quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Bandeirismo


Na época do auge da produção açucareira no Nordeste do Brasil, os paulistas, os quais se encontravam fora do centro econômico da colônia, passaram a procurar formas de se enriquecerem. Nesse sentido, no século XVI, começaram a surgir as bandeiras, que nada mais eram do que expedições com fins lucrativos em direção ao interior do Brasil . 

Os bandeirantes eram homens ambiciosos que se aventuravam pelo interior da colônia em busca de algo que fosse lucrativo, mesmo que este fosse um negócio altamente arriscado. No início do século XVII, a Holanda invadiu Angola, uma colônia portuguesa que fornecia grande número de escravos. Por isso, o preço para poder contar com a mão-de-obra escrava cresceu significativamente. Desta forma, as primeiras bandeiras tiveram o objetivo de prender os índios e os venderem como escravos, o que era um negócio altamente lucrativo naquelas condições. 

A realização das bandeiras foi possível principalmente devido ao domínio da Espanha sobre Portugal, resultando na formação da União Ibérica. Desta forma, não havia mais as limitações territoriais definidas pelo Tratado de Tordesilhas e os bandeirantes puderam explorar regiões que eram de posse da Espanha.
Após o açúcar perder significativamente sua lucratividade, ainda no século XVII, Portugal procurou incentivar a busca por ouro e pedras preciosas. Assim, importantes expedições foram realizadas nas regiões dos estados de Goiás (Bartolomeu da Silva Bueno), Minas Gerais (Borba Gato) e Mato Grosso (Miguel Sutil). 

As principais consequências do bandeirismo foram a ampliação das fronteiras da colônia e o desenvolvimento e povoamento do interior do Brasil.

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