Durante o fim do Segundo Reinado, a região Nordeste sofria
com a crise do açúcar e o deslocamento do eixo econômico do Brasil para o
Sudeste. De fato, a população pernambucana vivia em meio a condições de
extrema pobreza e miséria, sem contar o exorbitante custo de vida
na época, fruto dos privilégios concedidos aos portugueses, os quais
controlavam praticamente todo o comércio local e acabavam atribuindo
preços abusivos aos seus produtos.
Esta dura realidade socioeconômica, aliada ao
domínio dos senhores de engenho e ao autoritarismo da monarquia
resultaram na difusão da ideia de que era necessária uma solução armada
para resolver os problemas da população. Influenciado por ideais
socialistas do século XIX, um grupo de liberais fundou o Partido da Praia, o qual futuramente seria o centro de articulação de uma revolta.
Ocorrida em 1848, a Revolução Praieira
foi a última manifestação popular contra a Monarquia. Seu estopim se
deu por meio da nomeação de um presidente conversador para a província
de Pernambuco, uma forma indireta de conter a difusão das ideias dos
liberais. A revolta começou a ganhar grandes proporções com a adesão de
profissionais liberais, artesãos, além de grande parte da população.
Após tomarem a cidade de Olinda e fracassarem na tentativa de tomar
Recife, os revoltosos finalmente foram contidos pelas forças imperiais
em 1851, totalizando cerca de oitocentas mortes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário