Centro de João Pessoa |
João Pessoa é um município
brasileiro,
capital e
principal centro financeiro e econômico
do estado da Paraíba. Com
769 604 habitantes João Pessoa é a 8ª cidade mais populosa da Região Nordeste e a 23ª do Brasil. Sua região metropolitana, formada por João Pessoa
e mais onze municípios tem cerca de 1 223 284 habitantes (IBGE/2013),
sendo a 6ª mais populosa do nordeste brasileiro.
Possui o maior índice de
Manhatização dentre as metrópoles proto-regionais, com mais arranha céus que
várias metrópoles regionais que aparecem como das maiores do mainland no
ranking, sendo a capital que mais cresce no Nordeste Oriental e Setentrional no
último Censo. É uma das capitais de melhor qualidade de vida do
Nordeste, possuindo diversos locais que auxiliam a população da cidade a obter
uma vida melhor e de qualidade. Suas praças contam com equipamentos de
ginástica, além de ciclovias espalhadas pela cidade. João Pessoa foi uma das
duas principais cidades da Nova Holanda, junto com Mauritsstadt
(a atual Recife).
Possui antigo e vasto patrimônio histórico, similar ao de Olinda (mas, ao
contrário desta última, manteve seu status de sede). Dados de 2000
mostram João Pessoa como a capital menos desigual do Nordeste, segundo dados do Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada, com o coeficiente de gini de 0,630, embora tal índice
seja considerado "muito alto" de acordo com a ONU.
É conhecida como "Porta do Sol", devido
ao fato de, no município, estar localizada a Ponta
do Seixas, que é o ponto mais oriental das Américas, o
que faz a cidade ser conhecida como o lugar "onde o sol nasce primeiro nas
Américas". Fundada em 1585 com o nome de "Nossa Senhora das Neves", a cidade
de João Pessoa é a terceira capital de estado mais antiga do Brasil, tendo já sido
fundada com título de cidade . Durante a Conferência das Nações
Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, João Pessoa recebeu o
título de "segunda capital mais verde do mundo". Segundo um cálculo
baseado na relação entre número de habitantes e área verde, ficando atrás
apenas de Paris, capital da França.
A cidade de João Pessoa foi considerada, pela
organização International Living, como uma das melhores cidades do mundo para
se desfrutar a aposentadoria. No ranking feito anualmente pela
organização, a capital paraibana surge ao lado da também nordestina Fortaleza
como as únicas cidades brasileiras citadas na lista nesse ano. Apenas cinco
cidades sul-americanas foram incluídas. Além das brasileiras, Montevidéu,
Colônia do Sacramento e Punta
del Este, todas no Uruguai, completam as cinco cidades da América
do Sul indicadas para se desfrutar aposentadoria .
Por volta do ano 1000, os índios tapuias que
habitavam a região foram expulsos para o interior do continente devido à
chegada de povos tupis
procedentes da Amazônia. No século XVI, quando chegaram os primeiros
europeus, a região constituía a fronteira entre os territórios das tribos tupis
dos potiguaras
(que se localizavam ao norte) e dos tabajaras (que se localizavam ao sul) . Estes
últimos se aliaram aos colonizadores portugueses, enquanto que os primeiros se
tornaram ferrenhos adversários dos mesmos .
No dia 5 de agosto
de 1585, os
colonizadores portugueses fundaram a "Cidade Real de Nossa Senhora das
Neves" numa colina às margens do rio
Sanhauá, um afluente do rio
Paraíba, 18 quilômetros acima da foz deste último . Em 1588, a cidade adquiriu o nome de
"Filipeia de Nossa Senhora das Neves", em homenagem ao rei Filipe, que, na época, acumulava os tronos da
Espanha e de Portugal .Logo após a sua conquista pelos Países
Baixos, a cidade passou a se chamar Frederikstad,
a partir de 1634 .
Depois do declínio da Nova Holanda e com a saída dos neerlandeses,
a cidade adquiriu o nome de "Cidade da Parahyba" em 1654 .
