Na época do auge da produção açucareira no Nordeste
do Brasil, os paulistas, os quais se encontravam fora do centro
econômico da colônia, passaram a procurar formas de se enriquecerem.
Nesse sentido, no século XVI, começaram a surgir as bandeiras, que nada
mais eram do que expedições com fins lucrativos em direção ao interior
do Brasil .
Os bandeirantes eram homens
ambiciosos que se aventuravam pelo interior da colônia em busca de algo
que fosse lucrativo, mesmo que este fosse um negócio altamente
arriscado. No início do século XVII, a Holanda invadiu Angola, uma
colônia portuguesa que fornecia grande número de escravos. Por isso, o
preço para poder contar com a mão-de-obra escrava cresceu
significativamente. Desta forma, as primeiras bandeiras tiveram o
objetivo de prender os índios e os venderem como escravos, o que era um
negócio altamente lucrativo naquelas condições.
A realização das bandeiras foi
possível principalmente devido ao domínio da Espanha sobre Portugal,
resultando na formação da União Ibérica. Desta forma, não havia mais as
limitações territoriais definidas pelo Tratado de Tordesilhas e os
bandeirantes puderam explorar regiões que eram de posse da Espanha.
Após o açúcar perder
significativamente sua lucratividade, ainda no século XVII, Portugal
procurou incentivar a busca por ouro e pedras preciosas. Assim,
importantes expedições foram realizadas nas regiões dos estados de Goiás
(Bartolomeu da Silva Bueno), Minas Gerais (Borba Gato) e Mato Grosso
(Miguel Sutil).
As principais consequências do
bandeirismo foram a ampliação das fronteiras da colônia e o
desenvolvimento e povoamento do interior do Brasil.
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