sexta-feira, 4 de julho de 2014

A Evolução do uniforme da Seleção Brasileira de Futebol



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Muito se fala sobre as camisas usadas pelos jogadores da Seleção Brasileira de Futebol. Páginas e páginas são dedicadas a descrever e analisar a evolução da peça que leva o emblema do País do Futebol. Entretanto, o que realmente sofreu mudanças ao longo da história dos uniformes da Seleção foram os calções, geralmente deixados de lado pelos estudiosos da moda e  curiosos de plantão.

Será porque a camisa está ali, bem à altura de nossos olhos? Amarela e chamativa, a camisa da seleção é um símbolo que habita o imaginário do brasileiro. O jogador, ao marcar um gol, beija-a, estica-a, mostrando ao resto do mundo quem ele é: o esportista da melhor seleção de futebol do mundo!

Entretanto, ao analisar os uniformes  ao longo da história percebemos uma intensa mudança nos calções. Pensando nesse tema, segue uma linha do tempo dos uniformes da seleção brasileira com foco nos  calções, mostrando as evoluções feitas em termos de tecido, estilo e modelagem.

O site da CBF e também no Bol Fotos tem registros da evolução do uniforme completo das Seleções Brasileiras através dos anos. Vale a pena conferir.

De 1914 até 1938

1914 - Os primeiros uniforme da seleção brasileira era feito de algodão, o que hoje seria inaceitável, uma vez que essa fibra absorve água e umidade com muita facilidade. Ou seja, os calções ficavam molhados muito facilmente, causando desconforto. Isso sem contar que o peso do uniforme aumentava conforme os atletas corriam. Os primeiros calções eram ligeiramente folgados. O cós era relativamente alto e preso por um cordão e as pernas do “shorts” batiam na altura dos joelhos.

1930 - O Brasil estreou na primeira Copa do Mundo com uma camisa branca que tinha amarração por cordões. O distintivo ainda era da CBD (Confederação Brasileira de Desportos);

1936 - Calções esticados e tecido mais maleável e shorts de cintura bem alta. Em 1936, a moda entre os jogadores era usar o calção com a cintura bem alta, de modo a repuxar o tecido e deixar boa parte das coxas à mostra. Ainda se usava o cós preso por cordão. O time de 1939 entrou em campo vestindo calções bem mais curtos que de costume. A cintura continuava alta, mas o comprimento das pernas diminuiu consideravelmente. O modelo de 1939 se destaca pelo corte evasê das pernas, que prendia menos os movimentos dos jogadores.

1938 - A nova camisa também era branca, mas apresentou novidades no design – o escudo da CBD ficou maior, e o uniforme abandonou os cordões e adotou gola “V”.O Brasil estreou na primeira Copa do Mundo em 1930 com uma camisa branca que tinha amarração por cordões;
 
Uniforme de 1936 – Calções esticados e tecido mais maleável e shorts de cintura bem alta;

1938 – A nova camisa também era branca, mas apresentou novidades no design – o escudo da CBD ficou maior, e o uniforme abandonou os cordões e adotou gola “V”. Na imagem à direita, o jogador Domingos da Guia (1912-2000);

De 1945 a 1966

1945 -  os calções ficaram ainda mais curtos e justos, a cintura já não era tão alta. Em 1949 a peça ganhou uma charmosa listra lateral.

1950 - A seleção brasileira vestia uma camisa com gola polo azul.

1954 - Finalmente a camisa ganhou a cor amarela e detalhes em verde. O modelo foi usado nos mundiais de 1958, 1962 e 1966.

1958, 1962 e 1966

Em 1954, finalmente a camisa ganhou a cor amarela e detalhes em verde. O modelo foi usado nos mundiais de 1958, 1962 e 1966.

1970 até 1980

Os anos 70 representaram uma revolução para os calções em termos de modelagem: surge o transgressor microshort masculino e camiseta no modelo gola canoa. De cintura baixa e comprimento curtíssimo, o calção ainda tinha uma costura que repuxava a lateral, deixando mais pele à mostra. A peça causou furor na época.

