
Como o
Parlamento estava de férias para formar o conselho que regeria D. Pedro
II até a maioridade, fora formado um Conselho provisório de três
pessoas, que de imediato expulsou os estrangeiros do Exército, anistiou
os acusados de crimes políticos e reintegrou os brasileiros natos aos cargos públicos.
Este Conselho seria ainda seguido futuramente por uma Regência Trina
Permanente, pela Regência Una de Diogo Antônio Feijó e pela Regência Una
de Pedro de Araújo Lima.
Um fato importante
deste período foi o Ato Adicional de 12 de agosto de 1834, o qual
estabelecia mudanças na Constituição de 1824. Este Ato criou as
Assembleias Legislativas provinciais, transformou a capital do país em
município neutro, estabeleceu a Regência Una, na qual o regente seria
eleito por voto popular, e eliminou o Conselho de Estado.
O cenário político da
época era dominado pelos conservadores, os quais queriam a volta de D.
Pedro I, os moderados, contrários às reformas e a favor da Monarquia, e
os exaltados, favoráveis às reformas em prol dos mais pobres. Com a
morte de D. Pedro I, restaram apenas moderados e exaltados, que lutavam
ferozmente entre si. Os moderados, apoiados por grandes fazendeiros,
levaram a melhor. Futuramente, este grupo acabou se dividindo em outros
dois: progressistas e regressistas, os quais deram origem aos Partidos
Liberal e Conservador, os quais revezaram no poder até a proclamação da
República.
Os conservadores
lutaram pela aprovação da Lei Interpretativa do Ato Adicional, em 1840, a
qual restringia o poder das Assembleias Legislativas. Os liberais
responderam com o Golpe da Maioridade, antecipando para quinze anos a
maioridade de D. Pedro I. Sem alternativas mediante a crise nacional
instaurada, os conservadores tiveram que apoiar a ideia, iniciando-se
assim o Segundo Reinado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário