sexta-feira, 21 de junho de 2013

Marcha em Campina Grande foi pacífica, ordeira e uma das maiores da história da cidade


A manifestação em Campina Grande realizada na tarde desta quinta-feira (20) foi histórica, pacífica e ordeira, e uma das maiores já registradas na Rainha da Borborema. Os manifestantes, cerca de 15 mil pessoas, segundo cálculos da Polícia Militar, protestaram pacificamente. Usando faixas, cartazes, apitos, eles tomaram conta da avenida Floriano Peixoto.

A marcha organizada através das redes sociais pelo Movimento Passe Livre (MPL), e denominado de “Campina Vai Parar” reuniu milhares de pessoas e parou a área central da cidade. O centro comercial não funcionou visto que as lojas fecharam cedo. A recomendação foi da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL). Algumas instituições também alteraram o horário de funcionamento por conta da marcha. Os Correios e Telégrafos também fecharam mais cedo.

Com rostos pintados, alguns com máscaras, os jovens se concentraram na Praça da Bandeira pedindo melhorias na saúde pública, mais investimentos para educação, segurança e melhora no serviço de transportes públicos. Eles também protestaram contra a corrupção e contra a aprovação da PEC 37 que reduz o poder de investigação do Ministério Público e contra a repressão policial. Algumas vaias também foram registradas na Praça da Bandeira.

Nos discursos, os líderes do movimento condenaram a corrupção e os gastos excessivos com os estádios construídos para a Copa do Mundo de 2014. A polícia acompanhou o movimento pacificamente a distância, alguns policiais usando camisa branca. Pela primeira vez na história, Campina parou de vez. As escolas liberaram os estudantes mais cedo, sendo que em alguns educandários não houve aulas na parte da tarde. Cerca de 300 policiais foram convocados para garantir a tranquilidade da marcha. Os policiais acompanham a manifestação de forma tranquila. Não houve nenhum incidente nem confronto dos policiais com os manifestantes. Durante a marcha, o comandante do 2º BPM tenente coronel Souza Neto chegou a servir água aos manifestantes.

Por volta das 17h a praça da Bandeira já estava tomada de manifestantes. Muitos exibiam com orgulho bandeiras do Brasil e cantavam o hino nacional. Usando de muita criatividade e com gritos de ordem, os manifestantes tomaram conta da avenida Floriano Peixoto com destino ao Terminal de Integração. No Terminal eles fizeram um ato público condenando o projeto de Pactuação dos serviços públicos , proposto pelo governo municipal. Já se passava das 19h e milhares de pessoas continuam próximos ao Sistema Integrado que bem perto do gabinete do prefeito Romero Rodrigues em uma manifestação pacifica, onde em coro demonstram sua contrariedade ao preço das passagens como contra a pactuação da gestão na saúde defendida pelo poder municipal.

Aos gritos os manifestantes exponham suas indignações “Prefeito que covardia saúde não é mercadoria”. O protesto seguiu de forma pacífica sem nenhum incidente. A avenida Floriano Peixoto ficou parcialmente interditada e poucos veículos trafegam pelo Centro da cidade. A marcha passou pelo Terminal de Integração e seguiu até a Câmara de Vereadores, prosseguindo para rua Dr. João Moura, Parque do Povo até o Açude Velho, cartão postal da cidade. No começo da noite a marcha ainda não havia terminado.  Apesar de pacífico, alguns vândalos chegaram a pichar o muro de uma escola no Centro da cidade.

Do PBAgora

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