Os gregos denominavam (sofia) a sabedoria e
(sofos) os sábios.… lugar comum atribuir a Pitágoras IV a.C, o termo filosofia
de(philo) amante e (sofia) sabedoria. Pitágoras dizia que os filósofos seriam
uma terceira classe à mais nobre, não procura aplausos nem lucro, porém (ali
está) para observar atentamente o que se faz e como as coisas se passam. Esses
homens s„o chamados estudiosos (ou amigos da sabedoria).Somente na
Grécia que a Filosofia adquire existência autônoma,distinguindo-se
explicitamente da religião.A filosofia e a Teologia: A filosofia é a mais alta
das ciências humanas,isto é das ciências que conhecem as coisas pela luz natural
da razão.
Há, entretanto, uma ciência acima dela. A supor que exista de fato
uma ciência que seja no homem uma participação da ciência própria de Deus, esta
ciência, evidentemente será mais alta do que a mais alta ciência humana. Ora, È
o caso da Teologia. A ciência de Deus; a ciência que podemos naturalmente
adquirir só pelas forças da razão e que nos faz conhecera Deus, como autor da
Ordem natural é uma ciência filosófica a partir do ponto culminante da
Metafísica - chamada Teologia Natural.Todavia, os princípios da Filosofia são
independentes da Teologia, pois os princípios da Filosofia são as verdades
primeiras cuja evidencia se impõe por si mesma à inteligência, enquanto os
princípios da Teologia são verdades reveladas por Deus. Para Platão a palavra
filosofia adquire o sentido de saberes racionais, reflexivos saber adquirido
mediante o método dialético.(dialética) Para Aristóteles a Filosofia consiste
em todas as coisas que o homem conhece e o conhecimento dessas coisas. Desde
Aristóteles emprega-se a palavra filosofia com o sentido de totalidade do,
conhecimento humano. A filosofia até então englobava as coisas divinas e
humanas.Na Idade Média, a Filosofia designa todo o conhecimento menos o de Deus
que era objeto da Teologia.Na idade Moderna, a partir do século XVII começa a
dividir-se o campo da Filosofia, constituindo-se a Matemática, a FÍSICA, a
Biologia, até as mais modernas, como a cibernética.O método filosófico até
Descartes se apóia depois de obtida uma intuição (afirmação, proposição ou tese
) para verificar-lhe a verdade ou a falsidade. (A dúvida metódica).Assim se diz
discursivo o raciocínio que atinge a conclusão ou a procura por meio de
operações intermediárias.Ex.: Os homens sensatos s„os bem sucedidos, ora, o
Presidente é um homem sensato; logo, será bem sucedido. É uma dedução -por meio
de duas proposições (premissas) atingimos uma conclusão. Ex.: A Terra é um
planeta e não tem luz própria, Marte também o é, assim como Vênus, Saturno,
Urano ; logo, os planetas não têm luz própria. É uma indução - mediante uma
série de conhecimentos parciais chegamos a um conhecimento geral. Para muitos
filósofos modernos o único método da filosofia é o intuitivo, qualquer outro
falsearia a verdade.A mais ampla totalização filosófica é o hegelianismo. Nele
o saber é aleado à sua dignidade mais eminente: ele não se limita a visar ao
ser de fora, ele o incorpora a si e o dissolve em si mesmo: o espírito se
objetiva, se aliena e se retoma incessantemente, se realiza através de sua
própria história. O homem se exterioriza e se perde nas coisas, mas toda a
alienação é superada pelo saber absoluto do filósofo. É certo que se pode puxar
Hegel para o lado do existencialismo. Para Hegel o trágico de uma vida é sempre
superado. É perfeitamente exato que Hegel marca profundamente a unidade e a
oposição entre a vida e a consciência. Na linguagem da semiologia moderna para
Hegel o Significante (a um momento qualquer da história) e o movimento do
espírito (que se constituir· como Significante-Significado e Significado
-Significante, isto é, absoluto-sujeito), o Significado é o homem vivo e sua
objetivação.A filosofia divide-se: em Lógica, em Metafísica, Cosmologia,
Psicologia e Ética, e geralmente estudam esses assuntos, que posteriormente
serão definidos.
ESCOLAS FILOSÓFICAS A filosofia grega, segundo o
testemunho de Aristóteles, só começa com Tales de Mileto um dos sábios ou
gnómicos que viveram nos séculos VII e VI a.C,.Estes sábios reunidos em número
de sete pela tradição, dos quais, porém temos listas variadas que os Antigos
nos legaram propunham-se, em 1º lugar, melhorar os costumes dos seus
concidadãos; algumas de suas sentenças que Platão nos relata no Protágoras,
limitam-se a enumerar lições práticas resultantes de sua experiência de vida;
eram homens de ação, legisladores ou moralistas; eram prudentes mas ainda não
filósofos. Somente Tales, entre eles, abordou os estudos especulativos.