Sua denominação atual, "João Pessoa", é
uma homenagem ao político paraibano João Pessoa Cavalcanti de
Albuquerque, assassinado em 1930 na cidade do Recife, quando era presidente do estado e concorria, como
candidato a vice-presidente da República, na chapa de Getúlio
Vargas. O fato causou grande comoção popular, sendo o estopim da Revolução de 1930, embora se discuta se realmente
houve motivação política no ato, que foi executado por João Duarte Dantas, advogado cujo escritório
fora invadido por tropas governamentais, tendo sido suas cartas à professora Anayde
Beiriz trazidas a público.A Assembleia Legislativa Estadual aprovou a mudança
do nome da capital em 4 de setembro de 1930. Há algum tempo,
cidadãos pessoenses discutem a possibilidade de rever a homenagem e substituir
o nome de João Pessoa por outro, entre os quais figuram "Paraíba",
"Filipeia" e "Cabo Branco", sendo que alguns movimentos até
manifestam apoio à ideia de um plebiscito para tal nomenclatura ou uma consulta popular,
como faz atualmente o "Coletivo Cultural Anayde Beiriz", projeto em
andamento do Movimento Paraíba Capital Parahyba;
entre outros argumentos, alega-se que a mudança de nome (assim como a alteração
da bandeira estadual), em 1930, foi realizada em
um momento de comoção e de instabilidade social, quando vários adversários
políticos do grupo de João Pessoa foram presos e
mortos. Acrescenta-se ainda que não há consenso sobre as virtudes de pessoa e
de gestor público as quais confeririam o mérito ao ex-presidente da Paraíba (na
época, denominação para o cargo de governador) para tal homenagem. De outra
parte, os defensores da manutenção do nome argumentam que João Pessoa foi
político exemplar e que combateu o coronelismo
e as oligarquias.
A cidade de João Pessoa nasceu nas
margens do rio Sanhauá, a partir de onde subiu as ladeiras em
direção ao que hoje é o Centro. A expansão urbana ocupou a antiga área
rural. A partir da segunda metade dos anos
1960, com a ocupação da orla marítima, a economia da área perdeu um pouco
de sua importância de outrora. No que diz respeito à arquitetura, os bairros do
Centro comportam a maior parte das áreas que são objeto de tombamento pelos
órgãos de proteção ao patrimônio: dentre elas, o Centro Histórico, Rua das
Trincheiras e as proximidades da Rua Odon Bezerra, no bairro de Tambiá.
João Pessoa é uma das capitais que mais crescem
no Brasil, de
2000 a 2013 ocorreu um crescimento de 181% na frota de carros, hoje se encontra
mais de 291 506 carros circulando pela cidade, o que tem aumentado o transito e
provocado congestionamento em algumas avenidas. A população em 2000 era 549 363
habitantes, em 2013 subiu para 769 604, um bom crescimento.
Estudos feito pelo Sindicato da Arquitetura e da
Engenharia Consultiva (Sinaenco) projeta que a capital chegue a
2040 com 825 689 veículos e a população chegue a 1 305 291 habitantes,
"João Pessoa, daqui a 25 anos, vai se tornar uma São Paulo" foi dito
no lançamento da campanha De Olho no Futuro. A TWS Empreendimento está construindo a Tour
Geneve em João Pessoa, com 183 metros e 51 andares a Tour Geneve
será o maior edifício do Brasil, superando o Mirante
do Vale de São Paulo, que tem 170 metros e 51 andares.
A cidade localiza-se na porção mais
oriental das Américas
e do Brasil, com
longitude oeste de 34º47'30" e latitude sul de 7º09'28. O local é
conhecido como a Ponta do Seixas. A altitude média
em relação ao nível do mar é de 37 metros, com altitude máxima de 74 metros nas
proximidades do rio Mumbaba, predominando em seu sítio urbano terrenos planos
com cotas da ordem de 10 metros, na área inicialmente urbanizada. Em João Pessoa, existem cerca de doze rios.
O Rio Jaguaribe nasce no conjunto
Esplanada, cruza o Jardim Botânico Benjamim Maranhão,
no meio da Mata do Buraquinho, e desemboca no Oceano
Atlântico na divisa com o município de Cabedelo. A água para
abastecimento das casas é retirada do sistema Gramame-Mumbaba, da Companhia de Água e Esgotos da
Paraíba. Nesse sistema, esses dois rios se revezam no fornecimento de água
para a cidade. Entretanto, o rio mais importante historicamente é o Rio
Sanhauá, pois foi nas suas margens que nasceu a cidade e onde foram
construídas as primeiras casas. Também há a Lagoa do Parque Sólon de Lucena no Centro da Cidade.
A lagoa foi o principal ponto turístico da cidade durante a época em que a
maior parte da cidade se encontrava longe das praias. No fim de 2010, nas comemorações
do natal, a lagoa foi revitalizada e ganhou artifícios como música ambiente.