Essas mudanças tão drásticas tinham um motivo: permitir que os jogadores se movimentassem com mais vigor.  Os microshorts seguiram com força até o final dos anos 80, quando o cordão do cós foi substituído por uma tira elástica.

1974 - A camisa continuou com a gola canoa, mas ganhou 3 estrelas acima do distintivo da CBD, em referência aos títulos de 58, 62 e 70.

1978 - A seleção entrou em campo com uma camisa de manga comprida. O uniforme ganhou 3 listras nas laterais, em referência a um patrocinador, mas o logotipo da empresa ficou ausente

1970 – Para atuar nos gramados mexicanos, a seleção canarinho vestiu um modelo com gola canoa. À esquerda, o jogador Pelé ergue a taça Jules Rimet, conquistada pelo Brasil após a partida contra a Itália (4 a 1) na final da Copa de 1970, na Cidade do México. À direita, o ex-técnico da seleção brasileira, Mario Lobo Zagallo, mostra a camisa que Pelé usou no primeiro tempo da final da Copa;

1974 – A camisa continuou com a gola canoa, mas ganhou 3 estrelas acima do distintivo da CBD, em referência aos títulos de 58, 62 e 70.

1980 até 2013

1982 - Na primeira Copa do Mundo disputada pelo Brasil sob a sigla CBF (Confederação Brasileira de Futebol), a camisa teve modificações significativas: o escudo tradicional deu lugar ao desenho da taça Jules Rimet, e um pequeno ramo de café foi adicionado ao distintivo, em referência ao Instituto Brasileiro do Café, que patrocinava a Confederação. Na imagem à esquerda, os jogadores Júnior e Zico;

1986 - Outra mudança foi a aplicação de logotipos das marcas patrocinadoras.  O modelo retomou a gola polo, e o raminho de café foi usado dentro do escudo no início da Copa, mas depois, a pedido da Fifa (Federação Internacional de Futebol), foi retirado.

1990 – Praticamente a mesma usada na Copa de 1986, a camisa só teve alteração na gola – o corte “V” foi mudado, deixando o modelo mais fechado na altura do pescoço. Na imagem, em pé, da esquerda para a direita: Ricardo Rocha, Taffarel, Mauro Galvão, Jorginho, Ricardo Gomes e Branco. Agachados: Bebeto, Careca, Silas, Valdo e Dunga.

Já em termos de modelagem, os calções da década de 90 são mais largos e consideravelmente mais compridos que os usados nos anos 70. As pernas são mais compridas, havendo uma pequena abertura lateral, a fim de que os jogadores pudessem correr mais livremente.

1994 - O modelo teve modificações radicais. A camisa retomou o escudo tradicional, acompanhado do nome Brasil, e o novo patrocinador adotou três grandes escudos em relevo. Na imagem, Ronaldão, Romário (com a taça) e Dunga (à direita) comemoram a conquista do Mundial.

1998 - A camisa apresentou gola canoa novamente e ganhou quatro estrelas acima do escudo, além de duas listras verdes nas mangas. Na imagem, o atacante Ronaldo comemora gol durante a vitória por 4 a 1 do Brasil sobre o Chile, pelas oitavas do Mundial.

2002 - A camisa ganhou gola amarela e o verde se destacou em detalhes do modelo. E também teve sorte com a vitória na copa do mundo.

2006 - Com a vitória de 2002, a camisa passou a ter cinco estrelas acima do escudo, que ganhou um contorno. O modelo também apresentou estrelas na gola, além da frase “Nascido para jogar futebol” perto da barra.

2010 - Com a ideia de vigor físico aliado à tecnologia, o uniforme traz a mais recente revolução nos calções que  é tecnologia pura. O Pro-Combat Slider Short da Nike é uma peça superjusta, projetada para ser vestida sob o uniforme. O Slider Short foi desenvolvido para a Copa do Mundo de 2010 e oferece aos atletas mais conforto, proteção, mobilidade e adaptação aos diversos climas do continente africano.A camisa apresentou design clássico – gola parecida com o modelo da Copa de 70, e as mangas ganharam uma listra verde.

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 Fonte http://www.fashionbubbles.com/historia-da-moda/uniformes-da-selecao-brasileira-a-revolucao-dos-calcoes/

 

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