Período de Elaboração (Os filósofos
pré-socrático).
Escola Jônica - A razão humana que se resolve a
investigar, só com os seus próprios meios, os princípios e as causas das
coisas.Pensam na matéria, uma causa material, considerava suficiente para
explicar tudo.Desde então Tales (623 - 546) a.C, atribui às águas primordiais a
origem de todas as coisas, afirmará que a água é a substância única,
permanecendo sempre a mesma em todas as transformações dos corpos. Para
Anaxímenes (540 -475 ?) a. C. È o fogo,para Anaximandro (610 - 547) a. C. È o
infinito (no sentido de indeterminado). água, ar, fogo, e infinito são tidos,
por algo de ativo, de vivo, de animado, que uma força interior torna capaz de fecundidade multiforme e sem
limites.Por esta escola Jônica tão primitiva, chamada hilozoÌsta porque atribui
a vida, à matéria, vemos que se deve tomar pelo que há de mais rudimentar em
filosofia, doutrinas tais como os monismos materialistas, que ensina a
existência de uma única substância material, o evolucionismo (Spencer e Darwin)
que pretende explicar todas as coisas pelo desdobramento histórico, o
desenvolvimento ou a evolução de qualquer coisa preexistente.Para Heróclito 500
a. C físico ou filósofo da natureza sensível.Esta realidade é a mutação ou a
Virá a ser. Vê de tal modo mudarem-se as coisas, que proclama ser tudo
mudança.Não tocamos duas vezes o mesmo ser, não nos banhamos duas vezes no
mesmo rio. No momento que levamos am„o sobre a coisa, está já cessou de ser o
que era. O que È,muda, pelo fato de ser. Nós entramos e não entramos no mesmo
rio, somos e não somos.Se não esperais o inesperado dizia ele não chegareis, à
verdade, que È difícil de discernir e que È apenas acessível.Em conseqüência
todas as coisas a seu ver, são diferenciações produzidas pela discórdia ou pela
guerra - de um principio único etéreo,vivo e divino. Desde o principio, vimos
aparecer a manifesta necessidade que leva ao Monismo (doutrina que faz de todas
as coisas um único ser) e ao Panteísmo (Doutrina que confunde o mundo e Deus)
toda a filosofia do vir a ser puro.
Escola Atomística (Demócrito de Abdera (470 - 361
?) a. C.Espírito muito menos profundo e que procura as idéias fáceis, no fluxo
de fenômenos sensíveis, algo de fixo e estável, mas, em vez de recorrer à
inteligência vai buscá-lo na imaginação. A única realidade que reconhece é
desse modo, qualquer coisa que,ultrapassando a percepção dos sentidos externos,
vem toda via cair sob a imaginação - isto È a pura quantidade geométrica,como
tal sem qualidades (sem cor, sem odor, sem sabor, etc.) e que, nas três
dimensões, do espaço, só comporta a extensão.Tudo então dever· explicar-se, a
seu ver, pelo cheio que ele confunde com o ser, e o vácuo, que confunde com o
não-ser : o cheio é dividido em porções de extensão indivisíveis (átomos), que
são separados pelo vácuo e eternamente em movimento e que, entre si, só se
diferenciam pela figura, pela ordem, e pela situação e atribui à necessidade
cega do acaso à ordem do universo, assim com a estrutura de cada ser, Demócrito
é o fundador do atomismo, e de modo mais geral de filosofia chamada mecanicista
que erige a Geometria em metafísica, reduz, todas às coisas a extensão e ao
movimento e, pretende explicar, por um acervo de circunstâncias fortuitas,a
organização das coisas.
Escola Pitagórica e Eleática. Paralelamente à
corrente filosófica Jônica os séculos VI e V a. C viram, correntes filosóficas:
a pitagórica e a eleática. Pitágoras de Samos (572 - 500 a. C), fundador de uma
sociedade filosófica e religiosa e política, que tomou conta do poder,em algumas
cidades da Grande Grécia (Itália Meridional).A ciência dos números que lhe
revelou essas realidades invisíveis,cuja ordem imutável domina e governa o curso do vir a ser,e daí por diante só conhece
os números.Os pitagóricos acreditavam igualmente que o ciclo dos períodos
cósmicos devia trazer eternamente,com longos intervalos, a volta de todas as
coisas, que se reproduziam identicamente nos seus menores detalhes.A astronomia
é uma das ciências que receberam, da escola pitagórica, notável
desenvolvimento. Filolaos afirmando que a terra, o sol e todos os astros
rodavam a volta de um misterioso centro do mundo ocupado pelo fogo. Vivendo e
movendo-se na ciência dos números, escreve Aristóteles eles juntaram e
coordenaram todas as concordâncias que puderam observar entre os números e as
harmonias de um lado, e os fenômenos celestes e o conjunto do Universo, de
outro.