A capital paraibana conta com um litoral de cerca
de 24 quilômetros de extensão, nove praias só no município, fora as praias da
Região Metropolitana, a exemplo da cidade de Cabedelo, da
cidade de Lucena e do distrito de Jacumã no
município do Conde, onde se localiza a Praia Naturista de
Tambaba. As praias urbanas têm, como características, praias de areias brancas
e águas cristalinas. Muitas têm Mata
Atlântica preservada, além de serem ótimas para banho graças a uma barreira
natural a cerca de 6 quilômetros da costa que protege grande parte do litoral
pessoense e de Cabedelo,
permitindo que crianças brinquem na água tranquilas. Existe o Projeto
Tartarugas Urbanas, que atua nas praias do Bessa e Intermares, área onde ocorre
a desova da tartaruga-de-pente, cenário de preservação
ambiental. Na cidade, também há prática de surfe.
Dentre as principais praias, pode-se citar a Praia
de Tambaú, que tem cerca de 8 quilômetros de extensão, sendo composta de
areia batida e fina, com águas de cor verde-azulada, e também a Praia de Manaíra, uma praia totalmente urbana,
formada por recifes, o que torna as suas ondas fracas, e por
águas claras no verão. É ponto de vários quiosques e bares, contando com
quadras de esportes na sua orla.Na cidade, há pouco mais de 170 000 famílias,
numa média de 3,48 pessoas por domicílio, o que reflete a diminuição de pessoas
na família média pessoense. Segundo censos, a redução no tamanho da família
pessoense deve-se a função do rápido e intenso processo de diminuição da fecundidade
nas últimas duas décadas e no aumento na parcela de domicílios
que são mantidos financeiramente por mulheres. Na década
de 1970, a família pessoense média tinha pouco mais de 5 membros. Hoje em
dia, a composição tradicional da família é pai, mãe e filho.
A cidade revela um aprofundamento de algumas
tendências e o afloramento de alguns novos padrões de distribuição
espacial da população. No censo de 2000, o número de pessoas não naturais do município
alcançou 28 500. Dez anos depois, a população da capital aumentou em quase 100
000 pessoas, sendo que boa parte delas é de filhos de pessoas naturais de
outras cidades do estado, de outros estados do Brasil ou de outros países. Ainda
segundo o censo de 2000, o número de estrangeiros
na cidade é crescente, sendo que a maioria é de origem portuguesa (16,5%),
peruana (10%), chilena (8%), seguidos de alemães, italianos, argentinos e
bolivianos. 75,4% dos pessoenses residem em domicílios próprios, 18,3%, em
imóveis alugados e outros 6,3%, em locais cedidos. Apesar de muitas famílias
pessoenses terem seus domicílios próprios, muitas se encontram em domicílios
muito pequenos com famílias numerosas e domicílios bem maiores com poucos moradores.
Outro dado domiciliar relevante é a crescente verticalização: boa parte da cidade é
alvo de verticalização excessiva. É crescente o número de pessoas residindo em apartamentos,
por causa do enorme crescimento do número de unidades habitacionais deste tipo
ao longo da década
de 1970.
João Pessoa também é uma das 3 capitais que
proporcionalmente possuem o maior número de famílias da classe A no Nordeste
segundo a pesquisa da FGV com dados do Censo de 2010, assim como Recife e
Aracaju.João Pessoa é cidade com maior economia do Estado
da Paraíba, representando 30,7% das riquezas produzidas na Paraíba e tendo um produto interno bruto duas vezes maior que Campina
Grande, a 2ª cidade mais populosa do estado. Com dois distritos industriais
em desenvolvimento, um na BR-101 e outro no bairro de Mangabeira.
O turismo é um grande produtor de renda e gerador
de empregos, além do comércio, que também possui grande participação econômica
na cidade.Há um parque industrial complexo,
formado por diversos segmentos: alimentos, automobilístico (bugres), bebidas,
bentonita, cimento, concreto, couro, metalúrgico, móveis, ótica, papel, pisos
cerâmicos, química, têxtil, tecnologia da informática, dentre outros. João
Pessoa possui o maior parque industrial do estado da Paraíba,
destacando-se algumas indústrias de renome internacional, como a AmBev, Coca-Cola, Euroflex, Vijai Elétrica, Coteminas, a British American Tobacco e a Paraí. João Pessoa demanda
de uma razoável infraestrutura em relação às demais capitais nordestinas, sendo
a 2ª capital mais saneada na região Nordeste, com aproximadamente 87% da cidade
saneada, 100% das residências atendidas pela energia elétrica e 100% ligados ao
abastecimento de água.
