Deodoro da Fonseca |
Grande parte dos méritos da Proclamação da
República, em 1889, é dada à mobilização dos militares contra os poderes amplos
do imperador. Defensores de um governo republicano
centralizado, foram capazes de dissolver o gabinete imperial e proclamar a
República, colocando o então ministro da guerra, marechal Deodoro da Fonseca,
na posição de primeiro presidente do Brasil.
Em linhas gerais, os objetivos do governo
de Deodoro eram o de reorganizar o poder, a estrutura governamental e
estabelecer a ordem no país. Logo quando assumiu, o marechal anulou a
Constituição de 1824 e passou a acumular em suas mãos as atribuições do Executivo e do
Legislativo. De fato, Deodoro reformou o Código Penal, passou para o Estado a
atribuição de emitir os registros civis de nascimento e casamento, que antes
eram emitidos pela Igreja, além de ter renovado os cargos políticos.
Na área econômica,
nomeou o intelectual Rui Barbosa como Ministro da Fazenda. Barbosa, com o fim
de modernizar a economia brasileira e direcioná-la para um modelo
industrializado, adotou uma política
conhecida como encilhamento, a qual consistia na emissão de grandes volumes de
papel-moeda e financiamentos irrestritos. No entanto, tais medidas acabaram
desencadeando uma grave crise econômica e uma inflação desenfreada.
Estes problemas de cunho econômico,
aliados ao tom autoritário do marechal e à sua falta de habilidades em negociar
geraram grande tensão. Em 1891, o mesmo decretou estado de sítio e acabou
entrando em conflito com a Assembleia, ao mesmo tempo em que representantes
políticos de vários estados já começavam a tramar um golpe político, o qual foi
concretizado pelos próprios militares, em 23 de novembro de 1891, quando sob a
ameaça de bombardearem a Baía de Guanabara, exigiram o fim do governo. Deodoro
da Fonseca se viu obrigado a renunciar ao cargo, permitindo que seu vice,
Floriano Peixoto, assumisse o poder.
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