sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

História Triste de Uma Vereadora



Vereadora Fátima
     Eu, vereadora Fátima, fui lamentavelmente excluída do meu partido, o qual estivera filiada desde 2007. No auge da campanha eleitoral, no finalzinho de julho deste ano de 2012, descobri que fui terrivelmente excluída do PR (Partido da República) local, sem nenhuma comunicação, esclarecimento formal e/ou informal, nada! Até hoje estou pasma diante de tamanha maldade... Esse crime aconteceu exatamente no dia 14 de outubro, de 2011, às 15:02:55.

Todo esse tempo fui passada para trás; fizeram-me de otária... toda humilhação que um ser humano não deseja suportar: foram noites e noites a fio, chorando de maneira inconsolável e, literalmente, choro até os dias vigentes. Venho buscando forças de Deus para superar um golpe tão sarcástico... Ora, estava em busca do meu 4º mandato, seria à vereadora mais votada de toda história política de Duas Estradas: cidade onde moro, num cantinho da Paraíba.

A cada dia que passa tento compreender esta história tremendamente sórdida. E, paralelo a isso, num certo dia alguém olha para mim e acrescenta: Fátima, você está passando por tudo isso porque confiou demais. Ora, reconheço que fui muito ingênua em confiar (acreditar) verdadeiramente em alguém que dentro de si, reina uma serpente horrorosa! Mas como?! Se o presidente desse partido (PR) é o próprio prefeito?! Onde, outrora, tínhamos uma aliança política, dentro dos parâmetros confiáveis. Acredito piamente: quem fez esta crueldade comigo agiu de má fé, de forma fria e calculista.

 Contudo, o que mais me machuca é saber que à justiça da terra torna-se injusta em momentos inesperados... Lutei bravamente: fazendo minha campanha eleitoral, e lutando perante a justiça. Por conseguinte, a Comarca pertencente à minha cidade foi brilhantemente justa: entendeu que eu não poderia pagar por um crime que não cometi.

Todavia, o TRE da Paraíba jugou o contrário: imagine, perdi de 07 à 0 (zero); e o TSE: o resultado fora negativamente bombástico: candidatura IMPUGNADA! Faltando, exatamente, 10 (dez) dias para as eleições do dia 07 de outubro de 2012. Minha campanha estava toda pronta. Que absurdo!!! Perdi o direito de concorrer às eleições deste ano, porque alguém se achou no direito de me excluir de um partido que eu era filiada já há bastante tempo. 

Essa pessoa ordinária está, ainda, ridicularizando de mim, da minha família e dos meus eleitores e eleitoras. A justiça (TRE e TSE) deveria ter solicitado, de imediato, uma sindicância, ou coisa parecida, contra esse malfeitor--, para que assim, ele pudesse responder por este ato maligno, acometido contra mim e demais pessoas que ainda hoje choram indignadas. Eu pergunto: Cadê a justiça? ‘Roubaram’ o meu 4º mandato, e ai? Vai ficar por isso mesmo?! A impunidade vai reinar neste caso? Será?!

Caros leitores (as), vocês não imaginam quantas lágrimas já foram derramadas dos meu olhos, dos olhos da minha mãezinha e de tantas outras pessoas. É muita dor, muita amargura e decepção... Espero que alguma coisa seja feita! Um crime como este não pode e nem deve ficar impune. Nenhum documento deste mundo comprova que pedi exclusão deste então partido: PR. Apelo, primeiramente pela justiça divina, em seguida para as pessoas que fazem jus ao seguinte salmo: ”Felizes aqueles(as) que têm sede e fome de justiça, porque serão saciados (as)!”

Almejo que em curto prazo essa justiça floresça, aqui, em Duas Estradas, e que possa repercutir no mundo inteiro, tal história de vida. Pretendo que muitas pessoas tenham conhecimento deste fato lamentável. Quem sabe que à presidente Dilma, o ministro da justiça Joaquim Barbosa, bem como, a ex-senadora e presidenciável Marina Silva-- será que comungam com todo este dilema triste que estou passando?

Diante do exposto, conclamo estimado povo brasileiro, paraibano, duasestradense que eu possa ter paz, que volta à minha autoestima perante o momento que estou vivenciando: de aflição, de martírio, de decepção... E assim, quem sabe, transformar esta história de profunda tristeza, numa história de alívio, de suave felicidade!
Finalizo apelando, incansavelmente:
JUSTIÇA!    JUSTIÇA!   JUSTIÇA!!!

Duas Estradas, em 26/12/12

Maria de Fátima Maurício Pontes
-Até então, vereadora-

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