quinta-feira, 24 de julho de 2014

Taperoá - Paraíba - Terra onde Viveu Ariano Suassuna



Taperoá (7º 12” 23” Sul - 36º 49” 25” Oeste), município no Estado da Paraíba (Brasil) , localizado na microrregião do Cariri Ocidental. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano de 2006 sua população era estimada em 13 421 habitantes. Área territorial de 640 km².Taperoá é famosa por nela transcorrer toda a história da peça Auto da Compadecida, do escritor paraibano Ariano Suassuna. No ano de 2007, Taperoá viveu bons momentos com as gravações da microssérie A Pedra do Reino, escrita também por Ariano Suassuna. Na época, foi montada um cidade cenográfica onde foi gravada a história, com a participação de artistas locais e da própria Rede Globo. Durante o período de gravações a cidade foi muito vista por parte da imprensa.


O município está incluído na área geográfica de abrangência do semiárido brasileiro, definida pelo Ministério da Integração Nacional em 2005. Esta delimitação tem como critérios o índice pluviométrico, o índice de aridez e o risco de seca. Está localizado quase no centro geodésico do estado oriental, e recebe o nome do principal afluente do rio São Domingos que desagua numa reentrância marinha de mesmo nome falsamente confundida com uma foz fluvial (muito procurada por franceses e ingleses no passado em busca de madeira de brazza - no céltico - ou vermelha). Só depois os tupinicistas retiraram o nome indo-europeu do rio por um patrioteirismo pseudo-nativista bacoco e falso, já que os nativos provavelmente não chamavam o rio de ruim a navegação, pois suas canoas passavam facilmente ali no seu estreito mais alto e portanto ele só era ruim as caravelas portuguesas de modo anacrônico e pseudo-reconstrucionista.


Os primeiros habitantes civilizados das terras do atual Município de Taperoá foram o licenciado Francisco Tavares de Melo, capitão Gonçalo Pais Chaves e o ajudante Cosme Pinto, os quais, por concessão do capitão mor Francisco de Abreu Pereira, receberam da Coroa, em 1703, as datas na encosta da serra da Borborema, duma extensão de doze léguas à margem do rio Unebatucu (hoje Taperoá). Aí se fixaram aqueles três chefes de família, fundando algumas fazendas de gado e desenvolvendo ligeira cultura do solo. Os principais núcleos de vida e de desenvolvimento daquelas terras se denominaram Serrote, Bonito, Salgado, Carnaúba e Cosme Pinto. Aqui a origem mais remota do Município de Taperoá. Na área da cidade atual, segundo alguns historiadores, foi travada, em 1824, uma grande batalha entre os republicanos da Confederação do Equador, que tentavam uma retirada para o Ceará, e as forças legalistas. Estas últimas foram as vitoriosas. Deste fato resultou o nome de Batalhão para a localidade, em memória da grande batalha (batalhão) que ali se havia travado.


Há, porém, quem queira relacionar o primitivo nome de Batalhão aos choques armados com os remanescentes índios cariris e os primeiros civilizados que penetraram na região e lá se estabeleceram.Em qualquer das hipóteses, a primitiva denominação de Batalhão lembra uma grande peleja.Focalizando melhor os primórdios da sede do Município e a sua evolução, vemos em 1830,aproximadamente, Manuel de Farias Castro, descendente dos Farias Castro de São João do Cariri, fundar uma fazenda na área da atual cidade de Taperoá. Aí passou a residir e constituiu família. Seus filhos e genros. que foram numerosos, passaram a habitar,a povoar e a explorar os sítios denominados Campos do Coxo, Várzea do Sales e Alto Batalhãozinho. A estes, veio logo se juntar o português Costa Vilar que, com seus descendentes e agregados, muito contribuiu para o desenvolvimento da vida local. 

Em 1860, teve origem a ideia da construção de uma capela em torno da qual se concentrassem núcleos populacionais a fim de criarem condições para a criação dos futuros distrito e Município. Essa construção, porém, só foi iniciada em 1865, depois de resolvida a divergência entre Manuel de Farias Castro, Silvério de Farias Castro e seu cunhado Sales, sobre o local exato em que se deveria erguer a capela. Começaram as obras sob a orientação espiritual do missionário Hermenegildo Herculano Vieira da Costa (frei Herculano). Os trabalhos correram lentamente e só foram concluídos em 1874, já sob a direção eclesiástica do padre José Antônio Maria Ibiapina. A ação religiosa desenvolvida com base na nova capela atraiu novos e numerosos moradores para suas cercanias, influindo sensivelmente no rápido crescimento do povoado, que. em 1880, já contava com mais de 50 casas residenciais. Em 1872, a 20 de julho, foi fundada sua primeira escola pública. 




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