Eleática: O filósofo mais profundo e o verdadeiro
fundador da Escola Eléia (Itália Meridional) È ParmÍnides de Eléia (nascido em
540 a. C).Ultrapassando o mundo das aparências sensíveis e até o próprio mundo
dos números e das formas ou essências metafísicas, alcança aquilo que, nas
coisas È propriamente o objeto da inteligência Parmênides torna-se cativo do
ser. Só uma coisa ele vê: o que é, e não pode deixar de ser, o ser é, o não-ser
não é. Por conseguinte,foi o 1º filósofo que destacou e formulou o principio de
identidade ou de não contradição, principio supremo de todo pensamento.
Escola sofistica. A sofistica não é uma doutrina;
È antes, uma atitude viciosa do espírito.Os sofistas desviam a ciência do seu
objeto e subtraem-na à sua regra; os sofistas eram,pois, tudo menos sábios.
Professores ambulantes que recolhiam honras e dinheiro, enciclopedistas,
conferencistas, jornalistas. É que queriam as vantagens da ciência,sem querer a
verdade. Sob este ponto de vista notabilizavam-se como racionalistas e sábios
universais, davam explica ações falsamente claras para todas as coisas, e
pretendiam reformar tudo - até mesmo as regras de gramática e o gênero de
substantivos.Por isso interessavam-se de preferência pelas coisas humanas, que
de todas são as mais complexas e menos certas,mas onde o homem pode realizar
melhor sua ciência em poder e glória; na História, no Direito, na Política, na
retórica. E passavam por professores de virtude.Nestas condições é natural que
a única doutrina a que haja chegado a sofistica tenha sido o que chamamos o
relativismo e o ceticismo. Protágoras de Abdera (480 - 410 a. C) declarava por
exemplo, que o homem é a medida de todas as coisas,das que são enquanto são e
das que não são enquanto não são, os que significavam ao seu ver que tudo é
relativo às disposições do sujeito e que o verdadeiro é o que parece tal a cada
pessoa.
Escola Socrática: foi Sócrates (469 - 399 a. C)
quem salvou o pensamento grego do perigo mortal em que o colocava a
sofistica.Sócrates faz profissão de ignorância e ensina aos seus ouvintes a procurar
somente a verdade. Toda a sua obra foi portanto,uma obra de conversão, procurou
soerguer a razão, orientando-a para a verdade, isto é para aquilo para o qual
ela foi feita.Sócrates retifica o pensamento filosófico, disciplina-o e
impõe-lhe a investigação das essências e das definições.Sócrates também
comparava-se a um aguilhão, encarregado de picar e acordar os atenienses e de
forçar sua razão a um perpétuo exame de consciência: oficio que os atenienses
deviam retribuir com a cicuta, oferecendo ao velho Sócrates, já perto do fim da
vida, a mais bela morte que a sabedoria puramente humana pode condicionar.Seus
discursos visavam principalmente ao problema da conduta da vida humana, ao
problema da moral. Devo fazer só o que me é bom, e o que me é bom é o que me é
útil, - verdadeiramente útil.Pelo duplo caráter, metafísico e cientifico, de
seu ensinamento moral, Sócrates opõe-se fundamentalmente aos sofistas e pode
ser considerado como o fundador da ciência moral.
Escola Platônica: Platão nasceu em Atenas (426 ou
430 a. C). Platão aperfeiçoa o método de Sócrates e o transforma na Dialética,
que se funda não em opiniões distintas, mas em uma opinião e sua critica,ou
ainda de passar de conceito em conceito, de proposição em proposição até
atingir os conceitos mais gerais e os primeiros princípios
(República).Partindo-se de uma hipótese vai-se melhorando-a com criticas, e
como é no diálogo que se aprimoram as idéias mediante afirmações,e negações,
denominou Dialética o seu método.Verifica-se que a Dialética de Platão e a
Maiêutica de Sócrates conservam o método de iniciar de uma hipótese ou idéia e
melhorá-la por meio do diálogo.
Escola Aristotélica: Aristóteles nasceu em
Estagira (Macedônia 384 -322 a. C). Discípulo de Platão.Aristóteles desenvolve
a Dialética platônica e a faz mudar de aspecto.Estuda e se fixa no movimento da razão
intuitiva que por meio de contra posição, de opiniões vai passando de uma
afirmação a outra e busca as leis por força das quais fazemos essa operação.
Não se pode asseverar que Aristóteles seja o inventor da Lógica, pois Platão,
na Dialética havia concebido uma lógica implícita, porém as leis do silogismo e
suas figuras representam obra sua.O método de Aristóteles é a Lógica, que
não mudou em seus aspectos essenciais até hoje. A filosofia para Aristóteles
baseia-sena demonstração da prova uma afirmação que não está provada não é
verdadeira ou pelo menos não sei se é ou não verdadeira.
IAULAS
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