Poderoso
imperador macedônico nascido em Pela, na Macedônia, considerado o fundador do
helenismo, o fenômeno cultural, político e religioso que se prolongou até os
tempos do império romano, um dos conquistadores mais famosos em História
Mundial, líder e tático militar engenhoso e um dos poucos homens que se pode
afirmar que definiram o curso da história humana. Filho de Filipe II de
Macedônia e da rainha Olímpia, nasceu na noite em que o templo de Artemis, em
Efeso, foi incendiado.
Preparado
para ser rei, a os 13 anos, seu pai contratou um dos homens mais sábios de sua
época, Aristóteles, para se encarregar de sua educação. Extremamente
inteligente o notável príncipe estudou as mais variadas disciplinas em
filosofia grega, arte e ciência. Aprofundou-se em retórica, política, ciências
físicas e naturais, medicina e geografia, ao mesmo tempo em que se interessava
pela história grega e pela obra de autores como Eurípides e Píndaro. Também se
distinguiu nas artes marciais e na doma de cavalos, de tal forma que em poucas
horas dominou o famoso eqüino Bucéfalo, que viria a ser sua inseparável
montaria.
Extremamente
atlético, desde cedo mostrou-se muito ambicioso e ansioso pelas batalhas e
freqüentemente se identificava com o mítico herói Aquiles, de quem se
considerava um descendente. Na arte da guerra recebeu lições do pai, militar
experiente e corajoso, que lhe transmitiu conhecimentos de estratégia e lhe
inculcou dotes de comando e começou a demonstrar seu valor aos 18 anos, quando,
no comando de um esquadrão de cavalaria, venceu o batalhão sagrado de Tebas, na
batalha de Queronéia (338 a. C.).
Assumiu
o reino da Macedônia aos 20 anos, após o assassinato do pai (336 a. C.), que
alguns dos escritores antigos acreditaram que ele teve algo que ver com o
crime, pois ambos tinham freqüentes atritos em público por causa de suas
ambições para se tornar um conquistador poderoso. Então se dispôs a iniciar a
expansão territorial do reino, apoiado em um poderoso e organizado exército,
dividido em infantaria, cuja principal arma era a zarissa, um tipo de lança de
grande comprimento, e cavalaria, que constituía a base do ataque.
Afirmou
sua soberania sobre a Grécia depois de pouca de resistência, e começou uma
guerra contra a Pérsia Cruzou o Helesponto (334 a. C.) com 35.000 soldados
gregos e macedônios e na cidade antiga de Tróia derrotou um exército de 40.000
persianos e os mercenários gregos. Na Batalha de Isso (333 a. C.) derrotou o
enorme exército de Dario, que fugiu desmoralizando suas tropas e causando caos
gerais, facilitando a vitória militar do macedônio. Em seguida, conquistou a
Síria (332 a. C.) e Gaza, e entrou no Egito, onde ele era esperado como um
libertador e foi honrado pelos egípcios como um deus.
No
delta do rio Nilo fundou Alexandria (332 a. C.), com o propósito de realizar o
sonho de unir a cultura oriental à ocidental, e a cidade logo se projetou como
pólo cultural e comercial. Conquistou o Cartago (331 a. C.), voltou ao Egito e
então voltou à Mesopotâmia, onde novamente enfrentou e aniquilou de vez o poder
de Dario, na batalha de Gaugamela (331 a. C.), determinando a queda definitiva
da Pérsia. Logo depois rei persa foi assassinado por dois de seus próprios
generais, gesto que não agradou o macedônico, pois era uma das suas sua
qualidades respeitar os vencidos e os costumes do povo conquistado, ordenou a
execução dos assassinos. Em Persépolis, o capital de Pérsia, deu proteção a
família do soberano morto e com a morte de Dario (330 a. C.) foi proclamado rei
da Ásia e sucessor da dinastia.
Casou
em grande celebrações com Roxana (328 a. C.), filha do sátrapa da Bactria, com
quem teve um filho, mas isto não era bastante para ele. Megalomaníaco, partiu
então para a longínqua Índia (327 a. C.), país mítico para os gregos. Com seu
exército cruzou as montanhas de afegãs e foi recebido amistosamente pelo rei
Taxila, cujo reino ficava do outro lado do rio Indo. As margens do rio Hidaspe,
foi enfrentado pelo rei Porus e seu enorme exército, que logo foi derrotado,
mas continuou no trono sob ordens do conquistador macedônico.
Na
Índia fundou colônias militares e cidades, entre as quais Nicéia e Bucéfala,
esta erigida em memória de seu cavalo que tinha morrido lá, no campo de
batalha. Depois de chegar ao rio Ifasis, com a comida inadequada, a escassez de
água e o cansaço, seu exército recusou-se a continuar e ele decidiu regressar à
Pérsia. Na passagem por Susa, ele se casou com Estatira, filha de Dario, e
dezenas de oficiais e milhares dos seus soldados também se casaram as mulheres
persas. Na viagem de volta, encontrava-se na Babilônia e planejando invadir a
Arábia, quando foi acometido de uma febre desconhecida que se mostrou
incurável. Sem nomear um herdeiro, em seu leito de morte, ao ser indagado pelos
seus oficiais quem deveria sucedê-lo, apenas respondeu: o mais merecedor, e
morreu instantes depois, quando tinha apenas 33 anos de idade.
O
mundo jamais viu outro conquistador de existência tão curta, formar um império
tão grande, expandindo-se pela Ásia e norte da África, eliminando o poderoso
império persa e estabelecendo completo domínio sobre a Grécia, Palestina,
Egito, Pérsia, Mesopotâmia e alcançando os limites da Índia, fundando várias
cidades e tornando-o o maior império territorial até então conhecido, com o
mérito de manter esta unidade imperial sobre um território tão amplo e
complexo, respeitando os vencidos e seus costumes e religiosidades. Seu gênio
militar e suas conquistas trouxeram a influência da civilização grega no
Oriente e assentou as bases da majestosa civilização helenística. Apesar das
controvérsias, suas conquistas e a velocidade com as quais ele as fez, não têm
comparação em qualquer época na história da humanidade.
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