Embora o Coronelismo tenha sido uma dinâmica de poder
político que nascera anteriormente, foi na República Velha que a mesma se
tornou uma experiência mais marcante na vida política e eleitoral do Brasil.
O coronelismo surgiu durante o período regencial, quando o
governo passou a conceder títulos aos grandes latifundiários que financiavam a
Guarda Nacional. Juntamente com esses títulos, os coronéis também ganhavam o
direito de formar milícias e de emitir ordens aos indivíduos de suas
propriedades.
Foi desta forma que os coronéis conseguiram controlar seus
eleitores. Estes, sobretudo trabalhadores e camponeses, se viam subordinados ao
poder militar e, sobretudo, político dos coronéis. Desta forma, contrariar o
candidato preferido do coronel na eleição era uma atitude que poderia resultar
em uma punição ou até mesmo em eventuais assassinatos, uma vez que o voto era
aberto. Esta dinâmica eleitoral ficou conhecida como “voto de cabresto”. Assim,
os coronéis, grandes fazendeiros, optavam por candidatos da política
café-com-leite e estes, além de focar suas decisões no sentido de proteger os
negócios dos latifundiários, lhe concediam regalias, cargos públicos e
financiamentos. De fato, o coronelismo foi a base da República Oligárquica.
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