Com o Congresso
de Viena (1815), a região onde é o atual território da Alemanha foi
dividida em 38 Estados independentes. Entre todos eles, Áustria e
Prússia eram as nações mais poderosas e tinham posições divergentes.
Enquanto a Áustria era um país predominantemente agrícola e não via com
bons olhos a ideia da unificação alemã, a Prússia acreditava que desta
forma era possível proporcionar um grande desenvolvimento à região. Um claro exemplo da divergência entre os
dois países foi a exclusão da Áustria do “zollverein”, um acordo que
eliminava as taxas alfandegárias, assinado
entre a Prússia e todos os outros Estados alemães. Em 1862, o rei da
Prússia nomeou Otto Von Bismark como primeiro-ministro, o que foi
fundamental para a unificação alemã.
Von Bismark era extremamente nacionalista e
via o uso da força militar como principal alternativa em qualquer
conflito. A primeira investida do mesmo foi a conquista dos ducados dinamarqueses de Schleswig e Holstein, uma vez que suas populações
eram predominantemente alemãs. Em 1866, o primeiro-ministro provocou um
conflito com a Áustria e saiu vencedor. Tal vitória foi de suma
importância naquele contexto, uma vez que reduziu a grande influência
política dos austríacos, abrindo o caminho para a criação da
Confederação Germânica dos Estados do Norte.
Mesmo com a unificação do Norte, os Estados do sul se
mantiveram neutros, e Von Bismarck não interveio nessa situação. Para
finalmente unificar toda a nação alemã, a estratégia do
primeiro-ministro era a de provocar uma grande guerra e despertar o
espírito nacionalista em todos os alemães. A França foi o alvo, já que era
declaradamente contra tal unificação. Em 1º de Setembro de 1870, os
franceses foram derrotados, tendo sido obrigados posteriormente a pagar
uma multa muito grande para os padrões da época e a ceder a região da
Alsácia-Lorena. Após todos estes conflitos, o império alemão finalmente
se unificou e começou a viver um período de grande desenvolvimento econômico e industrial.
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