João Pessoa passa por uma intensa
expansão imobiliária. A cidade é um verdadeiro canteiro de obras com destaque
ao grande número de empreendimentos do segmento empresarial e residencial sendo
erguidos. Há prédios e arranha-céus de altíssimo luxo sendo construídos, João
Pessoa já é considerada a capital do Nordeste com o maior número de
arranha-céus e a quarta capital mais verticalizada do Brasil, sendo
proporcionalmente a mais verticalizada (tem mais arranha-céus que várias
metrópoles regionais que estão entre as maiores do mainland, mesmo sendo uma
metrópole proto-regional, no entanto a que mais cresce no Nordeste Oriental e
Setentrional no último Censo). 5 dos 6 maiores edifícios do Nordeste atualmente
estão localizados em João Pessoa. O Tour Geneve (Maior arranha-céu do Brasil em
construção) é um dos diversos empreendimentos sendo construídos. A alta demanda
e o fato de muitos estrangeiros (principalmente europeus) estarem adquirindo
imóveis causou uma altíssima especulação imobiliária e comercial. A cidade é
uma das capitais mais caras do Norte-Nordeste em termos de aquisição de
moradia. O Altiplano possui o skyline mais alto, visível a dezenas de
quilômetros, o bairro de Manaíra possui a maior densidade e o Bessa a maior
expansão em área verticalizada. Vale ressaltar que prédios acima de 3 andares
andares em toda a orla da cidade são proibidos por lei estadual, conhecida
popularmente como "Lei do Espigão".
O transporte público na cidade de João Pessoa é
feito, em grande parte, por linhas de ônibus, sendo
uma das capitais com a maior frota de ônibus do Nordeste. Pesquisas feitas pelo
Projeto "Despoluir" apontam que a frota de ônibus de João Pessoa tem
média de aprovação superior à nacional, sendo de 92,5%, enquanto que a média
nacional é 89%. A maior parte da frota possui equipamentos de acessibilidade. A
média de idade dos veículos na capital da Paraíba é inferior à do País. Segundo
as empresas de ônibus, há um esforço para superar meta acordada com a
prefeitura.
É possível se ir para qualquer lugar da cidade
pagando-se apenas uma passagem. As conexões podem ser feitas através do TIV, onde o passageiro pode
descer e pegar um novo ônibus sem precisar pagar uma nova passagem e de um Sistema de Integração Temporal. Há
também o Sistema de Bilhetagem Eletrônica por meio do cartão “Passe-Legal”.
João Pessoa foi a primeira cidade da região a implantar este sistema, além
disso, toda a frota de ônibus da cidade é rastreada por satélite. Quatro outros
Terminais de Integração (Oitizeiro, Pedro II, Rangel e Praias) estão em
planejamento com previsão de início das obras para o segundo semestre de 2013.As principais empresas de ônibus coletivo que
atuam na Cidade são: Unitrans (Transnacional e Reunidas), Santa Maria, São
Jorge, Mandacaruense e Marcos da Silva.
Existe também uma linha de trem da Companhia Brasileira de Trens
Urbanos, de circulação diária, que cobre a maior parte da Região Metropolitana,
com extensão de 30 km. Conta com nove estações de passageiros e interliga
as cidades da Região Metropolitana da Capital, tendo nove
estações (Santa Rita, Várzea Nova, Bayeux, Ilha do Bispo, Rodoviária,
Mandacarú, Renascer, Jacaré e Cabedelo). Transporta aproximadamente de 13 000
passageiros em 25 viagens diárias.Em agosto de 2012, João Pessoa sediou a
VI edição da Olimpíada Brasileira de Robótica (Etapa Regional). O evento contou
com uma forte participação das escolas da rede pública dos estado. No mesmo
período, João Pessoa foi escolhida para sediar a copa do mundo de robótica, um
dos mais importantes eventos no ramo da tecnologia no mundo, que será realizada
no ano de 2014 no Centro de Convenções da cidade. A cidade concorreu com
diversas candidatas, inclusive com cidades asiáticas de destaque mundial. A
procura por recursos que viabilizassem a Copa foi determinante, por isso, o
oferecimento de um espaço próprio para o evento e a utilização da robótica no
ensino fizeram da capital paraibana a escolhida. Estima-se que compareçam à
RoboCup 2014 cerca de 4 000 visitantes.
INFORNATUS
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