joana D'arc |
Heroína
francesa nascida em Domrémy, na região francesa do Barrois, chamada de A
Donzela de Orléans, por ter sido decisiva para mudar o rumo da guerra dos cem
anos, entre a França e a Inglaterra. Filha de um casal de lavradores, movida
por uma fé incomparável, aos 13 anos dizia ouvir vozes divinas como do arcanjo
são Miguel, além de santa Catarina e santa Margarida, ordenando que salvasse a
cidade, sitiada pelos ingleses.
Partiu de
sua aldeia e obteve de Robert de Baudricourt, capitão da guarnição de
Vaucouleurs, uma escolta para guiá-la até Chinon, onde se achava refugiado o
rei da França, Carlos VII, visto que o país estava quase todo em mãos dos
ingleses. Diante de sua impressionante segurança, o rei lhe entregou o comando
de um pequeno exército para socorrer Orléans (1428), então sitiada pelos
ingleses.
No
caminho, a atitude heróica da humilde camponesa atraiu adesões para as tropas
que comandava. À frente desse aparentemente insignificante exército, derrotou
os invasores, reacendeu o nacionalismo francês e conduziu o rei Carlos VII a
Reims, onde foi coroado. Seguindo sua saga de libertação empreendeu o ataque
que a Compiègne (1430), porém a heroína foi aprisionada pelos borgonheses,
aliados dos ingleses.Prisioneira, sofreu um julgamento por meio de um tribunal
espiritual comandado pelo ambicioso bispo Pierre Cauchon, de modo a fazê-la
perder sua auréola de santa, ou seja, os borgonheses temiam que sua morte
sumária pudesse torná-la um mito mais fervoroso e conseqüentemente mais
perigoso da resistência francesa.
No jogo de interesses políticos que envolveu sua figura de
heroína, ela não encontrou apoio por parte do rei que tanto ajudara e foi
acusada de feitiçaria, declarada herética e, sem direito a um defensor foi
condenada. Supliciada publicamente na praça do Mercado Vermelho, em Rouen, ali
foi queimada viva, aos 19 anos. Seu sacrifício despertou novas energias no povo
francês, que finalmente expulsou os ingleses de Calais. A Igreja Católica
reconheceu sua santidade, beatificou-a (1909) e depois canonizou-a (1920) pelo
Papa Bento XV.
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