quadrados) é um dos grandes problemas enfrentados nas salas de aula. Mas o que fazer? Combater, abolir, confiscar, proibir? Uma coisa é fato. 
Não vamos conseguir convencer jovens a não utilizarem seus aparelhos. O aparelho é uma propriedade privada do indivíduo, ou seja, não pode ser confiscado. Então se não podemos com o inimigo temos que nos aliar a ele. Toda essa tecnologia comprimida em alguns centímetros quadrados pode servir como excelente ferramenta pedagógica e disciplinar. 

Isso mesmo câmeras, gravadores, bluetooths, música e internet são ferramentas pedagógicas muito eficazes em muitos tipos de atividades pedagógicas. Gravação de uma aula expositiva, produção de vídeos, montagem de aulas com imagens e fotos. Estudo de músicas. Por exemplo, um professor pode propor o estudo de uma determinada música e para estimular o bom uso dos aparelhos ele passa via bluetooth a música para os alunos no início da aula, propõe a analise e orienta e cada um com seu aparelho, pois a maioria tem um, irá ouvir e analisar a música. Outra situação é a pesquisa. Dicionários, Wikipédia e sites são instantaneamente acessados. E por que não usá-los a nosso favor. A favor do aprendizado.

Mas e como usar como questão disciplinar. É simples. Uma das grandes dificuldades é manter alunos, principalmente do ensino fundamental, sentados e em silêncio após uma atividade. Agora se você propor que, após a atividade realizada, eles estarão liberados para ouvirem suas músicas em seus fones, desde que permaneçam sentados e em silêncio, a aceitação será positiva. Além disso, cultive muito sua paciência para gerir esse uso, pois, como sempre, eles tentarão ultrapassar os limites que você impuser.

O fato é que temos que nos adaptar às novas realidades. E o vício tecnológico é uma delas. Então vamos tentar converter seus efeitos negativos em efeitos positivos. Criar possibilidades. Negociar situações e diminuir conflitos. Tudo é possível. E é também difícil, mas afinal as coisas boas e positivas não são fáceis.


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