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Guerra do Paraguai (1865-1870) |
O Paraguai havia se tornado o único país latino-americano que
se via livre de qualquer forma de colonialismo. Durante o século XIX, a
nação paraguaia diversificou sua agricultura, instalou uma fábrica de
armas e pólvora, organizou uma pequena frota de barcos para neutralizar o
domínio brasileiro no Rio Paraná e transformou latifúndios improdutíveis em fazendas estatais.
Os ingleses, necessitados de mais mercados consumidores,
viam com maus olhos a independência econômica e o crescente
desenvolvimento paraguaio. Além disso, Brasil e Argentina tinham
interesse nas terras vizinhas. Todavia, o pretexto para a guerra se deu
quando o presidente paraguaio Solano López, em 24 de novembro de 1864,
rompeu relações com o Brasil, apreendeu o navio Marquês de Olinda e
invadiu Mato Grosso, tentando estabelecer soberania na região do Rio
Paraguai.
Antes mesmo da guerra, Brasil, Argentina e Uruguai haviam assinado
o Tratado da Tríplice Aliança, o qual previa a destruição e partilha do
Paraguai. A Inglaterra não se envolveu diretamente na luta, mas bancou a
maior parte dos custos, mantendo assim, o domínio sobre o comércio da
região.
A guerra matou 96% dos homens
paraguaios e 55% das mulheres. Parte das terras foi partilhada entre os
países da Tríplice Aliança; o restante fora vendido a estrangeiros, os
quais passaram a cobrar taxas para que os antigos donos trabalhassem
nelas.
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