A manifestação em Campina Grande realizada na tarde desta
quinta-feira (20) foi histórica, pacífica e ordeira, e uma das maiores
já registradas na Rainha da Borborema. Os manifestantes, cerca de 15 mil
pessoas, segundo cálculos da Polícia Militar, protestaram
pacificamente. Usando faixas, cartazes, apitos, eles tomaram conta da
avenida Floriano Peixoto.
A marcha organizada através das redes sociais pelo Movimento Passe
Livre (MPL), e denominado de “Campina Vai Parar” reuniu milhares de
pessoas e parou a área central da cidade. O centro comercial não
funcionou visto que as lojas fecharam cedo. A recomendação foi da Câmara
dos Dirigentes Lojistas (CDL). Algumas instituições também alteraram o
horário de funcionamento por conta da marcha. Os Correios e Telégrafos
também fecharam mais cedo.
Com rostos pintados, alguns com máscaras, os jovens se concentraram
na Praça da Bandeira pedindo melhorias na saúde pública, mais
investimentos para educação, segurança e melhora no serviço de
transportes públicos. Eles também protestaram contra a corrupção e
contra a aprovação da PEC 37 que reduz o poder de investigação do
Ministério Público e contra a repressão policial. Algumas vaias também
foram registradas na Praça da Bandeira.
Nos discursos, os líderes do movimento condenaram a corrupção e os
gastos excessivos com os estádios construídos para a Copa do Mundo de
2014. A polícia acompanhou o movimento pacificamente a distância, alguns
policiais usando camisa branca. Pela primeira vez na história, Campina
parou de vez. As escolas liberaram os estudantes mais cedo, sendo que em
alguns educandários não houve aulas na parte da tarde. Cerca de 300
policiais foram convocados para garantir a tranquilidade da marcha. Os policiais acompanham a manifestação de forma tranquila. Não houve
nenhum incidente nem confronto dos policiais com os manifestantes.
Durante a marcha, o comandante do 2º BPM tenente coronel Souza Neto
chegou a servir água aos manifestantes.
Por volta das 17h a praça da Bandeira já estava tomada de
manifestantes. Muitos exibiam com orgulho bandeiras do Brasil e cantavam
o hino nacional. Usando de muita criatividade e com gritos de ordem, os
manifestantes tomaram conta da avenida Floriano Peixoto com destino ao
Terminal de Integração. No Terminal eles fizeram um ato público
condenando o projeto de Pactuação dos serviços públicos , proposto pelo
governo municipal. Já se passava das 19h e milhares de pessoas continuam
próximos ao Sistema Integrado que bem perto do gabinete do prefeito
Romero Rodrigues em uma manifestação pacifica, onde em coro demonstram
sua contrariedade ao preço das passagens como contra a pactuação da
gestão na saúde defendida pelo poder municipal.
Aos gritos os manifestantes exponham suas indignações “Prefeito que
covardia saúde não é mercadoria”. O protesto seguiu de forma pacífica
sem nenhum incidente. A avenida Floriano Peixoto ficou parcialmente interditada e poucos
veículos trafegam pelo Centro da cidade. A marcha passou pelo Terminal
de Integração e seguiu até a Câmara de Vereadores, prosseguindo para rua
Dr. João Moura, Parque do Povo até o Açude Velho, cartão postal da
cidade. No começo da noite a marcha ainda não havia terminado. Apesar
de pacífico, alguns vândalos chegaram a pichar o muro de uma escola no
Centro da cidade.
Do PBAgora
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